
Dezessete anos depois de se mudar para o endere�o da Rua Asc�nio Burlamarque, no Bairro Mangabeiras, Regi�o Centro-Sul de Belo Horizonte, a Escola Guignard finalmente toma posse do terreno que ocupa. Foi publicada nessa sexta-feira no Di�rio Oficial do Munic�pio (DOM) a Lei 10.331, transferindo oficialmente o espa�o at� ent�o de propriedade da prefeitura da capital para a Universidade do Estado de Minas Gerais (Uemg). A comunidade acad�mica comemorou a decis�o e, agora, j� faz planos para a revitaliza��o do pr�dio, do arquiteto Gustavo Penna. Um projeto de avalia��o da situa��o do edif�cio j� est� em andamento, mas ainda sem prazo de conclus�o.
Segundo Moraes, o pr�dio, inaugurado em 1994, precisa de manuten��o. “At� porque a arquitetura dele foi pensada para testar novas tecnologias. Por isso, temos de fazer tudo com muito cuidado e aten��o para n�o descaracterizar o modelo original”, disse. O reitor informou ainda que as mudan�as ser�o definidas de acordo com os resultados do levantamento da situa��o do pr�dio.
Improviso
A escola � mais uma das obras de Juscelino Kubitschek, quando prefeito de Belo Horizonte. Em 1944, ele trouxe um dos maiores pintores e desenhistas do s�culo 20, Alberto da Veiga Guignard (1896/1962), que estudou na Europa na d�cada de 1930, para dirigir a Escola de Belas-Artes, aplicando um conceito modernista. Apesar das dificuldades para implanta��o, o liberalismo did�tico do artista proporcionou � sociedade belo-horizontina um salto cultural hist�rico, possibilitando grande evolu��o nas concep��es est�ticas. Os cursos de arte administrados pela escola significavam um movimento cultural e uma nova concep��o art�stica dentro dos padr�es est�ticos daquela �poca.
A posse do terreno tem outro significado para alunos professores e funcion�rios da Guinard: a garantia de um local fixo. Durante anos, a sede de uma das institui��es mais importantes de educa��o em Minas passou por v�rios pontos da cidade, por falta de recursos. J� esteve no Parque Municipal, onde funcionou o Col�gio Imaco, e at� mesmo, de forma bem improvisada, nos por�es do Pal�cio das Artes, na �poca ainda em constru��o. “A escola foi errante durante muitos anos, tendo funcionado com empr�stimos de pr�dios. Pela primeira vez, teremos uma sede pr�pria, o que d� tranquilidade para desenvolvermos nossas atividades”, comemorou.