A beleza vem da harmonia. N�o � uma imposi��o est�tica, n�o obedece a c�nones nem a regras fixas. A beleza � o jeito, e � fundamental para a forma como a Maison Valentino atua desde sua funda��o. � o seu DNA.
Esta cole��o retrata a ideia de beleza anunciada, apoiada e fomentada pelo diretor criativo Pierpaolo Piccioli, aqui e agora. Uma ideia que centraliza o que j� foi perif�rico, que transforma em protagonista aqueles que, antes, n�o tinham sequer papel secund�rio, que busca glamour no que � imperfeito e distante do c�none. Uma ideia que amplia o espectro da beleza.
A hist�ria da Maison Valentino come�ou junto com a hist�ria de Valentino Clemente, fundador da casa italiana, que ficou conhecido no mundo da moda como o “Rei do Chique”. Adorado por celebridades e at� mesmo por membros da realeza, ele mudou para sempre a hist�ria da moda e da alta-costura e hoje a Maison Valentino � reconhecida e respeitada no mundo todo.
Em 1950, Valentino foi para Paris para estudar moda, com apenas 18 anos. O italiano teve a oportunidade de estudar com grandes mestres da alta-costura na Fran�a. Foi em 1952 que ele venceu um importante concurso de moda em Paris e com isso foi trabalhar no ateli� de Jean Dess�s.
Quando voltou para a It�lia, se estabeleceu em Roma, onde abriu seu primeiro est�dio de moda na Via Condotti, uma das ruas mais famosas e elegantes da cidade. Mas foi em 1960 que Valentino apresentou a sua primeira cole��o em Floren�a, e desde ent�o se tornou um dos estilistas mais requisitados e famosos entre celebridades e pessoas importantes da �poca. Entre suas clientes estavam Jacqueline Kennedy, a ent�o primeira-dama dos EUA, e a atriz Elizabeth Taylor.
Foi com o foco no primeiro ateli� da marca que a equipe criativa buscou todas as refer�ncias para a cole��o atual, que desfilou no �ltimo dia 8. Tudo recome�a onde tudo come�ou: em Roma, o lugar onde cria��es e inven��es ganham vida atrav�s das hist�rias daqueles que realmente fazem as roupas, daqueles que imprimem seu car�ter no tecido atrav�s do trabalho manual. A forma e o endere�o n�o mudaram, mesmo assim, tudo mudou.
Um di�logo com a hist�ria pessoal, uma conversa com o fundador por meio de intensa pesquisa de todas as cole��es passadas, de momentos, temas, cores, materiais, signos, linhas, seguindo o mapa do bom gosto, da eleg�ncia e do sentimento. O di�logo � um reflexo de si mesmo e uma forma de se encontrar, buscando outros �ngulos. Como nada � igual quando � feito pela segunda vez, nasce o diferente com refer�ncias. Cada come�o � um momento.
“Cada in�cio remete ao ateli�, que � onde a vis�o se torna tang�vel. A conversa se materializa no desfile, o momento atual e a concretiza��o final da ideia inicial. A moda nunca � est�tica. O movimento � a sua verdadeira dimens�o. O movimento ao longo de uma escada cheia de hist�ria ecoa outros movimentos e momentos da moda, ao longo dos mesmos passos, que agora se tornam uma extens�o do ateli�. A representa��o final coincide, mas n�o inteiramente, com a inicial. Nas diferen�as est� o presente abra�ando outros come�os, de viagens anteriores, sem mapas, guiadas apenas pelo sentimento”, descreve Piccioli.