
Voc� j� pensou que crian�as podem sim desenvolver um projeto e montar uma cafeteria de verdade? Foi o que fez um grupo de 11 alunos, de 7 e 8 anos, da Casa Fundamental – Educa��o Infantil e Fundamental, que funciona no Bairro Castelo, em Belo Horizonte. E isso tudo gra�as a um projeto baseado no Steam, sigla para science (ci�ncia), technology (tecnologia), engineering (engenharia), arts (artes) e mathematics (matem�tica).
Maria Carolina Mariano, diretora de inova��o do Grupo Fundamental e cofundadora da Casa Fundamental, explica que o projeto foi desenvolvido pelos alunos do 2º ano do ensino fundamental, a partir de um conflito surgido entre os pr�prios estudantes. “Foi proposta a seguinte pergunta: ‘Onde voc�s trabalhariam se fossem adultos?’. Um grupo, que j� estava brincando de criar uma cafeteria, n�o queria deixar outras crian�as participarem. Por que n�o, ent�o, envolver todos os alunos em torno da constru��o das v�rias etapas dessa cafeteria, dentro de uma perspectiva sustent�vel?”, contou a diretora.
Foi o que fez a professora Maria Luiza Silva Tupy Botelho, unindo aspectos de ci�ncias e matem�tica. Grupos divididos, alguns ficaram por conta de elaborar um projeto para criar o espa�o f�sico; outro grupo, o card�pio; alguns, o projeto de marketing e publicidade; outros, a decora��o do lugar etc.
ENVOLVIMENTO
E o projeto n�o parou por a�. Contou tamb�m com a participa��o dos pais, que assistiram ao pitch (breve apresenta��o do trabalho realizada pelos alunos), dando opini�es, questionando sobre o neg�cio proposto pelos estudantes e contribuindo com doa��es para que o projeto fosse posto em pr�tica. “Foi uma apresenta��o completa, com maquete da cafeteria, croquis, acess�rios e, claro, um lanche”, comenta Maria Luiza.
Para Sofia Teixeira Ventura, de 8 anos, a experi�ncia n�o poderia ter sido melhor. Ela ficou respons�vel por desenvolver a logo da cafeteria. “Gostei mais de montar as canecas de argila”, disse.
SUCESSO DAS FEIRAS
No Bernoulli Grupo Educacional, as feiras de ci�ncias movimentam os alunos. Marcos Raggazzi, diretor pedag�gico executivo, diz que “elas t�m uma finalidade de promover n�o s� o desenvolvimento das habilidades e compet�ncias cognitivas como tamb�m as habilidades de intera��o, de express�o de ideias e o desenvolvimento do pensamento cr�tico, anal�tico e cient�fico”.
Os alunos mais novos aprendem como o pensamento cient�fico se constr�i, para que eles possam entender as etapas de um processo cient�fico de pesquisa e a demonstra��o de fen�menos. J� os alunos do ensino m�dio aprendem dois tipos de pesquisas cient�ficas. “A pesquisa cient�fica pura, em que n�o necessariamente tem uma aplica��o direta daquele conhecimento, mas � uma pesquisa que fundamenta estruturas de teorias, hip�teses e conjuntos de leis. Uma outra � a aplicabilidade dos conceitos cient�ficos para a resolu��o de problemas reais”, acrescenta Ragazzi.
Nas feiras de ci�ncias, os alunos apresentam tudo o que foi desenvolvido ao longo do ano. Os alunos s�o orientados por professores e t�m um cronograma para apresenta��o do roteiro de trabalho. “Eles apresentam um pr�-projeto, em seguida um projeto e, posteriormente, apresentam o registro de todo o trabalho desenvolvido e os professores orientadores v�o validar ou sugerir altera��es para que o projeto seja significativamente correto e relevante.