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Estado de Minas ATUALIDADES PARA O ENEM

As semelhan�as entre "O Pasquim" e "Charlie Hebdo"


postado em 28/03/2015 09:33 / atualizado em 28/03/2015 12:34

O atentado ao "Charlie Hebdo" trouxe compara��es pela imprensa brasileira ao jornal " O Pasquim". "O Pasquim" foi um seman�rio alternativo brasileiro, de humor �cido e exagerado, editado entre 26 de junho de 1969 e 11 de novembro de 1991, reconhecido pelo di�logo entre o cen�rio da contracultura da d�cada de 1960 e por seu papel de oposi��o ao regime militar. A princ�pio uma publica��o comportamental (falava sobre sexo, drogas, feminismo e div�rcio, entre outros) "O Pasquim" foi se tornando mais politizado � medida que aumentava a repress�o da ditadura, principalmente ap�s a promulga��o do ato AI-5. "O Pasquim" passou ent�o a ser porta-voz da indigna��o social brasileira, chegando ter uma tiragem de at� 200 mil exemplares.

Imagem comparando a capa dos dois jornais:
Imagem comparando a capa dos dois jornais: "O Pasquim" - Cristo gritando "Pai�!!" com a legenda "Rio, mas � de chorar". "Charlie Hebdo" - Maom� falando "100 chibatadas para quem n�o morrer de rir". Ilustra��es e humor escrachado.

Um pouco da hist�ria do "O Pasquim"

O projeto nasceu no fim de 1968, ap�s uma reuni�o entre o cartunista Jaguar e os jornalistas Tarso de Castro e S�rgio Cabral; o trio buscava uma op��o para substituir o tabloide humor�stico "A Carapu�a", editado pelo rec�m-falecido escritor Stanislaw Ponte Preta. O nome, que significa "jornal difamador, folheto injurioso", foi sugest�o de Jaguar. "Ter�o de inventar outros nomes para nos xingar", disse ele, j� prevendo as cr�ticas de que seriam alvo.

Com o tempo figuras de destaque na imprensa brasileira, como Ziraldo, Mill�r, Pr�speri, Claudius e Fortuna, se juntaram ao time, e a primeira edi��o finalmente saiu em 26 de junho de 1969.

Al�m de um grupo fixo de jornalistas, a publica��o contava com a colabora��o de nomes como Henfil, Paulo Francis, Ivan Lessa, Carlos Leonam e S�rgio Augusto, e tamb�m dos colaboradores eventuais Ruy Castro e Fausto Wolff. Como s�mbolo do jornal foi criado o ratinho Sig (de Sigmund Freud), desenhado por Jaguar, baseado na anedota da �poca que dizia que "se Deus havia criado o sexo, Freud criou a sacanagem".

Durante a ditadura, quase toda a equipe foi presa pelos militares, mesmo a assim a sua tiragem s� aumentava. Inclusive houve v�rios atentados a bomba em bancas que comercializavam o folhetim. Com o fim do governo militar e democratiza��o do Brasil, "O Pasquim" foi perdendo sua import�ncia, lan�ando sua �ltima edi��o em 1991.

 

Artigo de Atualidades para o Enem do Percurso Pr�-Vestibular e Enem.

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