Atl�tico joga bem, mas n�o sai da igualdade no placar com o Fluminense. Mudan�a no esquema t�tico e a��o na beira do campo marcam primeira partida de Scolari
Luiz Felipe Scolari orientou jogadores, fez substitui��es e deu primeira mostra do trabalho � frente do Galo (foto: Fotos: Pedro Souza/Atl�tico/Divulga��o)
Em jogo aberto, E tamb�m muito pegado, o Atl�tico saiu na frente, mas acabou cedendo o empate por 1 a 1 ao Fluminense, na noite de ontem, pela 11ª rodada do Campeonato Brasileiro. O goleiro F�bio foi o melhor em campo e parou o Galo no Est�dio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda (RJ).
O experiente arqueiro fez seis defesas, sendo quatro dentro da �rea, e segurou o resultado para o Tricolor das Laranjeiras na estreia do t�cnico Luiz Felipe Scolari pelo time mineiro. “Saio satisfeito com o nosso desempenho, nosso coletivo foi muito bom. Quer�amos a vit�ria, mas sab�amos que �amos enfrentar dificuldades, um grande time. Nossa equipe desde o come�o do jogo tentando jogar, buscando”, analisou o atacante Hulk. “N�o � toa, entregaram o pr�mio de melhor em campo para o F�bio. Isso mostra o que foi o jogo.”
Al�m da grande atua��o do ex-arqueiro cruzeirense, a partida tamb�m ficou marcada pela “lei do ex”. Guga ‘inverteu’ a brincadeira e marcou gol contra a favor do Atl�tico, e Samuel Xavier descontou pouco depois, ainda no primeiro tempo. Com o resultado, o alvinegro segue um ponto � frente dos cariocas: 19 a 18. Ambos podem ser ultrapassados pelo Gr�mio, que hoje recebe o Am�rica em seu est�dio.
O pr�ximo jogo do Atl�tico ser� contra o Fortaleza, s�bado, �s 18h30, no Castel�o, em Fortaleza, pela 12ª rodada. No mesmo dia e hor�rio, o Fluminense receber� o Bahia no Maracan�, que n�o recebeu o jogo de ontem por conta de manuten��o no gramado.
Al�m de Felip�o � beira do campo, a novidade do Galo ontem foi o desenho t�tico diferente. Se com Eduardo Coudet o time atuava em um 4-1-3-2, partiu para o tradicional 4-3-3 sob o comando de Felip�o e do auxiliar da comiss�o t�cnica permanente Lucas Gon�alves. Ofensividade e press�o: assim foram os primeiros minutos da partida. Ambos os times pressionavam a sa�da de bola do rival, mas sem muito sucesso. Houve equil�brio e muitas faltas, com chances para os dois lados.
Hulk e Paulinho comemoram primeiro gol, marcado contra pelo lateral Guga: %u201Clei do ex%u201D �s avessas
A partir dos 20min, o Atl�tico assumiu maior protagonismo na partida. Com F�bio pegando tudo, o Galo abriu o placar aos 34min, quando Arana cruzou da esquerda, David Braz n�o cortou e a bola bateu em Guga, ex-Atl�tico, parando no fundo do gol. O time mineiro seguiu bem na partida, mas n�o conseguiu segurar o �mpeto do Fluminense. Em cobran�a de falta, aos 45min, Ganso cruzou, Fuchs tirou de cabe�a, mas a bola sobrou para Samuel Xavier, que dominou na entrada da �rea e acertou belo chute no canto.
O Atl�tico iniciou o segundo tempo pressionando e exigindo novas boas defesas de F�bio. O jogo, no entanto, era mais equilibrado do que nos primeiros 45 minutos. O Galo seguiu criando, mas sem converter as chances em gol. A partir disso, a partida perdeu em emo��o e os times apresentaram dificuldades para chegar � �rea advers�ria. O ritmo diminuiu ainda mais no final, e a tens�o tomou conta das equipes e das comiss�es t�cnicas – por reclama��o, o t�cnico Fernando Diniz, do Tricolor, foi expulso.
Primeira an�lise Na coletiva ap�s a partida, Felip�o avaliou que o resultado “n�o foi ruim”. “Tivemos boas oportunidades. Apenas n�o conseguimos vencer. Jogar contra o Fluminense fora de casa… O que me satisfez � que n�s n�o sofremos aquilo que algumas equipes sofrem contra o Fluminense”, afirmou o treinador que assumiu o comando da equipe na noite de onta, na beira do campo. “A gente conseguiu um resultado que n�o era o que a gente esperava, porque pelo que a gente produziu, pelo que eles treinaram para causar dificuldades ao Fluminense e tivemos grandes oportunidades. Boas oportunidades. Apenas n�o conseguimos vencer”, frisou Felip�o.
“Resolvemos que, pelo envolvimento com o objetivo que n�s temos, ficar de fora e n�o mostrar a esses jogadores que n�s est�vamos com eles e que n�s quer�amos essa vit�ria, que n�s estamos com o mesmo pensamento… Eu achei que era errado. Acho que eles confiaram em mim. Foram apenas alguns reparos com o Lucas me ajudando”, explicou.
“Naturalmente que, quando tu �s contratado por uma equipe e tu tens uma equipe muito boa como o Lucas (Gon�alves), Cristiano (Nunes), as pessoas que trabalham no departamento de an�lise te d�o a oportunidade de ver v�deos, ver treinos, como era uma coisa e outra… Algumas modifica��es foram feitas. M�nimas, porque a gente n�o tinha treinado – e at� com aceita��o do grupo”, completou.
Fluminense 1 x Atl�tico 1
Fluminense
F�bio; Samuel Xavier, Nino, David Braz e Guga (Felipe 26 do 2º); Andr�, Lima e Paulo Henrique Ganso; Lel� (Martinelli 24 do 2º), Cano (John Kennedy 43 do 2º) e Keno (Pirani 24 do 2º)
T�cnico: Fernando Diniz
Atl�tico
Everson; Mariano, Bruno Fuchs, Jemerson e Guilherme Arana; Battaglia, Zaracho (Eden�lson 42 do 2º) e Hyoran (Igor Gomes 16); Pav�n (Vargas 42 do 2º), Hulk e Paulinho (Patrick 36 do 2º)
T�cnico: Felip�o
Motivo: 11ª rodada do Campeonato Brasileiro
Est�dio: Raulino de Oliveira, em Volta Redonda (RJ)
Gols: Guga (contra) 35 e Samuel Xavier 45 do 1º
�rbitro: Ramon Abatti Abel (SC)
Assistentes: Alex dos Santos e Henrique Neu Ribeiro (SC)
VAR: Rodolpho Toski Marques (PR)
Cart�o amarelo: Andr�, John Kennedy, Hyoran, Battaglia, Hulk e Guilherme Arana
Cart�o vermelho: Fernando Diniz
Projeto para Arena MRV passa em primeiro turno
S�lvia Pires
Os vereadores aprovaram, ontem, em primeiro turno, o projeto para acelerar a libera��o da Arena MRV, est�dio do Atl�tico-MG, no Bairro Calif�rnia, na Regi�o Noroeste de Belo Horizonte. O texto agora segue para vota��o em segundo turno e, se aprovado, garante que o est�dio passe a funcionar, mesmo antes do t�rmino das interven��es exigidas pela Prefeitura de Belo Horizonte. A vota��o na manh� de ontem foi acompanhada pela principal torcida organizada do time, a Galoucura, que comemorou a vit�ria entoando o hino do Atl�tico-MG. O projeto foi aprovado com 36 votos favor�veis e dois contr�rios: dos vereadores Miltinho CGE (PDT) e Fernanda Pereira Alto� (Novo).
Acompanhando a vota��o nas galerias do plen�rio, a Galoucura vibrou, gritou e entoou o hino do clube a cada voto dos vereadores. Emocionado, o torcedor Tales Davi Dias de Souza, de 30, definiu o momento como “dever cumprido”, ap�s o fim da sess�o. “Tenho certeza que o projeto vai ser aprovado com a press�o da torcida”, disse. A previs�o � de que o projeto seja votado em plen�rio na sexta-feira da pr�xima semana.
De autoria do vereador C�sar Gordin (Solidariedade), ex-presidente da Galoucura, o PL estende em at� tr�s anos o prazo para que a arena entregue as contrapartidas exigidas pelo poder p�blico para constru��o, em especial as obras vi�rias no entorno da arena alvinegra. “Acho que est� todo mundo com vontade de liberar a arena. As contrapartidas ser�o pagas, a gente n�o vai tir�-las. A inten��o n�o � chegar e empurrar um espa�o sem condi��es de uso. As obras vi�rias j� est�o acabando. N�o tem por que ser contra o projeto”, disse C�sar Gordin.
Uma emenda proposta pelo l�der da prefeitura de BH, vereador Bruno Miranda (PDT), foi inclu�da no texto pedindo mais prazo para discuss�o do projeto. Na sess�o de ontem, o parlamentar defendeu a modifica��o. “Apresentamos uma emenda, para que ele siga sendo discutido nas comiss�es e continue sendo discutido pela prefeitura. Temos aspectos de legalidade que precisam ser mais bem estudados”, declarou e votou favor�vel ao projeto. A inclus�o no texto ainda ser� avaliada pelos vereadores na pr�xima sess�o.
Com alfinetadas em opositores, o presidente da C�mara, Gabriel Azevedo (sem partido), deixou a mesa para votar a favor do projeto. “N�o � um voto apenas para o clube, � um voto para a cidade. Estamos com um problema ser�ssimo em Belo Horizonte que � a aus�ncia de espa�o para grandes espet�culos”, afirmou.
Contrapartidas Em depoimento � Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito (CPI) – Abuso de Poder na PBH (Prefeitura de Belo Horizonte), o CEO do Atl�tico-MG, Bruno Muzzi, afirmou que o clube n�o tem dinheiro para concluir as obras de contrapartidas da Arena MRV. Ele detalhou os valores da constru��o do est�dio e revelou que faltam R$ 150 milh�es em recursos. De acordo com Muzzi, a estimativa atual � que a obra da Arena MRV custe cerca de R$ 1,2 bilh�o. Sendo R$ 750 milh�es em obras no per�metro do est�dio, R$ 335 milh�es em contrapartidas e mais de R$ 100 milh�es em “custos acess�rios”.
As obras do est�dio em si est�o praticamente conclu�das. Na ter�a-feira passada, o Galo inaugurou os vesti�rios do est�dio. Por�m, o Atl�tico-MG alega n�o ter dinheiro suficiente para bancar todas as contrapartidas exigidas pela PBH – obras sociais, vi�rias e ambientais solicitadas para a aprova��o do projeto. “Algumas dessas contrapartidas vi�rias, principalmente, que fazem a liga��o do Anel Rodovi�rio com a Via Expressa, com a BR-040, e uma ou outra passarela, n�s n�o temos mais o recurso para fazer e estamos vendo como proceder em rela��o a isso. Estamos falando de uns R$ 150 milh�es, eu acho”, declarou Muzzi.
