Mist�rio na morte de um engenheiro e um ge�logo de Minas Gerais, cujos corpos foram encontrados ontem pela manh� numa �rea de floresta amaz�nica na cidade de Pi�n, no Norte do Peru. Os dois prestavam servi�os para a Leme Engenharia, pertencente ao grupo multinacional Tractebel Engineering (GDF Suez) e estavam desaparecidos desde a tarde da segunda-feira, durante trabalhos de levantamentos topogr�ficos numa �rea em que ser� constru�da uma usina hidrel�trica. A empresa e o Itamaraty confirmaram as mortes do engenheiro M�rio Augusto Soares Bittencourt, de 61 anos, e do ge�logo M�rio Gramani Guedes, de 57. Os corpos n�o apresentavam sinais de viol�ncia e mantinham os documentos.

Felipe contou que seu tio e o ge�logo M�rio Guedes estavam acompanhados de um engenheiro e um ge�logo peruanos, realizando levantamentos �s margens de um rio. A equipe tinha dois assistentes e um motorista. “Disseram-me que num determinado momento meu tio parou na trilha para descansar, enquanto os peruanos e o outro brasileiro seguiram. Do ponto em que estavam, ainda mantinham contato visual, at� que meu tio desapareceu em meio ao nada”.
Segundo ele, o ge�logo M�rio Guedes, preocupado, saiu para procur�-lo. Os dois peruanos continuaram as medi��es topogr�ficas. Depois de quase uma hora, com a chegada de um dos ajudantes, perceberam o sumi�o dos dois brasileiros e iniciaram a busca juntamente com nativos. Policiais da cidade vizinha de Bagu� foram ao local quatro horas mais tarde.
Os corpos foram levados para a cidade de Bagu�, a 300 quil�metros para aut�psia. A embaixada brasileira na capital peruana, Lima, foi informada dos desaparecimentos na noite da ter�a-feira. Um representante seguiu para Chiclayo, centro de maior porte na regi�o, onde espera a libera��o para serem enviados de avi�o ao Brasil. Felipe adiantou que a fam�lia de M�rio Bittencourt vai querer que seja realizada nova aut�psia por peritos de Minas.
M�rio Augusto Bittencourt vivia em Belo Horizonte, era casado e tinha um casal de filhos adultos. A mulher dele, a filha, de 21, e o filho, de 18, estavam em viagem de f�rias na fazenda da fam�lia, em Leopoldina, na Zona da Mata, quando foram informados sobre a morte. O ge�logo M�rio Gramani Guedes, paulista, morava com a mulher e dois filhos h� 24 anos em Uberl�ndia, no Tri�ngulo Mineiro, e h� 11 trabalhava na Leme. A filha dele, J�lia Guedes, disse que o ge�logo viajou ao Peru na sexta-feira, para realizar trabalhos de campo.
Por meio da assessoria de imprensa, a Leme Engenharia disse lamentar as mortes e afirmou estar prestando atendimento psicol�gico e material �s fam�lias para trazer os corpos. De acordo com a filha de M�rio Guedes, n�o h� previs�o de data para a chegada do corpo do ge�logo ao Brasil.
PERFIL
A Leme Engenharia � representante no Brasil da Tractebel Engineering, multinacional sediada na B�lgica e com atua��o em 20 pa�ses, conforme o site da transnacional. Na internet, a Leme Engenharia se apresenta como uma das principais empresas de engenharia consultiva da Am�rica Latina, com mais de 45 anos de experi�ncia nos segmentos de energia e infraestrutura. Informa ainda que tem sete escrit�rios no Brasil e bases de atua��o no Chile e no Panam�. Atua nos setores de hidroenergia, sistemas el�tricos, gera��o t�rmica e infraestrutura.