PM afirma que clima � tranquilo no Aglomerado da Serra ap�s mortes e protestos

De acordo com a Pol�cia Militar (PM), o clima � tranquilo no Aglomerado da Serra, na manh� deste domingo depois dos tumultos na regi�o. O filho e o irm�o de um policial morreram durante troca de tiros com militares na madrugada de s�bado, no Bairro Mar�ola, Regi�o Centro-Sul de Belo Horizonte. Moradores acusaram a PM de abuso de autoridade durante a incurs�o e uma s�rie de protestos marcou o dia.

Segundo o cabo Le�o, no 22º Batalh�o da PM, o monitoramento no aglomerado continua durante o domingo. Cerca de 12 viaturas est�o fazendo opera��es de rotina no bairro. O refor�o do policiamento conta com militares do 22º BPM, 16º BPM, 1º BPM e 5º BPM.

As mortes

De acordo com militares do Batalh�o da Rotam, por volta de 2h30 de s�bado, durante opera��o de rotina, se depararam com aproximadamente 20 homens armados. Doze deles usavam fardas do Grupo de Apoio T�tico Especial (Gate) e da Pol�cia Militar. Ao verem os militares, os suspeitos come�aram teriam atirado, uma bala atingiu um policial. Come�ou um tiroteio, na troca de tiros morreram os suspeitos Renilson Veriano da Silva, de 39 anos e J.C.S. de 17 anos.

Den�ncias

Dezenas de moradores procuraram jornalistas para denunciar uma s�rie de abusos praticados por militares, notadamente do Batalh�o Rotam. Eles reclamaram da viol�ncia com que s�o abordados durante as opera��es, com armas apontadas para suas cabe�as, inclusive de mulheres e crian�as. Todos atestam que os dois mortos eram trabalhadores e nunca tiveram envolvimento com o crime.

O l�der comunit�rio e vereador Paulo S�rgio Peixoto, o Paulinho Motorista (PSL), disse que a cena montada pelos militares foi uma farsa: “Nunca ouvi falar de criminosos no aglomerado que usassem farda da PM”, afirmou. O vereador explicou que as v�timas eram trabalhadores. Acrescentou ter marcado com o secret�rio de Estado da Defesa Social, Lafayette Andrada, uma reuni�o para amanh�, inclusive com a participa��o de comandantes da PM, para discutir o assunto.

Os corpos dos mortos chegaram ao Instituto M�dico-Legal no fim da manh� de s�bado e devem ser sepultados neste domingo a tarde, quando s�o esperadas novas manifesta��es da comunidade.