
No caso do inqu�rito que apura a morte de um desconhecido no Hospital Psiqui�trico Galba Veloso, na madrugada do dia 19, o comandante do 1º Batalh�o da PM, tenente-coronel M�rcio Cassavari, adiantou que n�o vai permitir que sete policiais da 6ª Companhia do Centro prestem depoimento � Pol�cia Civil. “J� ouvi todos os policiais no IPM e, na minha opini�o, trata-se de crime militar. A compet�ncia, a princ�pio, � da Pol�cia Militar apurar os fatos. Vou resolver isso pessoalmente com o doutor Wagner”, disse o tenente-coronel, referindo-se ao chefe da Divis�o de Crimes contra a Vida, delegado Wagner Pinto de Souza.
De acordo com Wagner Pinto, seu colega Fausto Eust�quio Ferraz tamb�m j� instaurou inqu�rito e oito testemunhas j� foram ouvidas, entre elas funcion�rios do motel, localizado na Avenida Paran�, e tamb�m do hospital. “Estamos tentando primeiro entender a din�mica do fato, ouvindo testemunhas. Somente depois, vamos interrogar os PMs”, disse o delegado. A oitiva � essencial para compreender a din�mica e desvendar as diverg�ncias entre as vers�es dos PMs e das testemunhas. No caso da PM n�o permitir o depoimento dos policiais, a Civil pode acionar a Justi�a para que eles compare�am.
Em rela��o ao caso do Aglomerado da Serra, as pol�cias t�m entendimento diferente quanto � participa��o do soldado Adelmo Felipe de Paula Zuccheratte na morte de Jeferson Coelho da Silva, de 17 anos, e de seu tio Renilson Veriano da Silva, de 39. O delegado Fernando Miranda, titular do inqu�rito, afirma que n�o h� elementos suficientes para o pedido de pris�o do militar, enquanto a Corregedoria da Pol�cia Militar entende o contr�rio e, por isso, pediu � Justi�a Militar a pris�o preventiva do soldado. No dia das mortes, ele era o motorista da guarni��o e alega que s� soube dos assassinatos por meio do r�dio comunicador da viatura, uma vez que, segundo ele, estava distante do aglomerado, na esquina da Avenida do Contorno com Rua do Ouro, na entrada do bairro.
Preventiva
Na quinta-feira, os tr�s soldados devem ser convocados para prestar depoimento no Departamento de Homic�dios e Prote��o � Pessoa, mas o comandante do Batalh�o de Rondas T�ticas Metropolitanas (Rotam) n�o foi encontrado para falar se a orienta��o ser� a mesma dada pelo comando do 1º Batalh�o. Ontem, foram cumpridos os mandados de pris�o dos soldados Jason Paschoalino e Jonas David Rosa, mas ele permanecem em unidades militares, uma vez que a Justi�a Militar j� havia decretado pris�o preventiva dos dois.
Contrariado com os dois inqu�ritos paralelos, o advogado Ricardo Gil Guimar�es, defensor dos soldados Jason Paschoalino e Jonas David Rosa, discorda da investiga��o do Departamento de Homic�dios e Prote��o � Pessoa e alega que seria compet�ncia s� da PM apurar o que se passou na Rua Bandaneon, no Aglomerado da Serra, na madrugada de 19 de fevereiro.
Com resultados favor�veis na investiga��o da Pol�cia Civil, o advogado de Zuccheratte, Domingos S�vio de Mendon�a, considera positivo dois inqu�ritos correrem paralelamente. “� bom para se apresentar coer�ncias e diverg�ncias”, diz. Ele pediu � corregedoria que, ante �s evid�ncias fosse pedido o relaxamento da pris�o do soldado, mas a PM se negou a fazer o pedido. Com isso, depois de analisar as 259 folhas do inqu�rito, ele deve entrar nesta quarta-feira com pedido de relaxamento de pris�o do cliente, na tentativa de conseguir a liberdade do militar, que � mantido detido no 5º Batalh�o
Inqu�ritos
Diferente da posi��o do comandante do 1º Batalh�o, o chefe do setor de Comunica��o da Pol�cia Militar, tenente-coronel Alberto Luiz Alves, ameniza a situa��o e explica que, nos dois casos, s�o abertos inqu�ritos paralelos por ser atribui��o tanto da Justi�a Militar quanto do Tribunal do J�ri apurar as ocorr�ncias. “Como nos dois casos houve mortos e eles estavam em servi�o, � atribui��o dos dois. N�o h� incompatibilidade”, afirma.
Quanto � afirma��o da Pol�cia Civil de n�o ter elementos para pedir a pris�o do soldado Adelmo Zuccheratte, ele diz que o inqu�rito � sigiloso e n�o pode revelar o que levou a Corregedoria a pedir a pris�o do militar. “� um conjunto probat�rio robusto que aponta a autoria para os quatro. Mas, l� na frente, pode chegar � constata��o de que um deles n�o teve participa��o”, afirma, considerando que, caso o defensor de Zuccheratte discorde das alega��es do autor do inqu�rito policial militar, deve apresentar elementos para o juiz.