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Estado de Minas

Redes sociais s�o usadas para combater a dengue em BH

Minist�rio da Sa�de adota tecnologia criada pela UFMG para rastrear em redes sociais o fluxo de coment�rios sobre a doen�a e identificar as cidades com maior risco de surto do v�rus


postado em 04/12/2011 07:57 / atualizado em 04/12/2011 08:26

 

Os professores Mauro Martins Teixiera e Wagner Meira Júnior, do Observatório da Dengue, coletam dados em tempo real(foto: TÚLIO SANTOS/EM/D.A PRESS)
Os professores Mauro Martins Teixiera e Wagner Meira J�nior, do Observat�rio da Dengue, coletam dados em tempo real (foto: T�LIO SANTOS/EM/D.A PRESS)

 

No combate � dengue, at� as redes sociais funcionam como armadilha contra o v�rus disseminado pelo Aedes aegypti. Uma equipe da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) desenvolveu uma ferramenta capaz de detectar, no Twitter e no Facebook, coment�rios com relatos sobre a doen�a. Ao acompanhar as mensagens na internet, a tecnologia, batizada de Observat�rio da Dengue, consegue identificar cidades onde h� um poss�vel surto. A partir de amanh�, o sistema, j� em uso pela Secretaria de Estado de Sa�de, ser� adotado em todo o pa�s, tornando-se mais um instrumento do Minist�rio da Sa�de contra a dengue.

O ministro da Sa�de, Alexandre Padilha, anunciar� a medida durante o lan�amento da campanha de combate � doen�a e a apresenta��o dos resultados do Levantamento de �ndice R�pido de Infesta��o por Aedes aegypti (Liraa 2011). Apesar de a tecnologia monitorar o Brasil inteiro, a orienta��o do minist�rio � de que o Observat�rio da Dengue tenha como foco o acompanhamento de mensagens em 285 munic�pios brasileiros com mais de 100 mil habitantes.

O sistema foi desenvolvido por duas unidades do Instituto Nacional de Ci�ncia e Tecnologia (INWeb e INCT em Dengue), ambas situadas na UFMG. O Minist�rio da Sa�de vai usar o Observat�rio da Dengue como um alarme. “Quando o volume de men��es sobre a doen�a estiver acima do normal, a cidade vai aparecer em vermelho no mapa e o governo pode enviar for�a-tarefa, intensificar a campanha no munic�pio, acionar estados e prefeituras. Esse acompanhamento � feito 24 horas por dia, sete dias por semana ”, explica o professor do Departamento de Ci�ncia e Computa��o, Wagner Meira J�nior.
 
Tempo real

Al�m de filtrar os posts que mencionam a doen�a nas redes sociais, o programa consegue detalhar a hora e local em que a informa��o foi gerada, a quantidade de mensagens, al�m do conte�do. Nessa an�lise, de acordo com Wagner, s�o exclu�dos do levantamento coment�rios relacionados a campanhas e piadas. “Consideramos apenas experi�ncias pessoais e, a partir do volume e do local, inferimos onde pode estar ocorrendo um surto da doen�a”, conta o professor. Em funcionamento desde o in�cio do ano, o Observat�rio da Dengue j� analisou mais de 1 milh�o de mensagens e conseguiu mostrar surtos em Manaus, em janeiro, e no Rio de Janeiro, em mar�o.

“Exploramos a ideia de que as redes sociais s�o o reflexo do que ocorre na sociedade”, diz Wagner. “O sistema de notifica��es usado no Brasil � um dos melhores do mundo, mas mostra contamina��es que j� aconteceram h� oito semanas. A an�lise pelos rumores na internet ajuda a identificar a doen�a em tempo real”, completa o professor do Departamento de Bioqu�mica e Imunologia Mauro Martins Teixeira, lembrando que a dengue � a principal epidemia do pa�s. As an�lises de dados j� mostraram que o intervalo entre o surto e a publica��o das mensagens costuma variar de um a dois dias.

(foto: Jair Amaral/EM/D.A PRESS)
(foto: Jair Amaral/EM/D.A PRESS)
O sistema desenvolvido por pesquisadores da UFMG faz uma varredura nas redes sociais de palavras relacionadas � dengue. Nessa busca, s�o pescados termos como dor, manchas, febre, mosquito, Aedes aegypti, entre outros. At� a noite de sexta-feira, “combate” foi a palavra mais escrita na web, seguido de mosquito, Aedes e febre. Na ocorr�ncia de termos em uma mesma mensagem, “dor de cabe�a” e “febre” � a principal associa��o. “O interessante � que as pessoas falam frequentemente sobre os sintomas e as campanhas, mas n�o ligam uma informa��o com a outra. A preven��o e os sintomas ainda est�o dissociados”, analisa Wagner.

Minas j� adotou o sistema

Em Minas Gerais, o Observat�rio da Dengue foi adotado h� dois meses como parte da pol�tica de combate � dengue da Secretaria de Estado de Sa�de (SES). A ferramenta ir� acompanhar a ocorr�ncia da doen�a nos 865 munic�pios do estado. De acordo com o coordenador estadual do programa de combate � dengue, Rodrigo Queiroga, a inten��o da secretaria, que ainda n�o formalizou contrato com a UFMG, � agregar novas ferramentas para observar a dissemina��o da doen�a.

Atualmente, o controle ocorre por meio das notifica��es feitas pelos profissionais de sa�de e pelo Levantamento de �ndice R�pido de Infesta��o por Aedes aegypti (Liraa 2011), capaz de identificar pontos com a maior ocorr�ncia de focos do mosquito da dengue. “A observa��o pela internet n�o � uma garantia, mas pode ser um ind�cio sobre onde h� surtos e pode levar o estado a agir antecipadamente”, afirma.

Queiroga afirma que durante os dois meses de acompanhamento pelo Observat�rio da Dengue n�o foi identificada ainda situa��o anormal em nenhum dos munic�pios mineiros. Entretanto, com o aumento das chuvas, ambiente prop�cio para a prolifera��o do mosquito, a tend�ncia � de que o n�mero de casos da doenca aumente. Assim que o sistema identificar �reas em alerta, a Secretaria de Estado da Sa�de iniciar� um trabalho direcionado no munic�pio.

Sem dar detalhes, a SES, assim como o Minist�rio da Sa�de, tamb�m prepara campanha de combate � doen�a, que deve ser lan�ada em breve.

Dengue em n�meros

60.357
� o n�mero de casos de dengue notificados em Minas este ano


1.529
casos de dengue foram confirmados em BH at� o momento


20
pessoas morreram por dengue este ano em Minas

44
casos de dengue com febre hemorr�gica foram confirmados em Minas at� o momento


 


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