A vers�o deveria ser oficial, mas, de acordo com fontes da Pol�cia Civil, � fantasioso o relato dado pelos policiais do Batalh�o de Rondas T�ticas Metropolitanas (Rotam) sobre o duplo homic�dio ocorrido na madrugada de s�bado no Aglomerado da Serra. Conforme militares, o auxiliar de padeiro Jeferson Coelho da Silva, de 17 anos, e o tio dele, o t�cnico de enfermagem Renilson Veriano da Silva, de 39, estariam carregando fardas e fariam parte de um grupo de criminosos que abriu fogo contra os PMs durante patrulhamento no local. Contr�rio, o entendimento da Civil pode dar outro encaminhamento �s investiga��es. “Mataram inocentes e, por isso, est� havendo esse clamor popular no aglomerado. A comunidade n�o iria brigar porque bandidos morreram. Essa hist�ria de que eles estavam com fardas de policiais � fantasiosa”, diz a fonte que pediu anonimato.
Entre moradores do aglomerado e familiares, a vers�o da Civil � un�nime. “Tudo o que a PM falou � asneira. A hist�ria da farda � plantada. Viram que o Renilson era irm�o de policial e inventaram. Se eles estivessem com as fardas, elas estariam com sangue e cheias de marcas de tiro”, diz Jailson Veriano, de 30, tio de Jeferson e irm�o de Renilson. Segundo ele, os parentes estariam em um baile e, quando voltavam para casa, foram surpreendidos pelos PMs, que chegaram atirando sem perguntar. Ontem, a Corregedoria da Pol�cia Militar abriu inqu�rito para apurar o caso. “O trabalho ainda � preliminar, as testemunhas n�o foram ouvidas”, afirmou o tenente-coronel Alberto Luiz Alves, da comunica��o da PM. Moradores que atestam que a execu��o partiu dos militares procuraram a Pol�cia Civil para dar depoimento.
Prote��o
Apesar de j� terem prestado depoimento, nenhuma das testemunhas estava inclu�da no Programa de Prote��o a V�timas e Testemunhas do Minist�rio da Justi�a, segundo Miranda J�nior. “ Caso pe�am prote��o, o pedido ser� analisado rapidamente e a pessoa pode ser atendida no mesmo dia.” O promotor de Controle Externo da Fiscaliza��o Policial do MPE, Rodrigo Filgueiras, alertou que “aqueles que se sentirem amea�ados devem pedir prote��o aos �rg�os compententes., que tamb�m devem estar atentos.”