
A chegada dela despertou a curiosidade de toda a vizinhan�a. Durante seus passeios pelo bairro, chega a ser abordada com pedidos de fotografia. E esse charme n�o se limita somente �s ruas do Floramar, na Regi�o Norte de Belo Horizonte. Com quase 2 mil seguidores no Instagram, a miniporca Pururuca desfila na web toda a simpatia que conquistou a fam�lia de Isabela Martins desde sua chegada, h� oito meses.
Como toda celebridade, Pururuca gosta de ser bem tratada e exige que suas refei��es sejam dadas na hora certa. “Ela acorda �s 5h da manh� e come�a a gritar, a dar esc�ndalo. S� para quando dou ra��o. A� ela fica tranquila. Ela come tr�s vezes ao dia, al�m de uma fruta ou legume no intervalo. Se passa da hora, ela come�a a gritar”, conta a respons�vel por cuidar da temperamental porquinha, a estudante de engenharia de minas Isabela Martins, de 23 anos. Ela explica que sempre gostou de miniporcos e seguia v�rios perfis no Instagram.
Presente do namorado para Isabela, Pururuca mudou a rotina de todos os outros moradores da casa, inclusive do Coquinho e do Neg�o, c�es de estima��o da fam�lia. Neg�o tem que ficar em um espa�o separado, porque n�o d� sossego para o novo xod� da fam�lia. Al�m da alimenta��o na hora certa, a porquinha necessita de alguns cuidados especiais, para n�o se aborrecer, e � tratada como uma filha. A estudante compartilha produtos de cuidados pessoais com a Pururuca. Todo dia, para n�o ressecar a sens�vel pele do bichinho, Isabela aplica hidratante. Para os passeios, protetor solar na porquinha. Durante o frio, ela toma banho no chuveiro com Isabela. S�o dois banhos por semana, e ela adora.
“Porco requer mais cuidado e paci�ncia. Na realidade, eles s�o hiperativos e s� pensam em comida. Participo de um grupo de pessoas que compartilham suas experi�ncias com miniporcos. E � cada hist�ria... � um que abre a geladeira e come tudo, outro que destr�i sapato”, comenta Isabela. A Pururuca, por exemplo, gosta de derrubar as cadeiras da mesa de jantar com o focinho. Tamb�m j� destruiu a porta do quarto em que passa as noites.
SURPRESA Isabela gosta de deixar claro que porco n�o � sin�nimo de sujeira, como � comum se pensar. “De nojento, eles n�o t�m nada”, afirma. Ela diz que, al�m de n�o exalar tanto cheiro como um cachorro, a porquinha n�o solta pelo e faz suas necessidades em um s� lugar. Como qualquer bichinho de estima��o, � preciso limpar o xixi diariamente.
A m�e de Isabela, M�rcia Martins, ficou surpresa com a not�cia da chegada da Pururuca. Ela, que lembra da cria��o de porcos de sua m�e, admite que teve algumas preocupa��es em rela��o � nova moradora da casa. “Quando ela chegou, pensei que ia dar muito trabalho, que ia ficar com cheiro forte. Os dois cachorrinhos d�o muito mais trabalho que ela”, observa. Para M�rcia, o mais trabalhoso de viver com a porquinha vem do afeto. “Ela � muito carente, e dar carinho � nosso maior trabalho. Mas a gente gosta, se apega. Quando vou trabalhar, fico pensando em como ela est�”, comenta.
E o amor d� o tom para a rela��o da porquinha e sua dona. “H� vezes que n�o dou muita aten��o e ela chora igual a uma crian�a e s� para depois que fa�o um carinho na barriga dela. E, mesmo com todo o trabalho que ela me d�, n�o consigo mais ficar longe. Quando viajo, sinto muita falta”, se derrete Isabela, que garante estar preparada para uma longa rela��o com a Pururuca. A expectativa de vida de um miniporco � de 18 anos.
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J� a fam�lia da professora do curso de jornalismo do UniBH Lorena T�rcia teve de se adaptar aos caprichos da Henrieta, minicoelha de sua filha mais nova. Ela, o marido e as duas filhas j� tiveram os mais variados bichinhos de estima��o. Gato, cachorro, passarinho e at� um pato j� morou com eles. Mesmo assim, a experi�ncia com a coelhinha � completamente diferente e todos est�o aprendendo a lidar com ela, que foi adotada em dezembro do ano passado.
“Costumo dizer que � um bichinho aleat�rio. Porque, com outros animais, principalmente cachorro, a comunica��o � mais f�cil. Eles entendem mais a gente. Estamos aprendendo a lidar com a Henrieta. � muito engra�ado, porque � um bicho que n�o fala nada, n�o emite som. Isso � um risco, porque, se ocorrer alguma coisa, podemos n�o ouvir.”
Mesmo com as dificuldades iniciais de comunica��o, a fam�lia est� se acertando com a pequena roedora, que, segundo Lorena, “� mais dona da casa que a gente”.
APEGO O trabalho, por�m, n�o impediu que a coelhinha se apegasse rapidamente a toda a fam�lia. Durante um per�odo em que Lorena e as duas filhas viajaram, Henrieta sentiu a aus�ncia delas e parou de comer. Passava o dia inteiro embaixo da mesa da sala de jantar. Ela s� voltou ao normal depois que todas estavam em casa novamente. “Ela � carinhosa, uma fofa”, conclui Lorena.
Minianimais
Mais nova moda no mundo dos animais de estima��o, os minianimais come�am a chamar a aten��o no Brasil. Para se ter uma ideia, um porco comum chega a atingir um metro e pesar at� 300 quilos. Sua vers�o miniatura tem, em m�dia, 45cm e chega a um d�cimo do peso do 'original'. O mais bem-sucedido entre eles � o miniporco. Celebridades como Miley Cyrus e Paris Hilton vivem postando fotos com seus porquinhos nas redes sociais.
