Quem n�o aprendeu n�o aprende mais. A uma semana do Exame Nacional do Exame M�dio (Enem), os alunos precisam de dois elementos-chave: calma e revis�o de exerc�cios. A prova ser� aplicada s�bado e domingo que vem a cerca de 6,5 milh�es de candidatos em todo o pa�s. Essa multid�o equivale a quase tr�s vezes a popula��o de Belo Horizonte. Desse contingente, 723.644 estudantes est�o em Minas Gerais, estado com o segundo maior n�mero de inscritos, atr�s apenas de S�o Paulo (pouco mais de 1 milh�o). Habilidade de compreender, interpretar e aplicar � o caminho para ganhar muitos pontos e garantir uma vaga na universidade.
Diretor e coordenador pedag�gico do curso Pr�-Labore, Carlos Cruz d� a dica: “Aproveite o tempo com exerc�cios de provas anteriores. Pegue uma apostila de um curso gabaritado, que j� selecionou o material e compare com o resultado. Agora, � revisar o que foi cobrado e como foi cobrado, pois normalmente os temas e estilos se repetem”. Segundo ele, investir no aprendizado de novos conte�dos s� atrapalha. “Preciso revisar o que sei para n�o esquecer. O que n�o sei aprenderei numa outra oportunidade”, ressalta.
Mas resolver quest�es n�o significa passar o tempo ao lado de livros e cadernos. O ideal � intercalar os estudos com o descanso e, no fim do dia, partir para uma atividade f�sica, nem que seja uma caminhada. “Al�m de oxigenar o c�rebro, faz o aluno esquecer o problema. Exaurindo-se fisicamente, ele dorme melhor e no dia seguinte produz muito melhor”, afirma. Alimenta��o regrada, com pequena quantidade de gordura e de f�cil digest�o, tamb�m faz parte da prepara��o final, deixando fora do card�pio tudo que d� aquela lombeira depois do almo�o ou jantar. O importante, destaca Carlos Cruz, � comer de forma regrada e com qualidade para que a comida n�o se transforme no vil�o da hist�ria.

E Amanda aprendeu a se organizar. Uma semana antes, ela j� separou uma bolsa com os documentos, materiais da prova e alimenta��o. “Perguntei � professora de biologia do que precisava para estimular o c�rebro e ela disse “glicose”. Ent�o, j� garanti a barrinha de cereal, chocolate e um biscoito �gua e sal para n�o ficar com fome. Seu eu pudesse fazer a aprova amanh� (hoje), j� faria”, brinca.
Cotas sem rela��o
com educa��o b�sica
“A Lei das Cotas j� vinha sendo falada, mas chegou agora atropelando todo mundo. O que fazemos � conscientizar os alunos sobre a qualidade do ensino. O 3º ano � resultado de trabalho nos n�veis fundamental e m�dio. O aluno que investiu e encarou esse tempo da educa��o b�sica com seriedade n�o ser� influenciado pela reserva de vagas. O que escutamos de professores das universidades � que eles sentiram queda na qualidade nos primeiros per�odos, com alunos com dificuldade de produ��o de texto, leitura e interpreta��o. Por isso, n�o vejo correla��o das cotas com a educa��o b�sica. Para mim, a qualidade dela, na escola p�blica e particular, depende de pol�ticas governamentais. A quest�o est� na base, principalmente nas s�ries iniciais. Est�o querendo dar oportunidade a quem n�o teria condi��es de passar. Chegar�o ao mercado com mais oportunidade de emprego, mas a defasagem continuar� a mesma.”