Com a chegada do outono, as temperaturas e a umidade do ar diminuem, causando um aumento da poeira. Por isso, � preciso ter cuidados mais acentuados com a conjuntivite, principalmente com a do tipo al�rgica.
Em Minas Gerais foi notificado, at� o momento, surto da doen�a em Santo Ant�nio do Grama, pertencente � Ger�ncia Regional de Sa�de de Alfenas, mas que j� est� sob controle. No local foram confirmados 280 casos, em fevereiro deste ano, sendo que todos os pacientes j� receberam a devida assist�ncia e j� est�o curados. Cabe ressaltar que os sintomas da conjuntivite nos pacientes mineiros surgiram ap�s um vel�rio que ocorreu na cidade, em que v�rias pessoas de outros munic�pios participaram e que uma delas, proveniente de S�o Paulo, apresentava quadro de conjuntivite.
Segundo a coordenadora de Oftalmologia Social da Secretaria de Estado de Sa�de (SES-MG), Karen Brock, “por se tratar de uma doen�a que n�o � de notifica��o compuls�ria, a SES n�o disp�e de um banco de dados com notifica��es de casos isolados. No entanto, sabemos que, exceto no munic�pio de Santo Ant�nio do Grama, os casos registrados at� agora no restante do Estado n�o est�o acima do esperado, pois sempre que os munic�pios percebem anormalidades no n�mero de ocorr�ncias, as Ger�ncias Regionais de Sa�de notificam, o que ainda n�o ocorreu”.
A conjuntivite � a inflama��o da conjuntiva, membrana transparente e fina que reveste a parte da frente do globo ocular e o interior das p�lpebras. O branco do olho (esclera) � coberto por uma pel�cula fina chamada conjuntiva, que produz muco para cobrir e lubrificar o olho.
Normalmente, possui pequenos vasos sangu�neos em seu interior, que podem ser vistos atrav�s de uma observa��o mais rigorosa. Quando a conjuntiva se irrita ou inflama, os vasos sangu�neos que a abastecem alargam-se e tornam-se muito mais proeminentes, causando ent�o a vermelhid�o do olho. Em geral, acomete os dois olhos, pode durar de uma semana a 15 dias e n�o costuma deixar sequelas.
A estudante Ana Carolina Queiroz conta que inicialmente sentiu uma coceira, “como se tivesse uma poeira nos olhos, mas n�o dei muita import�ncia. Dois dias depois, a sensa��o era de uma areia e os olhos, principalmente o esquerdo, ficaram vermelhos. S� a� comecei a achar que fosse conjuntivite e procurei um oftalmologista. Fiquei cinco dias sem ir � escola e passando um rem�dio, e tamb�m precisei ter muita higiene com as m�os e roupas de cama. A conjuntivite incomoda muito, pois a todo o momento voc� fica querendo colocar a m�o e co�ar, mas n�o pode. A higiene � fundamental”, relata.
Causas
Quando a conjuntivite aparece depois do contato com um agente qu�mico, ela � chamada de conjuntivite irritativa. J� aquele tipo causado por p� ou perfume recebe o nome de al�rgica. As duas varia��es da doen�a provocam principalmente vermelhid�o e coceira, e n�o s�o transmitidas por contato. Ela pode ser ainda viral ou bacteriana, em geral mais graves e podendo ser transmitidas por contato. As virais s�o as que mais frequentemente s�o causas de epidemias.
A contamina��o do olho com bact�rias ou v�rus, se d� por transmiss�o dos mesmos pelas m�os (por manipula��o do olho), por toalhas, cosm�ticos (particularmente maquiagem para os olhos) ou uso prolongado de lentes de contato. Os irritantes causadores de conjuntivite podem ser a polui��o do ar, fuma�a (cigarro), sab�o, sabonetes, spray, maquiagens, cloro, produtos de limpeza, etc. Alguns indiv�duos apresentam conjuntivite al�rgica (sazonal), devido � alergia, principalmente a p�len e perfumes em spray.
Medidas de preven��o e controle
Medidas de higiene pessoal em centros de assist�ncia, bem como o tratamento adequado dos casos constituem as principais medidas de preven��o. Em rela��o � popula��o, recomenda-se:
- procurar assist�ncia m�dica na ocorr�ncia de sinais e sintomas de conjuntivite, evitando a automedica��o;
- aspectos de higiene pessoal, principalmente quanto � lavagem de m�os frequente e uso e descarte de len�os descart�veis;
- uso individual de toalhas, maquiagem para os olhos, solu��es oft�lmicas e outros medicamentos de uso ocular;
- troca di�ria de fronhas;
- evitar frequentar locais aglomerados quando da ocorr�ncia de sinais e sintomas de conjuntivite: creches, escolas e local de trabalho.
Para os profissionais de sa�de orienta-se:
- lavagem de m�os antes e depois do atendimento de pacientes;
- uso de luvas est�reis durante o exame oftalmol�gico e durante a coleta de amostras com descarte adequado das mesmas;
- esteriliza��o sistem�tica de instrumentos utilizados para exame oftalmol�gico e/ou procedimentos diagn�sticos;
- organiza��o de instala��es para o atendimento e diagn�stico reduzindo ao m�nimo poss�vel o contato entre indiv�duos infectados e n�o infectados e com outros pacientes, com devida precau��o com imunocomprometidos;
- desinfec��o de salas de atendimento.