MP denuncia por latroc�nio acusados de matar a estudante B�rbara Quaresma

O Minist�rio P�blico de Minas Gerais (MPMG) acompanhou as conclus�es do inqu�rito policial que investigou a morte da estudante universit�ria B�rbara Quaresma Andrade Neves, de 22 anos, na noite de 23 de maio, depois de uma tentativa de assalto no Bairro Cidade Nova, Nordeste de Belo Horizonte, e denunciou por latroc�nio, roubo seguido de morte, os tr�s homens que participaram da a��o criminosa. A den�ncia foi oferecida � 11ª Vara Criminal de Belo Horizonte e, caso condenados, os tr�s jovens que se envolveram no crime podem pegar de 20 a 30 anos de reclus�o. B�rbara estava dentro de seu carro com o namorado, na porta da casa dele, quando o casal foi abordado por dois homens. Um deles se assustou com uma movimenta��o do Fiat Uno da estudante de rela��es p�blicas e disparou contra a cabe�a da jovem, que n�o resistiu aos ferimentos.

O inqu�rito policial, que teve a participa��o dos delegados Rodrigo Bossi e Bruno Wink, do Departamento de Investiga��o de Homic�dios e Prote��o � Pessoa (DIHPP), apontou que Thiago Henrique Fernandes dos Santos, de 21, o Terror; Wagner Henrique Soares da Concei��o, de 20, o Waguinho; e Rafael Fagundes da Silva, 18, o Graxinha, participaram do crime, sendo cada um com uma fun��o, com o objetivo inicial de roubar o carro da v�tima. “Entendemos que o latroc�nio foi consumado, pois a conduta de cada um colaborou para que o resultado ocorresse. Se um deles n�o estivesse presente, provavelmente o resultado n�o seria o mesmo, por isso os tr�s foram indiciados por latroc�nio”, diz Bruno Wink.

Segundo o inqu�rito, os tr�s estariam procurando um carro similar ao Fiat Uno de B�rbara gra�as ao que Terror e Waguinho informaram � pol�cia. Graxinha est� foragido, com mandado de pris�o preventiva em aberto. Apesar de a vida pregressa dos dois indicar participa��o no tr�fico de drogas, eles disseram que o carro seria encomendado. Ao rodar pela regi�o, se depararam com uma situa��o de facilidade, quando viram um casal aparentemente sem defesa dentro do ve�culo. O fato de os dois estarem no Fiat Uno j� eliminaria qualquer dificuldade, como a necessidade de uma liga��o direta para roubarem o carro. A investiga��o concluiu que Waguinho dirigia o Stilo Prata usado no crime e, naquela noite, ele estacionou em uma rua pr�xima, quando Terror e Graxinha desembarcaram.

Enquanto isso, Waguinho deu a volta no quarteir�o, mas no meio do caminho se assustou com a presen�a de dois guardas municipais e voltou ao local do crime para avisar os comparsas. A chegada do criminoso para buscar os outros dois bandidos foi avisada com buzinas, o que gerou uma situa��o de estresse entre as v�timas e os ladr�es. “Ao mesmo tempo em que a v�tima evitava que o carro fosse subtra�do, Waguinho parou na frente e os carros ainda se chocaram”, contou o delegado Bruno Wink. Terror ent�o se assustou e puxou o gatilho, acertando a nuca de B�rbara. Os dois que estavam abordando o casal entraram ent�o no Stilo e todos fugiram. Para o delegado, os dois acusados mais importantes, Terror e Waguinho, foram capturados durante uma busca da pol�cia em Montes Claros, Norte do estado.

Foragido tinha ficha limpa

Segundo as investiga��es, Graxinha era o respons�vel por dirigir o carro roubado anteriormente e ele n�o tem passagens pela pol�cia. O jovem de 18 anos tem um mandado de pris�o preventiva em aberto pelo latroc�nio e � procurado pela pol�cia. Waguinho e Terror est�o presos preventivamente, � disposi��o da Justi�a. A m�e de B�rbara, T�nia Quaresma Dalton Santos, comemorou a not�cia da den�ncia oferecida pelo Minist�rio P�blico. “Pessoas que fazem o que eles fizeram s�o psicopatas e merecem ficar presas, pois n�o podem conviver em sociedade. Espero que eles paguem por tudo que fizeram”, diz T�nia.

Gabriel Quaresma, namorado de B�rbara e uma das v�timas do assalto, disse que � importante eles serem denunciados, mas garante que nenhuma decis�o vai trazer a namorada de volta. “Pessoas iguais aos homens que fizeram aquilo existem em todos os lugares e isso vai continuar acontecendo enquanto ningu�m fizer nada”, desabafa Gabriel. A assessoria de comunica��o do F�rum Lafayette informou que o processo est� com um juiz da 11ª Vara Criminal de BH, que vai decidir se aceita ou n�o a den�ncia.