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Marcos Michelin/EM/D.A Press
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Davino p�de rever Marques e Maur�lio, 36 anos depois de deixar casa
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A imagem que Marques Rodrigues de Souza, de 41 anos, tinha da figura paterna era um rosto distante, escondido nos recantos da mem�ria. Nesse s�bado, ele confirmou que o pai, Davino Rodrigues de Souza, de 64 anos, tinha o mesmo semblante, 36 anos depois do desaparecimento. Afastado uma vida inteira dos filhos, o pedreiro Davino p�de abra�ar Marques e Maur�lio Rodrigues, de 37, na Divis�o de Refer�ncia � Pessoa Desaparecida, no Bairro S�o Crist�v�o, na Regi�o Noroeste de Belo Horizonte. Foi um reencontro emocionante, para resgatar uma vida de desencontros e expectativas frustradas.
“Sempre olhava para meu tio e imaginava que ele podia ser parecido com meu pai, que � exatamente o que eu havia projetado. S� hoje pude verificar que sou muito parecido com ele”, conta Marques, que foi deixado pelo pai aos 5 anos. Os filhos tinham uma hist�ria diferente em rela��o ao contado por Davino, sobre a separa��o da fam�lia, em 1972. A m�e Guiomar Lopes de Souza, falecida h� 16 anos, informou aos filhos que Davino deixou a fam�lia em S�o Sebasti�o do Bugre, distrito de Coroaci, no Vale do Rio Doce, para tentar a vida em S�o Paulo. A esperan�a era de que um dia ele voltasse com melhor situa��o financeira para ajudar no sustento da casa.
Mas, segundo Davino, o isolamento durante todos esses anos n�o foi culpa dele. O pedreiro lembra que foi expulso de casa por ci�mes da esposa e, mesmo depois de uma tentativa sua, ela n�o quis retomar o casamento. “Trabalhava em Marilac, perto do local em que mor�vamos, e ela cismou que eu tinha outra mulher e fui expulso de casa. Mudei-me para S�o Paulo e arrumei trabalho e um barrac�o. Mandei uma carta pedindo que ela viesse, com os filhos, mas ela respondeu que nunca mais queria me ver”, afirma.
Saudade
Al�m de Marques e Maur�lio, Davino tamb�m deixou para tr�s a filha M�rcia, hoje com 39 anos. Os tr�s filhos moram em Jacare�, no Vale do Para�ba, em S�o Paulo. Depois de muitas andan�as, Davino se casou de novo e teve mais cinco filhos: Grafiana, de 30, Maxlaine, de 28, Roque, de 27, Itamar, de 25, e Lucimar, de 22. Ele mora com a segunda fam�lia no Bairro Serra Verde, na Regi�o de Venda Nova, em BH. “Nunca esqueci meus filhos do primeiro casamento. A saudade que sentia deles fez com que eu bebesse muito. Hoje estou muito feliz”, garante Davino.
Na busca pela sobreviv�ncia, os irm�os Marques, Maur�lio e M�rcia moraram em v�rias cidades com a m�e. A mudan�a de endere�os dificultava ainda mais o reencontro. Ainda assim, eles nunca perderam a esperan�a de ver de novo o pai. Em agosto de 2006, o policial militar Maur�lio acionou a DRPC, pois teve not�cias de que o pai morava em BH. “Hoje estamos realizando o desejo de minha m�e, que era de reunir a fam�lia novamente. Nunca soubemos que eles haviam brigado, para n�s o sentimento era de abandono. Mas nunca tivemos m�goa. A nossa vontade era v�-lo para mostrar que sofremos, mas superamos as dificuldades”, relata Maur�lio.
Durante o reencontro, Davino Rodrigues Souza tamb�m conheceu seu neto Patrick Anderson de Souza, de 10. Tamb�m ficou sabendo que j� � bisav� e tem outros tr�s netos. O filho do segundo casamento, Itamar Rodrigues, de 25, conheceu seus irm�os. A detetive Paula Luciana Barbosa foi a respons�vel por promover a uni�o da fam�lia.
“Sempre olhava para meu tio e imaginava que ele podia ser parecido com meu pai, que � exatamente o que eu havia projetado. S� hoje pude verificar que sou muito parecido com ele”, conta Marques, que foi deixado pelo pai aos 5 anos. Os filhos tinham uma hist�ria diferente em rela��o ao contado por Davino, sobre a separa��o da fam�lia, em 1972. A m�e Guiomar Lopes de Souza, falecida h� 16 anos, informou aos filhos que Davino deixou a fam�lia em S�o Sebasti�o do Bugre, distrito de Coroaci, no Vale do Rio Doce, para tentar a vida em S�o Paulo. A esperan�a era de que um dia ele voltasse com melhor situa��o financeira para ajudar no sustento da casa.
Mas, segundo Davino, o isolamento durante todos esses anos n�o foi culpa dele. O pedreiro lembra que foi expulso de casa por ci�mes da esposa e, mesmo depois de uma tentativa sua, ela n�o quis retomar o casamento. “Trabalhava em Marilac, perto do local em que mor�vamos, e ela cismou que eu tinha outra mulher e fui expulso de casa. Mudei-me para S�o Paulo e arrumei trabalho e um barrac�o. Mandei uma carta pedindo que ela viesse, com os filhos, mas ela respondeu que nunca mais queria me ver”, afirma.
Saudade
Al�m de Marques e Maur�lio, Davino tamb�m deixou para tr�s a filha M�rcia, hoje com 39 anos. Os tr�s filhos moram em Jacare�, no Vale do Para�ba, em S�o Paulo. Depois de muitas andan�as, Davino se casou de novo e teve mais cinco filhos: Grafiana, de 30, Maxlaine, de 28, Roque, de 27, Itamar, de 25, e Lucimar, de 22. Ele mora com a segunda fam�lia no Bairro Serra Verde, na Regi�o de Venda Nova, em BH. “Nunca esqueci meus filhos do primeiro casamento. A saudade que sentia deles fez com que eu bebesse muito. Hoje estou muito feliz”, garante Davino.
Na busca pela sobreviv�ncia, os irm�os Marques, Maur�lio e M�rcia moraram em v�rias cidades com a m�e. A mudan�a de endere�os dificultava ainda mais o reencontro. Ainda assim, eles nunca perderam a esperan�a de ver de novo o pai. Em agosto de 2006, o policial militar Maur�lio acionou a DRPC, pois teve not�cias de que o pai morava em BH. “Hoje estamos realizando o desejo de minha m�e, que era de reunir a fam�lia novamente. Nunca soubemos que eles haviam brigado, para n�s o sentimento era de abandono. Mas nunca tivemos m�goa. A nossa vontade era v�-lo para mostrar que sofremos, mas superamos as dificuldades”, relata Maur�lio.
Durante o reencontro, Davino Rodrigues Souza tamb�m conheceu seu neto Patrick Anderson de Souza, de 10. Tamb�m ficou sabendo que j� � bisav� e tem outros tr�s netos. O filho do segundo casamento, Itamar Rodrigues, de 25, conheceu seus irm�os. A detetive Paula Luciana Barbosa foi a respons�vel por promover a uni�o da fam�lia.