
As ocorr�ncias de saidinha de banco ca�ram 6,9% em Belo Horizonte nos quatro primeiros meses de 2012 em rela��o ao mesmo per�odo do ano passado. A Pol�cia Militar comemora o resultado, mas especialistas em seguran�a p�blica consideram a redu��o inexpressiva e os n�meros muito altos ainda. De janeiro a abril, mais de R$ 1,5 milh�o foi levado por criminosos em 325 assaltos a clientes de ag�ncias banc�rias. A tend�ncia de migra��o do crime para as regi�es de periferia, j� registrada nos �ltimos levantamentos da pol�cia, foi mantida. Enquanto os �ndices caem nas �reas centrais, nas regi�es Noroeste e de Venda Nova os ataques aumentaram.
De acordo com o coronel Rog�rio Andrade, comandante do Policiamento da Capital (CPC), a redu��o de 24 casos este ano em rela��o a 2011 � um indicador de aumento da seguran�a da popula��o. Ele afirma que a PM faz opera��es como a Saque Seguro, lan�ada em fevereiro. Ele, no entanto, critica o descumprimento da Lei Municipal 10.200, de 7 de junho de 2011, que determina �s institui��es financeiras que instalem biombos para impedir o contato visual entre caixas e clientes. “Em janeiro, registramos 96 roubos, mas os n�meros v�m diminuindo. Em fevereiro foram 69, em mar�o 88 e em abril fechamos em 72 ocorr�ncias. Isso � resultado de mais policiamento no entorno das ag�ncias e batidas feitas em motociclistas nas ruas”, afirmou.
A Secretaria Municipal Adjunta de Fiscaliza��o da Prefeitura de BH (Smafis) informou, por meio de nota, que fez levantamento das irregularidades e que a fiscaliza��o nas ag�ncias come�a hoje, com aplica��o de multas que podem chegar a R$ 50 mil.
O percentual de queda est� estagnado desde 2010, que registrou o mesmo �ndice do ano anterior. Para o professor Lu�s Fl�vio Sapori, do Centro de Pesquisas em Seguran�a P�blica da PUC Minas, os dados representam uma estabilidade em altos patamares e aponta que a solu��o est� na integra��o das pol�cias. “� preciso melhorar o trabalho da pol�cia investigativa para localizar e prender as quadrilhas especializadas nesse tipo de crime. S� com o patrulhamento da PM, n�o vai resolver. A redu��o de 6,9% este ano comparado a 2011 � inexpressiva”, avalia.

Em Venda Nova, o acr�scimo foi de 21,4%, passando de 14 para 17 crimes. Em ambos as regi�es, segundo a pol�cia, os bancos sem biombo contribu�ram para as ocorr�ncias. J� a regi�o da cidade que mais apresentou queda no comparativo foi a Oeste: de 23 casos para 11, menos 52,2%.
Quanto � avalia��o sobre as vias onde a incid�ncia de saidinhas de banco � mais comum, a Avenida do Contorno � a campe�, representando 12 roubos do total. A Prudente de Morais e a Pedro II v�m em seguida com oito casos cada, seguidas pela Ab�lio Machado, Amazonas e Padre Pedro Pinto, com seis cada.
Biombos A PM n�o divulga os nomes das institui��es financeiras que desrespeitam a lei do biombo. Entretanto, levantamento feito pelo Estado de Minas mostra que os tr�s bancos que concentram o maior n�mero de ocorr�ncias s�o Bradesco, Ita� e Santander, justamente os que n�o adotaram o uso da ferramenta. Em um deles, foram 146 casos este ano contra 122 no ano passado. J� em um banco que adotou a prote��o, foi registrada queda de crime de 61%. Foram 13 casos em 2012 contra 34 em 2011.