O policial militar Renato Mozer, acusado de envolvimento no assassinato e decapita��o de dois empres�rios no Bairro Sion, Regi�o Centro-Sul de Belo Horizonte, ser� mesmo julgado pelo j�ri popular. Por unanimidade, os desembargadores da 4ª C�mara Criminal do Tribunal de Justi�a de Minas Gerais decidiram nesta quarta-feira manter a senten�a dada ao r�u. A defesa do policial havia apresentado recurso pedindo a desconstitui��o da senten�a de pron�ncia e a revoga��o da pris�o preventiva.
De acordo com o TJMG, os advogados de Renato alegaram que a fase de instru��o do processo, em que s�o produzidas as provas, j� foi conclu�da, viabilizando ao r�u aguardar julgamento em liberdade. O policial j� teve dois habeas corpus negados pela Justi�a e os desembargadores entenderam que os motivos que mant�m a pris�o preventiva dele ainda s�o v�lidos.
Os desembargadores conclu�ram tamb�m, com base nos autos do processo, que Renato participou ativamente do crime juntamento com outros r�us. Ele foi pronunciado pelos crimes de homic�dio qualificado, c�rcere privado, extors�o, destrui��o e oculta��o de cad�ver e forma��o de quadrilha.
O crime
Renato Mozer e outras sete pessoas s�o acusadas pela Justi�a de integrar uma quadrilha, liderada por Frederico Costa Flores, que extorquiu, torturou, matou e decapitou os empres�rios Rayder Santos Rodrigues e Fabiano Ferreira Moura. O crime ocorreu em 9 de abril de 2010. O inqu�rito policial indica que as v�timas foram assassinadas dentro do apartamento de Frederico no Bairro Sion. Em seguida, os corpos foram decapitados e jogados em um terro de Nova Lima, onde foram carbonizados. As cabe�as das v�timas nunca foram encontradas.
Frederico Flores � o �nico dos oito r�us que n�o foi pronunciado pelos crimes. Com base em exames de sanidade mental, ele foi declarado semi-imput�vel, ou seja, que n�o � inteiramente capaz de compreender o car�ter il�cito e a gravidade de seus atos. Ele permanece preso.
O norte-americano Adrian Grigorcea. o policial militar Andr� Bartolomeu e o advogado Arlindo Lobo tamb�m continuam na pris�o. Eles tamb�m respondem pelos mesmos crimes pelos quais Renato foi pronunciado.
A m�dica Gabriela Costa e o pastor Sidney Beijamin tamb�m ir�o a j�ri popular acusados dos crimes de homic�dio qualificado, c�rcere privado, extors�o, destrui��o e oculta��o de cad�ver e forma��o de quadrilha. Eles aguardam julgamento em liberdade, assim como o advogado Luiz Astolfo, �nico dos oito r�us absolvido pelo crime de homic�dios, mas responde pelos demais.