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Estado de Minas HIST�RIA, ATUALIDADES

A seguran�a nas Olimp�adas 2016 e o atentado de Munique


postado em 12/07/2016 12:30 / atualizado em 12/07/2016 12:43

Uma das maiores preocupa��es das Olimp�adas Rio 2016 � a seguran�a dos atletas e das cidades que receber�o os diversos jogos ol�mpicos, em especial o Rio de Janeiro. Segundo autoridades, as for�as armadas j� come�aram a fazer testes de patrulhamento na cidade e estima-se que cerca de 85 mil policiais e soldados trabalhar�o para garantir a seguran�a de atletas, moradores e turistas - o n�mero corresponde a mais que o dobro da seguran�a dos jogos de Londres, em 2012. Al�m disso, segunda a Ag�ncia Brasileira de Intelig�ncia (Abin), cerca de 110 ag�ncias de intelig�ncia estar�o baseadas no Rio de Janeiro para prevenir poss�veis ataques.

Policiais mineiros têm treinamento antiterrorismo para os Jogos Olímpicos de 2016(foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press)
Policiais mineiros t�m treinamento antiterrorismo para os Jogos Ol�mpicos de 2016 (foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press)
Essa inseguran�a se d� em um cen�rio internacional inst�vel e preocupante de ataques terroristas gerados por conflitos religiosos e de terra, protagonizados principalmente por organiza��es jihadistas extremistas como o Estado Isl�mico (ou ISIS) e o Boko Haram, que atacaram recentemente, entre outros lugares, a Fran�a, S�ria, Nig�ria, Alemanha, B�lgica e Turquia.

Tal preocupa��o, inclusive, n�o surge sem precedentes: nas Olimp�adas de 1974, em Munique, na Alemanha, a organiza��o Setembro Negro, parte da Organiza��o para a Liberta��o da Palestina (OLP), realizou um ataque na Vila Ol�mpica, onde os atletas se hospedam durante os jogos, e fez ref�ns 11 integrantes da equipe de Israel.

No dia 5 de setembro, j� na segunda semana dos jogos Ol�mpicos, oito palestinos do Setembro Negro invadiram dois quartos da delega��o israelense durante a madrugada e fizeram 11 ref�ns, dentre eles dois treinadores. O objetivo da a��o era fazer com que o governo de Israel liberasse 234 palestinos presos e dois alem�es membros da Fra��o do Ex�rcito Vermelho - se seus pedidos n�o fossem atendidos at� �s 9h da manh�, todos os ref�ns morreriam. Com suas exig�ncias negadas, instaurou-se um caos que durou pouco mais de 24 horas.

Terrorista palestino negociando com a polícia
Terrorista palestino negociando com a pol�cia
Ao perceberem que n�o conseguiriam o que desejavam, ap�s 15 horas de negocia��o com a pol�tica, os terroristas mudaram seu pedido e ordenaram helic�pteros at� o aeroporto, onde pegariam um avi�o para o Egito ao lado dos 11 ref�ns. A pol�cia aceitou o pedido, por�m armou uma emboscada - que logo foi percebida pelo grupo e n�o deu certo gra�as � falta de organiza��o e ao despreparo dos atiradores e dos equipamentos inadequados para a situa��o. Assim, iniciou-se um tiroteio que resultou na morte de um policial alem�o, dos onze ref�ns e cinco palestinos, incluindo o l�der da a��o. Os tr�s que sa�ram vivos se entregaram e foram presos.

Policiais alemães se aproximam do apartamento onde os terroristas fizeram onze reféns
Policiais alem�es se aproximam do apartamento onde os terroristas fizeram onze ref�ns
O comit� das Olimp�adas apenas decidiram suspender os jogos ap�s 12 horas e muita press�o internacional. Foi feita uma cerim�nia de encerramento da qual participaram cerca de 80 mil espectadores e 3 mil atletas.

Infelizmente, n�o parou por a�. Dois meses mais tarde, terroristas palestinos simpatizantes ao Setembro Negro sequestraram o voo 615 da Lufthansa exigindo que os tr�s palestinos presos fossem soltos. Apesar dos protestos das autoridades de Israel, o governo alem�o cedeu ao pedido e os tr�s terroristas voltaram � L�bia onde foram recebidos como her�is. Entretanto, a primeira-ministra israelense, Golda Meir, ordenou que fossem perseguidos, resultando no assassinado de dois deles.

Atletas vítimas israelenses mortos no atentado
Atletas v�timas israelenses mortos no atentado
Por fim, os palestinos terroristas afirmaram que a grande raz�o do atentado em Munique era chamar aten��o mundial para a causa da independ�ncia da Palestina, pois seu territ�rio estava sob ocupa��o militar de Israel desde o fim da d�cada de 1960. Muito se comentou sobre o despreparo das autoridades alem�s e sobre a fraca e relaxada seguran�a oferecida para os atletas durante as Olimp�adas. Sabendo que poderiam ser atacados, a delega��o israelense j� havia pedido refor�o na seguran�a armada na Vila Ol�mpica ainda antes de desembarcarem em Munique. As autoridades alem�s disseram que atenderiam o pedido, mas nada foi feito. A raz�o para isso foi que desejava-se evitar uma ideia de militariza��o nas cidades alem�s e fugir da lembran�a e da imagem deixadas durante as Olimp�adas de Berlim, em 1936, quando o pa�s era governado pelo ditador Adolf Hitler.

Artigo desenvolvido por Percurso Pr�-Vestibular e Enem

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