
Por que investir em ci�ncia � t�o importante? Porque o desenvolvimento de qualquer pa�s est� diretamente relacionado � aplica��o de capital no setor. Inova��o, pesquisa, capacita��o cient�fica, no fim, � um bem p�blico. Ali�s, no Brasil, o desenvolvimento cient�fico � garantido pela Constitui��o de 1988, nos artigos 218 e 219.
No entanto, na pr�tica, a ci�ncia parece sup�rflua e o cientista brasileiro �, antes de tudo, um malabarista. Mas, para alento de muitos, h� sempre abnegados e lutadores que n�o desistem nunca. E se, sozinho, a miss�o � imposs�vel, a sa�da s�o parcerias de toda ordem para fazer acontecer. � o caso da Cinnecta, empresa de tecnologia e intelig�ncia de dados, com escrit�rios em Belo Horizonte e S�o Paulo, que apoia e financia pesquisas na Universidade Federal de Vi�osa (UFV). No projeto, que existe desde 2016, os alunos t�m a oportunidade de aprofundar seus conhecimentos e pesquisar sobre engenharia de dados.
Eduardo Ferreira, CEO da Cinnecta, revela que desde a funda��o da empresa, com o s�cio Ricardo Ferreira, nasceu a ideia de investir em ci�ncia ao lado da academia. “Para os alunos, � uma possibilidade de interagir com o mundo corporativo antes de se formar. Lidam com problemas e situa��es reais do dia a dia da empresa. Al�m disso, eles tamb�m t�m acesso a recursos tecnol�gicos e insumos. Para n�s, esse contato com a vis�o acad�mica estimula a busca por inova��o e conhecimento.”
Para Fabr�cio Silva, pesquisador da UFV – C�mpus Florestal e doutor em ci�ncia da computa��o, um dos maiores ganhos, tanto para a universidade quanto para a empresa, � a possibilidade de aplicar os resultados das pesquisas acad�micas no dia a dia da empresa. “Assim, conseguimos gerar um retorno para o mercado e evitamos que os resultados das pesquisas n�o se percam nem fiquem restritos � academia.”
INVESTIMENTO
Conforme Eduardo, a empresa oferece bolsas aos alunos e h� tamb�m o investimento de tempo, time e estrutura por parte da Cinnecta, que beneficia os alunos. “O investimento total no projeto � de cerca de R$ 340 mil.” Fabr�cio diz que, em rela��o ao funcionamento, os projetos de pesquisa em que os alunos trabalham atendem, de alguma forma, aos interesses da Cinnecta. Mesmo que n�o se transformem, necessariamente, em produtos da empresa, cada pesquisa contribui para melhorar e inovar algum servi�o ou processo dentro da corpora��o. “Oriento os projetos e encaminho cada um de acordo com o que a empresa sugere. Al�m disso, definimos prazos e transmito os feedbacks para a organiza��o, periodicamente.”
O resultado dessa parceria � que, ao fim do projeto, � poss�vel absorver a m�o de obra. “Quatro alunos j� foram contratados. O Fabr�cio faz algumas indica��es e os alunos passam pelo processo seletivo. Se o objetivo do aluno e da empresa forem compat�veis, avaliamos a possibilidade de contrata��o. O fato de o candidato j� ter trabalhado no projeto e conhecer os valores e objetivos da empresa � um diferencial positivo”, conta Eduardo.
Exemplo real do impacto na vida real: “O contato com a academia traz para a empresa um olhar de pesquisa. Conseguimos validar nossas decis�es com embasamento cient�fico e isso � muito positivo”, destaca Eduardo. J� para Fabr�cio, � uma oportunidade para o aluno enxergar como as solu��es podem beneficiar a empresa a m�dio e longo prazos. “Al�m disso, o mercado ganha profissionais mais qualificados.”
