Dezenas de fam�lias foram retiradas de suas casas nesta segunda-feira devido ao risco de alagamento na Col�nia Santa Isabel, em Betim, Grande BH. Algumas ruas foram alagadas e o n�vel da �gua pode subir ainda mais, dada a proximidade com o Rio Paraopeba e o c�rrego Bandeirinhas, que passam pela regi�o. Cerca de 50 fam�lias receberam a not�cia de que deveriam deixar suas casas, transformando o dia em uma corrida contra o tempo para salvar pertences pessoais dos moradores. As ruas Padre Dami�o, Pedreira, S�o Geraldo, Silva Lima, Ab�lio de Castro e Ana Neri receberam o alerta.
Na Ab�lio de Castro, o n�vel do c�rrego que des�gua no Paraopeba aumentou tanto que chegou a tomar conta de 1,5 m de uma casa pr�xima. Durante todo o dia o dono da resid�ncia trabalhou com vizinhos e amigos para retirar os pertences da fam�lia. “A Defesa Civil passou aqui cedo avisando que a �gua iria subir 70 cm por hora. Ent�o come�amos a tirar as coisas de dentro de casa, porque mesmo ela sendo de dois andares, o n�vel de �gua j� est� muito alto”, comenta Paulo Henrique Macedo, de 50 anos. “Atrav�s de amigos estamos conseguindo salvar algumas coisas. Estamos indo para a casa de um amigo na parte alta do bairro. Fico decepcionado porque na �ltima enchente falaram para a gente que a prefeitura ia fazer um alargamento no c�rrego para n�o ter mais esse problema, isso em 2008”, conta.
Os moradores da rua S�o Geraldo tamb�m vivem uma situa��o preocupante. Em enchentes passadas, alguns deles ainda se lembram de terem visto a �gua atingir o telhado das casas. Paula Roberta, de 34 anos, � uma delas. Desta vez, ela e a fam�lia est�o sendo obrigados mais uma vez a recolher seus pertences e se alojarem em outro lugar j� que a �gua do c�rrego Bandeirinhas est� h� alguns metros de sua porta. “J� aconteceu v�rias vezes e sempre temos que passar por isso. Ningu�m quer comprar aqui por causa da enchente, ent�o a gente tem que ficar aqui. Quando alaga a gente sai e quando seca a gente volta”, relata.
“� muito triste. Estraga os m�veis, a casa j� foi reformada quatro vezes, porque toda vez que a �gua entra cai uma parede. A gente vai ficando porque n�o tem condi��o de comprar em outro lugar”, comenta. Cada um dos membros da casa dela ir� se hospedar temporariamente na casa de amigos diferentes enquanto a chuva n�o cessa. J� os m�veis da fam�lia ficar�o alojados em um galp�o de um dep�sito de constru��o que permitiu que moradores guardem seus pertences.
A rua Padre Dami�o, uma das primeiras a ser passar entrando na Col�nia, foi uma das �ltimas a passar pelo processo de desalojamento de moradores. A �gua do c�rrego paralelo a ela come�ou a subir de madrugada, segundo relatos dos residentes, contudo foi somente no in�cio da tarde que ela invadiu os terreiros e portas de tr�s das casas. “A Defesa Civil ficar em alerta e tirar as coisas. � horr�vel e a gente perde muita coisa. Minha tia morava aqui e perdeu tudo. Gra�as a Deus � s� o material que a gente perde. Mas � p�ssimo come�ar o ano assim”, Valnei Vieira de Souza, de 38 anos.
Nas ruas Silva Lima e Ana Neri a �gua n�o chegou a atingir as casas. No entanto, os moradores tamb�m foram orientados pela Defesa Civil a deixar suas resid�ncias, j� que o risco de inunda��o ainda existe. De acordo com volunt�rios, oito caminh�es - da Defesa Civil e alugados - trabalharam no desalojamento dos moradores. Eles ainda tiveram a ajuda de vizinhos e volunt�rios de diferentes partes do Bairro, que passaram o dia carregando m�veis. Agentes da Defesa Civil e viaturas do Corpo de Bombeiros tamb�m auxiliaram no processo.
De acordo com a prefeitura, um abrigo foi montado para fam�lias desabrigadas que n�o t�m op��o de moradia tempor�ria, na Escola Municipal Frei Rogato.
V�rzea
Pr�ximo � Lagoa V�rzea das Flores moradores tamb�m est�o sendo amea�ados pela constante chuva. No Bairro Itacolomi, algumas fam�lias tiveram o acesso a suas casas impossibilitado pela �gua que escapa da lagoa. O rua Nossa Senhora de F�tima, que passou boa parte das �ltimas semana embaixo d’�gua, voltou a ser alvo de enchentes em v�rias ruas.