Sindicato sugere fim da paralisa��o, mas professores da UFMG decidem manter greve

Em assembleia realizada na tarde desta ter�a-feira, os docentes da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) decidiram mais uma vez pela continuidade da greve que j� dura 71 dias na institui��o. Dos 281 professores presentes na reuni�o, 178 foram favor�veis � paralisa��o, 92 contr�rios e 11 se abstiveram de opinar. Com isso, as aulas continuam suspensas na UFMG por tempo indeterminado e o 1� semestre deste ano segue sem previs�o de acabar para alguns cursos. Nessa segunda-feira, o Sindicato dos Professores de Universidades Federais de Belo Horizonte e Montes Claros (APUBH) chegou a publicar um documento sugerindo � categoria encerrar a greve. O material lembra que a proposta do governo n�o atende todas reivindica��es, mas "traz algumas inova��es importantes". Entre os principais pontos positivos apontados pela diretoria do APUBH est�o o "indicativo de aumento salarial frente �s demais carreiras" e "a possibilidade de ascens�o � classe de Titular sem a necessidade de concurso p�blico". No entanto, a proposta acabou derrotada na assembleia.

De acordo com a professora Ana Elisa Silva, do Comando Local de Greve da UFMG, o momento agora � de pressionar interlocutores para tentar a reabertura das negocia��es com o governo federal. Para isso a categoria elaborou uma agenda para esta semana que envolve uma visita aos gabinetes dos deputados na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG); reuni�es com as comiss�es de Educa��o e Cultura e de Trabalho, tamb�m na ALMG; um ato em frente ao Gabinete Regional da Presid�ncia da Rep�blica, em Belo Horizonte, onde a contraproposta dos professores ser� protocolada novamente; e at� uma consulta ao ex-presidente Lula, que visita a capital na pr�xima sexta-feira e tamb�m deve receber uma c�pia da pauta de reivindica��es. No pr�ximo dia 04 o APUBH vai protocolar a contraproposta na reitoria da UFMG e agendar uma reuni�o com o reitor da universiadade, Cl�lio Campolina, para discutir o calend�rio de aulas. "Essa conversa n�o � um indicativo do fim da greve, nosso objetivo � apenas ter um calend�rio pronto para quando ocorrer o retorno, j� que nem o 1� semestre foi encerrado", garantiu Ana Elisa.