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Estado de Minas

Policiais suspeitos de agress�o em Governador Valadares


postado em 24/02/2009 07:06 / atualizado em 17/11/2009 00:41

Família de Alexandre diz que ele teria sido espancado pelos militares(foto: Jack Zalcman/ Diário do Rio Doce)
Fam�lia de Alexandre diz que ele teria sido espancado pelos militares (foto: Jack Zalcman/ Di�rio do Rio Doce)
A Pol�cia Militar de Governador Valadares instaurou inqu�rito para apurar se ouve excesso por parte dos policiais militares que prenderam na noite de sexta-feira o auxiliar de produ��o, Alexandre Gon�alves Filgueiras, de 31 anos. Ele morreu horas mais tarde no hospital Municipal da cidade. A fam�lia suspeita que Alexandre tenha sido agredido pelos militares no momento da pris�o. O comando da PM aguarda o laudo do Instituto M�dico Legal (IML), apontando as causas da morte do rapaz, para anexar ao processo investigativo e dar continuidade � apura��o do caso.

Alexandre trabalhava h� cerca de um m�s na linha de produ��o de uma f�brica de baterias no centro de Governador Valadares. Segundo a PM, na sexta-feira � noite um morador da Avenida Lisboa ligou para o 190 e informou que havia detido um desconhecido no quintal de sua casa Uma guarni��o foi ao endere�o e teve dificuldades para imobilizar Alexandre , que havia invadido outras resid�ncias no bairro. Depois, o auxiliar foi levado para o Hospital Municipal, onde, segundo os militares, teria tido uma crise nervosa.

Mas imagens do circuito interno de seguran�a do hospital mostram o auxiliar de produ��o com as m�os algemadas, tentando escapar dos policiais, que conseguiram imobiliza-lo. Instantes depois, ele foi posto em uma maca e levado para o setor de atendimento. L�, ele recebeu uma inje��o de calmante e morreu em seguida. No atestado de �bito assinado pelo m�dico-legista Jo�o Lu�s Andrade consta que as causas da morte foram traumatismo cr�nio-encef�lico e politraumatismo.

O atestado � a principal prova da fam�lia do auxiliar de produ��o para contestar a vers�o apresentada pela pol�cia. De acordo com o irm�o da v�tima, o administrador de empresas Raimundo Castro Filgueiras Filho, de 27, Alexandre sempre foi uma pessoa saud�vel e nunca demonstrou sinais de nervosismo. Na sexta feira, ele saiu de casa, na Avenida Piracicaba, na Ilha dos Ara�jos, em dire��o ao Bairro Gr� Duquesa, onde pegaria �nibus da empresa onde trabalhava para entrar no turno da madrugada. “Naquele dia, o Alexandre estava escalado para trabalhar da meia-noite �s 6 horas. Temos testemunhas que presenciaram o meu irm�o apanhando de policiais. Inclusive um deles teria pisado na garganta para que ele n�o gritasse”, disse Castro.

Segundo ele, o principal interesse da fam�lia e descobrir o que aconteceu. “O Alexandre fez h� um m�s exame m�dico de admiss�o na empresa. Se fosse usu�rio de drogas ou tivesse problemas mentais, isso seria acusado no exame de sangue e ele n�o seria contratado. N�s queremos justi�a”, desabafou. O corpo do auxiliar de produ��o foi enterrado na tarde de s�bado no Cemit�rio Santo Ant�nio. Ele deixou duas filhas, de 1 e 3 anos, respectivamente. “A gente n�o iria se pronunciar, mas meu irm�o foi apontado como ladr�o e isso sabemos que ele n�o �. Somos uma fam�lia honesta e n�o vamos deixar isso impune”, concluiu Castro.


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