Tr�s mortes e muito mist�rio
S�bado, dia 19
Em incurs�o no Aglomerado da Serra, equipe da Rotam mata tio e sobrinho a tiros. Militares alegam que foram atacados por grupo de 15 a 20 homens, vestidos com fardas. PMs exibem fardas e armas que estariam com as duas v�timas.
Dois �nibus s�o incendiados na regi�o em protesto contra o crime e moradores denunciam suposto tiroteio como farsa. PM usa at� helic�ptero na ca�a aos supostos agressores dos policiais.
Domingo, dia 20
Com dezenas de viaturas, policiais ocupam as seis vilas do aglomerado, para evitar novos atentados a �nibus.
Revoltados, moradores participam, no Cemit�rio da Saudade, de vel�rio e enterro dos vizinhos assassinatos.
Depois dos funerais, aglomerado se transforma em pra�a de guerra: Moradores s�o proibidos de fazer concentra��o, reagem a pedradas e PMs usam balas de borracha e bombas para reprimir manifesta��o. Quatro pessoas, uma delas crian�a, ficam feridas. Um micro-�nibus e dois carros s�o queimados.
Segunda-feira, dia 21
Moradores denunciam envolvimento de PMs em cobran�a de propina de traficantes. PM afasta militares envolvidos. Testemunha confirma que n�o houve tiroteio.
Fontes da Pol�cia Civil garantem que vers�o das fardas � fantasiosa. Governo determina rigor na apura��o. Corregedoria da PM e Delegacia de Homic�dios instauram inqu�rito para apurar crimes.
Moradores fazem passeata at� � Assembleia Legislativa. Militares continuam ocupa��o do morro.
Tr�s escolas ficam fechas e �nibus n�o circulam.
Ter�a-feira, dia 22
Para fugir de amea�as, fam�lias come�am a deixar seus barracos com medo.
Comiss�o de Direitos Humanos da Assembleia ouve moradores no aglomerado e pede o fim da Rotam.
Estado pede Minist�rio P�blico para acompanhar apura��o e reconhece falhas na atua��o no aglomerado.
Parentes e vizinhos das v�timas come�am a ser ouvidas pelas Delegacia de Homic�dios
Quarta-feira, dia 23
Justi�a Militar decreta e quatro PMs acusados da morte dos dois moradores s�o presos.
Fuzis e pistolas usados pelos militares da Rotam na incurs�o do aglomerado e colete que teria levado tiro s�o recolhidos.
Mais testemunhas dep�em, desmentem PMs e denunciam viol�ncia do Rotam no aglomerado
OAB cria comiss�o especial para acompanhar o caso.
Quinta-feira, dia 24
Corregedoria come�a a apurar outros crimes atribu�dos a militares.
Laudo da per�cia indica que adolescente e tio foram mortos � queima roupa.
Secret�rio visita aglomerado e anuncia rigor na apura��o.
Pol�cia apura morte de homem no Centro, depois de detido por PMs.
Sexta-feira, dia 25
Cabo que comandou equipe do Rotam no aglomerado morre na pris�o. Hip�tese mais prov�vel � suic�dio.
Companheiros e parente do militar morto denunciam que ele foi assassinado na pris�o.
S�bado, dia 26
Em clima de revolta e amea�as a jornalistas, corpo do cabo F�bio de Oliveira � enterrado em Santa Luzia.
Grupo Especializado de Policiamento em �reas de Risco (Gepar) continua patrulhando o Aglomerado da Serra. Os �nibus voltaram a circular, em clima de normalidade. Moradores participaram de culto evang�lico em homenagens �s v�timas, mortas no dia 19