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Estado de Minas

Temporada de f�rias deixa alerta para acidentes dom�sticos. Veja como prevenir

Ver�o e f�rias, conjuntura na qual cresce o n�mero de acidentes: pessoas viajam mais de carro, crian�as t�m mais tempo livre para brincar e aumentam os casos de afogamento


postado em 03/01/2012 07:39

A combina��o de ver�o e f�rias traz uma preocupa��o a mais para os profissionais que lidam com atendimento de urg�ncia. Segundo especialistas, trata-se da conjuntura perfeita para o aumento do n�mero de acidentes, afinal � quando as pessoas passeiam mais de carro, as crian�as ficam com mais tempo livre para brincar e cresce a busca por lazer em locais de veraneio.

O aumento do n�mero de afogamentos, que salta de um para tr�s nesta �poca do ano, � um dos ind�cios dos perigos que rondam piscinas, cachoeiras e lagoas, em Minas. Segundo Thiago Pereira Miranda, capit�o do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, seria mais f�cil evitar acidentes se as pessoas tivessem no��es de primeiros socorros e, principalmente, consci�ncia da necessidade de adotar comportamento preventivo.

A tese � endossada pelo m�dico Drauzio Varella, autor do livro Guia pr�tico de primeiros socorros (Editora Claro Enigma). Ele explica que as medidas que se tomam no momento de um acidente s�o fundamentais para a sa�de e a vida das pessoas que se machucam. O cuidado consigo mesmo, com as crian�as e com os idosos para evitar que acidentes ocorram deve ser nossa maior preocupa��o. No entanto, como os acidentes sempre podem sempre acontecer, � necess�rio enfatizar os princ�pios b�sicos que o leigo deve conhecer para cuidar da pessoa que se feriu, queimou ou sofreu uma queda, n�o s� no sentido de prestar um primeiro atendimento adequado �quele caso, mas para evitar que uma conduta mal orientada agrave a situa��o.

Para Thiago Pereira, grande parte dos equ�vocos que se cometem (ou at� da falta de a��o das pessoas que assistem um acidente acontecer) poderia ser evitada se as no��es de preven��o e de primeiros socorros fossem ensinadas nas escolas, desde cedo. O dom�nio de informa��es, al�m de proporcionar mais tranquilidade para a pessoa, permite que ela colete dados do acidente que s�o fundamentais para que os profissionais especializados prestem um bom atendimento � v�tima.
“A pessoa n�o precisa saber todos os procedimentos, mas seria importante saber olhar dados como respira��o, medir os batimentos card�acos pelo pulso ou pela art�ria do pesco�o, observar sinais da pele como calor e cor, passar o hist�rico m�dico da v�tima, como cirurgias j� feitas, hist�ria de doen�a cr�nica e uso de medicamentos. O ideal � que recebessem nas escolas no��es de preven��o e de como agir em caso de acidentes”, ressalta.

Com divers�o e perigos convivendo intimamente, o capit�o dos Bombeiros chama a aten��o para o risco de afogamentos, picadas de animais pe�onhentos, acidentes com fogo (no fog�o ou na churrasqueira), quedas de lajes e muros e insola��o.
No caso das quedas, o problema n�o ocorre somente com adultos que sobem nas lajes e, distra�dos com os afazeres ou com a festa, perdem a no��o de espa�o e caem. Muitas vezes, crian�as usam esse espa�o para empinar pipa, por exemplo, e despencam. Em geral, essas quedas s�o grav�ssimas, pois provocam traumas cranianos.

Acidentes com fogo tamb�m aumentam consideravelmente nesta �poca do ano, j� que, de f�rias, as pessoas usam mais o fog�o e fazem mais eventos ao lado da churrasqueira. Contudo, quando se fala em queimaduras, n�o se pode esquecer de um h�bito que as pessoas insistem em manter. Em geral, elas ocorrem nos dias ensolarados do ver�o. “As pessoas t�m o h�bito de se esticar ao sol, durante horas. Se estiver ventando um pouco, ent�o, n�o sentem calor e aumentam o tempo de exposi��o. � tarde, j� em casa, muito vermelhas, mal conseguem mexer o bra�o. Praticamente sem sudorese, manifestam um aquecimento generalizado e intenso no corpo, n�o se dando conta de que sofreram uma queimadura de primeiro grau numa superf�cie corp�rea muito grande, que pode exigir at� interna��o hospitalar”, observa a pediatra Eliane de Souza, coordenadora da Cl�nica Pedi�trica do Hospital de Pronto-Socorro Jo�o XXIII, o maior em atendimento de emerg�ncia de Minas Gerais.

Segundo ela, nesses casos, prevenir � o melhor rem�dio. O melhor sol da manh� brilha, no m�ximo, at� as 10 horas. Quem n�o frequenta praias e piscinas habitualmente deve tomar cuidado, usar chap�us e blusas para proteger a pele e n�o se esquecer de passar protetor solar.

SAIBA COMO AGIR

AFOGAMENTO

O afogamento � caracterizado pela presen�a de uma quantidade de �gua nos pulm�es capaz de impedir que eles funcionem normalmente. Ocorre em lagos, represas, piscinas e no mar, mas tamb�m dentro de casa, como � o caso de beb�s na banheira. As pessoas que se afogam normalmente n�o sabem nadar e de desesperam quando t�m a sensa��o de que n�o conseguem respirar. A maioria dos afogamentos acontece em �gua doce. Apenas 10% acontecem no mar. Resgatar quem est� se afogando, especialmente no mar, � um trabalho para profissionais. Os bombeiros salva-vidas s�o os especialistas para essas eventualidades. Se n�o houver salva-vidas por perto, voc� deve tomar as seguintes provid�ncias: chame ajuda de outras pessoas. Jogue uma boia, um remo ou qualquer objeto em que a pessoa possa se segurar para n�o afundar. Se estiver numa embarca��o pequena, n�o tente puxar a pessoa para dentro do barco, porque ele poder� virar.
Preven��o

Nunca entre na �gua se estiver sozinho. Nunca entre na �gua � noite. Crian�as pequenas e todos os que est�o aprendendo a nadar devem usar boias. N�o entre num barco sem coletes salva-vidas. N�o brinque perto de piscinas, mesmo se estiverem cobertas com pl�sticos de prote��o. Jamais mergulhe, nem de cabe�a nem de costas, em lugares que voc� n�o conhece bem.

INSOLA��O

� um estado que se caracteriza pelo aumento da temperatura do corpo acima de 40,5 graus, associando altera��es neurol�gicas. Ela acontece quando o corpo � exposto a temperaturas ambientes muito elevadas, sem haver dissipa��o de calor. Sua causa mais frequente � a pr�tica excessiva de exerc�cios em dias muito quentes. Os sintomas cl�ssicos s�o pele avermelhada, aumento da frequ�ncia respirat�ria e altera��o da consci�ncia. Nos casos mais graves, pode haver sangramento, convuls�es e falta de ar. O tratamento consiste, basicamente, em resfriar o corpo. Utilize ventiladores e aplique compressas de �gua (n�o gelada) no corpo despido, at� que a pessoa seja transportada para o hospital, com urg�ncia.

Preven��o

O filtro solar deve ser aplicado no corpo cerca de 20 minutos antes da exposi��o ao sol e deve ser renovado a cada uma hora. Reflexo do sol na areia e na �gua tamb�m causa queimadura, portanto � preciso estar sempre protegido. A hidrata��o � fundamental; nos dias quentes, deve ser mais caprichada.

PICADAS DE ANIMAIS PE�ONHENTOS

H� animais que, ao picar, injetam veneno em nossa corrente sangu�nea. � o caso de algumas cobras, aranhas, escorpi�es e lagartas.Adote as seguintes provid�ncias: mantenha a pessoa deitada, im�vel, e coloque o membro atingido em posi��o elevada. O repouso e a gravidade ajudam a diminuir a circula��o do sangue no local e reduzem a absor��o do veneno. Tire an�is, pulseiras e outros acess�rios que dificultem a circula��o do sangue, especialmente se estiverem pr�ximo do local ferido. Se houver dor no local, aplique gelo ou compressas com �gua fria. Enquanto n�o chega ao pronto-socorro, administre dipirona ou paracetamol para aliviar as dores. Leve a pessoa com todo cuidado, para que ela se movimente o menos poss�vel. Se puder, leve tamb�m o animal que atacou, pois existem diversos tipos de soro para picadas de cobra e somente uma pessoa treinada � capaz de escolher o mais indicado para cada caso. Em hip�tese alguma amarre ou fa�a garrotes no bra�o ou na perna acidentada. Al�m de n�o impedir que o veneno seja absorvido, o garroteamento dificulta a circula��o do sangue e pode causar necrose e gangrena. N�o fa�a cortes ao redor da ferida nem tente chupar o local – na picada, o veneno j� cai diretamente na corrente sangu�nea. N�o aplique nenhum tipo de subst�ncia no local. Colocar pomadas, folhas, terra ou p� de caf� apenas aumentar� as chances de infec��o. N�o deixe ningu�m dar para o acidentado bebida alco�lica nem anti-inflamat�rios, que podem prejudicar o funcionamento dos rins.

Preven��o

Mantenha o quintal e o jardim limpos, sem ac�mulo de lixo e objetos que sirvam de esconderijo. Use botas de cano longo, mangas compridas e at� luvas quando manipular objetos que possam abrigar aranhas ou escorpi�es.


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