O advogado dos integrantes da torcida organizada Galoucura, acusados de envolvimento na morte do estudante cruzeirense Ot�vio Fernandes, de 19 anos, em dezembro do ano passado, entrou com um pedido no Tribunal de Justi�a de Minas Gerais (TJMG) pedindo a nulidade do processo que decretou a pris�o dos torcedores. Se for aceito, a pris�o preventiva ser� revogada.
No pedido, o advogado Dino Miraglia pede a anula��o do processo pois, segundo ele, n�o foi respeitado o prazo de 48 horas entre a data da publica��o da pauta e a sess�o de julgamento, como previsto no Art. 552 do C�digo de Processo Civil. Al�m disso, a defesa afirma que requereu o adiamento do julgamento, pois n�o estava fora do Brasil na data marcada. No documento, ele cita que “a inobserv�ncia do prazo de 48 horas, entre a publica��o de pauta e o julgamento sem a presen�a das partes, acarreta nulidade”.
Os integrantes da torcida organizada foram denunciados pelo Minist�rio P�blico de Minas Gerais por forma��o de quadrilha, tentativa de homic�dio qualificado e homic�dio qualificado. A Justi�a decretou a pris�o preventiva do presidente da Galoucura, Roberto Augusto Pereira, o Boc�o, do vice-presidente, Willian Tomaz Palumbo, o Ferrugem, al�m dos diretores Marcos Vin�cius Oliveira de Melo, o Vinicin, Josimar J�nior de Souza Barros, o Avatar, e Mateus Felipe Magalh�es, o Tildan, e de mais sete torcedores. Os cinco primeiros chegaram a cumprir pris�o preventiva por 30 dias, mas foram libertados em 12 de janeiro.
A Pol�cia Civil j� checou os 11 endere�os de integrantes da Galoucura com mandados de pris�o expedidos pela Justi�a, na ter�a-feira passada. De acordo com a Delegada Elenice Ferreira, titular da Delegacia de Homic�dios Centro-Sul, 11 dos 12 acusados continuam foragidos. Na sexta-feira, um deles foi encontrado j� cumprindo pena por outro crime no pres�dio de S�o Joaquim de Bicas, na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte. Carlos Eduardo Vieira dos Santos, de 21 anos, j� se estava detido desde julho deste ano.