
As partes mais atingidas pelas inunda��es na cidade foram o Centro e Bairro Fluminense, onde passa o Ribeir�o das Lages, tamb�m chamado de Camar�o, que transbordou. A marca das �guas em algumas casas chegou a 1,5 metro de altura e houve perda total de m�veis e eletrodom�sticos em algumas resid�ncias. Durante todo o dia de ontem boa parte das casas de Florestal estava sem �gua e energia el�trica.
Unidades do Corpo de Bombeiros de Divin�polis, Contagem e Belo Horizonte enviaram equipes de socorro, que usaram barcos e lanchas, al�m de mergulhadores e um helic�ptero. O tenente-coronel Luiz Matos, do 10º Batalh�o de Bombeiros Militar, comandou as opera��es de salvamento e resgate de pessoas ilhadas. Ele confirmou que n�o houve v�timas. Como h� previs�o de mais chuvas na regi�o, militares continuam de plant�o na cidade.
O prefeito de Florestal, Derci Alves Ribeiro Filho (PMDB), decretou estado de emerg�ncia em fun��o dos estragos. Ele disse que 10 fam�lias foram encaminhadas para um abrigo municipal. O padre Rafael, da Igreja de S�o Sebasti�o, colocou o sal�o da par�quia � disposi��o dos desabrigados. O prefeito informou tamb�m que quatro pontes de madeira e uma de concreto desabaram. A rodovia MG-818, que liga a cidade ao munic�pio vizinho de Par� de Minas, foi interditada, j� que corre o risco de cair em fun��o dos abalos provocados pelo Ribeir�o das Lages.
PREJU�ZOS Boa parte da Central de Desenvolvimento Agr�rio de Florestal (Cedaf), ligada � Universidade Federal de Vi�osa), onde estudam 3 mil alunos, foi inundada, mas sem preju�zos materiais, j� que as �guas atingiram partes externas do c�mpus. A dona de casa Ivone Dias de Almeida n�o teve a mesma sorte. Sua casa na Rua Chico Alves, onde moram seis pessoas, perto do ribeir�o, foi alagada e a perda foi quase total. “Acordei �s 2h45 e a �gua j� estava alta dentro do meu quarto. Chamei as outras pessoas e s� deu tempo de sair”, disse, enquanto recolhia objetos.
A aposentada Aparecida Ferreira Goncalves afirmou que tem casa na Rua Jovelino de Faria h� 33 anos e nunca viu uma chuva igual. “Moro em Belo Horizonte e venho para c� nos fins de semana. Hoje cheguei e me deparei com tudo destru�do. At� o campinho de futebol no quintal ficou debaixo d’�gua. Vou voltar para BH e depois ver que provid�ncias vamos tomar”, contou. J� a fazendeira Cleuza Urbano Resende, 51 anos, se mostrava revoltada. Ele contou que mora numa propriedade rural e quando ficou sabendo da inunda��o foi para a cidade ajudar os amigos. “Cortei minha canela em um peda�o de ferro e fui ao posto de sa�de para tomar uma inje��o antitet�nica, mas l� me informaram que s�bado n�o � dia de vacina��o. Agora vou para Belo Horizonte para me tratar”, disse, mostrando uma faixa que cobria o ferimento na perna.
Os frangos mortos na granja foram recolhidos no come�o da noite de ontem e levados para um aterro. Os que sobreviveram foram remanejados para um local seco, de acordo com Jo�o Lucas Ramiro, de 24 anos, t�cnico agropecu�rio da Granja Bras�lia, que tem sede em Par� de Minas e � associada ao empreendimento de Florestal. Amaury Soares de Paula, de 60, que j� foi propriet�rio da granja atingida e hoje aluga o espa�o, declarou que h� anos vem pedindo � prefeitura para construir barragens secas na zona rural, de modo que a �gua da chuva seja escoada em dias de tempestades. “Aqui � uma regi�o que chove muito e � muito montanhosa. Essas barragens secas s�o essenciais para evitar trag�dias”, avaliou.
JUATUBA Ontem foi dia de limpeza em Juatuba, na Grande BH. Equipes da prefeitura e da Defesa Civil percorreram �reas alagadas por temporal na sexta-feira para ter a dimens�o dos estragos. Um c�rrego e um rio ficaram acima do n�vel e inundaram v�riasmoradias, causando preju�zos.