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Estado de Minas

Um ano depois do crime no Sion, veja como est� a vida dos membros do Bando da Degola


07/04/2011 09:30 - atualizado 08/04/2011 16:50

Depois de um ano dos crimes cometidos pelo Bando da Degola nenhum dos oito acusados foi julgado pelas mortes dos empres�rios Fabiano Ferreira Moura, de 36 anos, e Rayder Santos Rodrigues, de 39. A rotina de cada um dos acusados mostra diferentes tratamentos da Justi�a aos membros da quadrilha. O l�der do bando e estudante de direito Frederico Flores est� preso. Na mesma situa��o est�o os cabos PM Renato Mozer e Andr� Bartolomeu, o gar�om Adrian Grigorcea e o advogado Arlindo Lobo. A m�dica Gabriela Costa, o advogado Luiz Astolfo e o pastor evang�lico Sidney Beijamin respondem em liberdade.

O grupo � acusado de torturar, assassinar e decapitar os empres�rios em abril de 2010 num apartamento no Bairro Sion, na Regi�o Centro-Sul de BH. Eles foram denunciados pelo Minist�rio P�blico de Minas Gerais (MPMG) por homic�dio qualificado, c�rcere privado, extors�o, destrui��o e oculta��o de cad�ver e forma��o de quadrilha. Segundo o inqu�rito da Pol�cia Civil, a trama macabra do crime come�ou no dia 7 com a captura e tortura de Rayder. O empres�rio foi extorquido e amea�ado no apartamento. As mortes dele e do s�cio aconteceram no dia 9. Depois de matar as v�timas, integrantes do bando teriam cortado dedos e cabe�as deles, para dificultar a identifica��o. (Veja a cronologia do crime).

Veja como qual � a situa��o de cada um dos acusados um ano depois dos crimes:

(foto: Jair Amaral/EM DA PRESS)
Frederico Flores:

Ele cumpre pena em uma cela individual da Penitenci�ria Nelson Hungria, em Contagem, na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte. Flores passa o tempo vendo uma TV de 14 polegadas e ouvindo um r�dio rel�gio pequeno. Os materiais foram levados pela irm� e a m�e dele. Na penitenci�ria as visitas acontecem semanalmente, alternando s�bados e domingos. O hor�rio de visita � das 8h �s 17h, podendo entrar at� �s 14h. As visitas mais recebidas por ele s�o da m�e e da irm�. Todos os dias, como todos os outros presos, Frederico tem direito a duas horas de banho de sol por dia.

Frederico Flores faz uso de medicamentos controlados, o que consta no processo. De acordo com o advogado Manuel de Oliveira J�nior, que defende Flores, o seu cliente recebe acompanhamento psicol�gico dentro da penitenci�ria, mas � deficiente. “O tratamento � espor�dico, ele n�o faz exames peri�dicos”, diz.

No �ltimo dia 28, o MPMG avaliou o laudo de sanidade mental do estudante de direito. O que mais chama aten��o no laudo, segundo o minist�rio, � que Frederico Flores fez uso de maconha no dia em que realizou o exame, quando j� estava preso. Para Zanone, o fato de o cliente ter usado drogas dentro da cadeia refor�a a tese de que ele n�o pode ser mantido como um preso comum. “Ele precisa de tratamento m�dico-psiqui�trico com urg�ncia. O sistema prisional � voltado para a culpabilidade, n�o traz condi��es de tratamento adequado e, infelizmente, Frederico teve acesso a subst�ncia entorpecente. Ele devia ir para um hospital de cust�dia, que tamb�m � um estabelecimento prisional, mas a categoria de tratamento � curativa, n�o punitiva. L� ele receberia o tratamento que merece. Acredito que ap�s a homologa��o do laudo de sanidade, a autoridade judici�ria e o sistema prisional v�o tomar uma atitude no sentido de procurar a melhor sa�da”, explica Zanone. Frederico aguarda a senten�a de pron�ncia da Justi�a. O laudo de sanidade mental atrasou o andamento do processo.

(foto: Arquivo Pessoal )
Gabriela Ferreira da Costa


A m�dica apontada como gerente do Bando da Degola est� livre. Ela foi solta no dia 6 de junho de 2010 depois de um habeas corpus que a tirou do Pres�dio S�o Joaquim de Bicas II. Em dezembro do ano passado Gabriela foi flagrada trabalhando normalmente na emerg�ncia do hospital municipal Miguel Couto, um dos maiores do Brasil, que fica na zona Sul do Rio de Janeiro. As investiga��es do crime contra os empres�rios complica a situa��o de Gabriela. Embora a defesa da jovem sustente que todos os atos dela ocorreram sob amea�a e coer��o, na lista de atividades da organiza��o, a m�dica responder� pela emiss�o de receitas de medicamentos usados para dopar as v�timas, em alguns casos comprados por ela pr�pria. Al�m disso, investiga��es apontam que ela cuidava pessoalmente da administra��o das contas e do controle da movimenta��o financeira do grupo, assistindo ainda a v�rias sess�es de tortura de pessoas extorquidas. A acusada ainda aguarda a senten�a de pron�ncia.

Sidney Eduardo Beijamin

As investiga��es apontaram que a participa��o do pastor no crime teria sido apenas servi�os de entrega para Frederico Flores em troca da promessa de grava��o de um CD de m�sica evang�lica. Ele est� respondendo ao processo pela morte dos empres�rio no Sion em liberdade. Sidney foi liberado, por meio de um alvar� de soltura, no dia 8 do junho de 2010, do Centro de Remanejamento de Presos (Ceresp) em BH. Segundo o advogado de Sidney, Ant�nio da Costa Rolim, o cliente trabalha como seguran�a e continua pregando com o pastor. “Desde que saiu da pris�o leva a vida dentro da normalidade”, afirma Rolim. Sidney ainda aguarda a senten�a de pron�ncia.

Luiz Astolfo

O advogado Luiz Astolfo ficou preso no Centro de Remanejamento de Presos (Ceresp) durante a fase de investiga��es do crime. Ele foi liberado em junho de 2010 e agora responde ao processo em liberdade. De acordo como defensor de Astolfo, Guilherme Marinho, o acusado trabalha normalmente. Depois da acusa��o de envolvimento no crime, precisou retomar a vida e os cliente lentamente. Astolfo ainda n�o foi pronunciado e o processo dele, segundo Guilherme Marinho, est� na fase de alega��es finais da defesa. O defensor do acusado afirma que Astolfo n�o faz parte de o Bando da Degola. “Nenhuma testemunha o conhece, nem mesmo os r�us o conhecem. Ele n�o deve ser considerado um integrante do bando. N�o h� nenhum depoimento que o inclua no grupo“, disse Guilherme Marinho.

Adrian Gabriel Grigorcea

O gar�om est� detido no Pres�dio S�o Joaquim de Bicas I numa cela coletiva onde aguarda julgamento. Depois da pron�ncia proferida no dia 12 de dezembro de 2010 pela ju�za Maria Luiza de Andrade Rangel Pires, do 2º Tribunal do J�ri de Belo Horizonte, ele vai a j�ri popular.

(foto: Sidney Lopes/EM DA PRESS)
Arlindo Soares Lobo


O advogado est� detido no Pres�dio S�o Joaquim de Bicas II, assim como Adrian, numa cela coletiva. Durante a fase de instru��o e julgamento do processo sobre as mortes de Rayder e Fabiano, Arlindo afirmou no tribunal que foi contratado como motorista de Frederico Flores. O advogado ainda confessou que esteve no apartamento no dia do assassinato de Rayder e Fabiano. Por�m, Arlindo negou a participa��o no crime.

Renato Mozer

O ex-policial militar foi pronunciado no dia 4 de mar�o de 2011 pelo o 2º Tribunal do J�ri do F�rum Lafayette e vai a j�ri popular. Segundo o Tribunal de Justi�a de Minas Gerais, n�o h� d�vida de que o ex-militar participou dos assassinatos das duas v�timas. O r�u vai aguardar o julgamento na pris�o, ele est� detido no 41º Batalh�o da Pol�cia Militar, na Regi�o do Barreiro, em Belo Horizonte. Segundo o assessor da Pol�cia Militar de Minas Gerais, capit�o Gedir, o relat�rio do processo solicitou a exclus�o dos militares. A decis�o da expuls�o deles, ser� julgada pela Pol�cia Militar. Os r�us continuam presos em um quartel da PM.  Juntamente com o ex-policial Andr� Bartolomeu, Mozer possui uma lista de queixas que v�o al�m das acusa��es de envolvimento na morte dos empres�rios. Extors�o, amea�a, agress�o, invas�o de domic�lio, arbitrariedade, les�o corporal, ofensa e roubo, s�o alguns dos itens que comp�em a lista de queixas.

Andr� Bartolomeu

O ex-cabo da PM vai a j�ri popular depois da pron�ncia proferida no dia 12 de dezembro de 2010 pela ju�za Maria Luiza de Andrade Rangel Pires, do 2º Tribunal do J�ri de Belo Horizonte. Assim com o ex-cabo Renato Mozer, Bartolomeu est� preso num batalh�o da PM. O r�u foi afastado da corpora��o cerca de 90 dias depois os crime com uma investiga��o na Corregedoria da PM. Antes de se envolver no Bando da Degola, Bartolomeu j� era acusado de extors�o, amea�a, agress�o, invas�o de domic�lio, arbitrariedade, les�o corporal, ofensa e roubo. Apesar das oito den�ncias contra sua atua��o, a ficha criminal do cabo Bartolomeu, que era lotado no 22º Batalh�o da PM, permanece limpa por falta de provas dos denunciantes.

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