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Estado de Minas PCC Mineiro

Delegada diz que Pez�o dedica seus conhecimentos ao crime

Delegada que ouviu Pez�o, chefe de Qu�n-Qu�n, ressalta a esperteza e periculosidade do criminoso, que tem hist�rico de crimes com 13 p�ginas e come�ou crimes na cidade do Vale do Mucuri


12/10/2011 11:05 - atualizado 12/10/2011 12:45

(foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press)


O hist�rico de crimes de �ngelo Gon�alves de Miranda Filho, de 29 anos, o Pez�o (foto), apontado como um dos l�deres do tr�fico de drogas em Minas, somam treze p�ginas. Entre eles, assassinatos, tentativas de homic�dios, porte e tr�fico de entorpecente e extors�o. H� ainda lavagem de dinheiro, assalto, porte de arma e forma��o de quadrilha. Preso na sexta-feira em Santos (SP), o criminoso, considerado um dos mais perigosos de Minas, esteve ontem no Departamento de Homic�dios e Prote��o � Pessoa (DHPP), na Lagoinha, Regi�o Nordeste de Belo Horizonte. Ele foi prestar esclarecimento por ser o poss�vel mandante das mortes e tentativas de execu��es atribu�dos ao seu bra�o direito, Bruno Rodrigues de Souza, de 23, o Qu�n-Qu�n, tamb�m capturado na semana passada no litoral paulista.

De boa articula��o e muito inteligente, Pez�o, que tamb�m � conhecido como Anjinho, pensava muito antes de responder ao interrogat�rio conduzido pela delegada Alessandra Wilke, titular da Delegacia de Homic�dios Noroeste. Ela � a respons�vel pelas investiga��es de oito dos dez assassinatos que recaem sobre Bruno de Souza, al�m do latroc�nio do agente penitenci�rio e as tentativas de homic�dio contra os sete agentes da Pol�cia Civil. “Primeiro tive uma conversa informal com o �ngelo. Conversamos sobre quest�es pessoais, da vida dele em Te�filo Otoni, a amizade iniciada na inf�ncia com o Qu�n-Qu�n, at� chegar nas acusa��es de tr�fico de drogas e assassinatos”, afirmou a delegada.

As fichas com as pris�es Pez�o revelam que os primeiros contatos dele com o tr�fico de drogas aconteceram ainda em Te�filo Otoni (Vale do Mucuri), sua cidade natal, antes de completar 18 anos. Alessandra Wilke informou que na �ltima d�cada a cidade se transformou em um reduto para bandidos da organiza��o criminosa de S�o Paulo, Primeiro Comando da Capital (PCC). “Ardiloso e astuto, Pez�o passou a se impor a partir desse contato com os criminosos paulistas. Ele conquistou respeito e conseguiu se colocar como l�der”, disse Alessandra Wilke. De 2003 a 2008, passou em sete unidades prisionais de Minas, at� fugir para S�o Paulo. Tem duas condena��es, uma por tr�fico de drogas e outra por extors�o.

Desde a fuga, em 2008, da Penitenci�ria Professor Jason Soares Albergaria, em S�o Joaquim de Bicas, na Grande BH, Pez�o assumiu uma nova identidade. Desde ent�o passou a se dividir entre Minas e S�o Paulo para evitar de ser encontrado pela pol�cia.

Transfer�ncia

Pez�o tamb�m teve que explicar sobre a confus�o provocada um dia depois de sua chegada ao Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp) S�o Crist�v�o. Ele teria se envolvido no s�bado em uma briga com os agentes penitenci�rios e chegou a ser atingido com um tiro de borracha. H� suspeita de que a a��o, simulando uma tentativa de fuga, tenha sido previamente planejada, para provocar a transfer�ncia dele para a Penitenci�ria de Seguran�a M�xima Nelson Hungria, em Contagem, na Grande BH. No pres�dio estariam parte de membros de sua quadrilha.

Na ter�a-feira, a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), confirmou a mobiliza��o para a transfer�ncia do criminoso. Embora n�o tenha sido revelado o destino para Pez�o, fontes disseram sobre a possibilidade dele ser levado para a Penitenci�ria de Seguran�a M�xima em Salinas, no Norte do estado.

De "avi�o" a chefe

�ngelo Gon�alves de Miranda Filho, de 29 anos, o Pez�o, ainda aos 16 anos, come�ou a atuar como um avi�ozinho (respons�vel por repassar drogas) no Morro do Eucalipto, ponto de venda de drogas em Te�filo Otoni, no Vale do Mucuri. Mas logo "progrediu" na vida do crime. Passou a liderar uma quadrilha respons�vel pela distribui��o de entorpecentes na regi�o. Tamb�m conheceu outros criminosos na regi�o de Praia Grande e Santos, em S�o Paulo, onde foi preso na semana passada.

Conforme informa��es da Pol�cia Civil de Te�filo Otoni, por volta de 2004, Pez�o, apontado como l�der do Primeiro Comando da Capital (PCC) em Minas, ap�s tentativa de homic�dio contra um policial militar na cidade, fugiu para Praia Grande. L�, trabalhou para a quadrilha de Sanderley Fernandes, que comandava o tr�fico de drogas e tamb�m seria dono de concession�rias de ve�culos na Baixada Santista, que estariam em nome de laranjas. Sanderley foi preso em 2008 e est� na Penitenci�ria de Seguran�a M�xima de Francisco S� (Norte de Minas).

Pez�o foi preso em Praia Grande, em 2005, pela Pol�cia Civil de Te�filo Otoni e levado para a cadeia da cidade. Por�m, pouco tempo depois, teve autoriza��o para deixar provisoriamente a pris�o e fugiu. Em 2006, come�ou a liderar uma quadrilha que comandava o tr�fico de drogas em Contagem. Depois, passou a chefiar a venda de entorpecentes no bairro Calif�rnia (Regi�o Noroeste da capital) e em Ibirit� (na regi�o metropolitana).

Sempre manteve as ramifica��es com Te�filo Otoni, onde, mesmo a dist�ncia, exerceu dom�nio de um grupo criminoso. Depois de escapar de opera��es da Pol�cia Civil de Te�filo Otoni, ele fugiu novamente para a Baixada Santista. Para dificultar o trabalho da pol�cia, mudava constantemente de endere�o.

No �ltimo dia 4, foi preso em um apartamento de luxo de frente para a praia, em Santos. A Pol�cia Civil ir� fazer um levantamento de poss�veis patrim�nios adquiridos com dinheiro il�cito. �rg�os de seguran�a de S�o Paulo tamb�m investigam Pez�o.

"O Pez�o sempre foi um elemento frio, calculista e muito temido at� mesmo pelos outros bandidos. Ele � muito articulado e exerce um forte poder de lideran�a no mundo do crime", conta um policial civil de Teofilo Otoni. (Luiz Ribeiro)


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