
A m�e do menino, a dona de casa E.L.R., de 32, explicou que a agress�o foi na manh� da segunda-feira, dia 6. Mas somente depois de dois dias tomou conhecimento do fato. Segundo ela, na quarta-feira, sua irm� esteve na escola e a professora do filho a alertou sobre uma mudan�a no comportamento do menino, que estava introspectivo, diferente de suas caracter�sticas.
“Quando ele chegou em casa, me disse que sentia dores. No decorrer da conversa, contou que um menino, do meu tamanho, tomou seu dinheiro do lanche e o levou a um banheiro. No local, sofreu a viol�ncia. A todo momento, ele dizia que a culpa era sua, sem entender que tinha sido v�tima de uma agress�o”, contou a dona de casa.
De acordo com E.L., o filho estuda h� dois anos no Instituto de Educa��o, no turno da tarde. Por�m, at� o dia do ataque, ele participava de um projeto de aula de refor�o na institui��o, em sistema de educa��o integral. “Durante o intervalo das aulas, ele foi comprar biscoito num ambiente dentro da escola, onde contou ter sido abordado por esse adolescente. De acordo com ele, o agressor o levou para o banheiro desativado, com mais um menino e duas meninas. O tarado n�o perturbou as garotas, pois disse que gostava somente de meninos.”
Imediatamente depois do relato, com detalhes, a dona de casa levou o filho a um hospital, onde o m�dico constatou altera��es compat�veis com o relato de viol�ncia sexual. No dia seguinte, ela procurou a vice-diretora do turno da tarde da escola. A educadora, segundo a m�e, ouviu da pr�pria crian�a a vers�o do ataque e ainda foi levada ao local da abordagem e da agress�o. “Ela se convenceu de que ele falava a verdade e se comprometeu a apurar o ocorrido. Quando lhe disse que procuraria a pol�cia, ela respondeu que era um direito meu”, descreveu a m�e.
Per�cia no IML
Na sexta-feira, E. retornou � escola e, depois de falar com a diretora do Instituto de Educa��o, ligou para a Pol�cia Militar. Uma equipe da 3ª Companhia do 1º Batalh�o da PM seguiu para o local. Depois de conversarem com a crian�a, os militares decidiram registrar o boletim de ocorr�ncia. “Os dois policiais ouviram do meu filho o que havia ocorrido e n�o tiveram d�vidas”, destacou. O registro foi entregue � Delegacia Especializada de Prote��o � Crian�a e ao Adolescente, e o delegado plantonista emitiu uma guia para exame de corpo de delito, no Instituto M�dico Legal (IML). O exame foi realizado, mas o laudo com o resultado deve ficar pronto apenas no dia 20. “Quero que investiguem e encontrem quem fez isso com meu filho, para que n�o fa�a com outras crian�as. Se fosse com um dos filhos de professores, j� teriam identificado o agressor. Houve falha da escola ao permitir contato de crian�as com adolescentes, al�m da circula��o de alunos em �reas abandonadas, dentro do pr�dio”, desabafou a m�e.
A Secretaria de Estado de Educa��o (SEE) informou ontem � noite que a Superintend�ncia Regional de Ensino Metropolitana A, que responde pelo Instituto de Educa��o, ainda n�o tomou conhecimento das den�ncias. Por�m, a partir da segunda-feira inspetores da superintend�ncia v�o � escola em busca de informa��es, para que possam cooperar com as investiga��es policiais. Quanto ao banheiro n�o utilizado, a secretaria informa que s�o �reas em obras, para receber em agosto alunos da Escola Estadual Bar�o do Rio Branco, que ter� seu pr�dio reformado. Esses espa�os, segundo informa a pasta, s�o anexos, salas e banheiros, onde n�o � permitida a circula��o dos estudantes.