
Um inc�ndio que se alastra desde quarta-feira j� queimou uma �rea de aproximadamente mil hectares no Complexo da Babil�nia, �rea que est� em processo de regulariza��o para fazer parte do Parque Nacional da Serra da Canastra, na Regi�o Sudoeste de Minas Gerais. A estimativa ainda n�o � oficial porque a cada dia muda, explica o chefe substituto do parque, Arnaldo Ferreira da Silva.
Est�o trabalhando no combate ao inc�ndio aproximadamente 30 pessoas, entre a brigada do Instituto Chico Mendes de Conserva��o da Biodiversidade (ICMBio), autarquia federal que administra o parque, o Corpo de Bombeiros e volunt�rios. Dois avi�es j� trabalham no local e um helic�ptero � esperado hoje, mas as chamas ainda devem continuar nos pr�ximos dias, explica o agente de fiscaliza��o do Instituto Chico Mendes, Louren�o Lemos da Silva. Os fortes ventos que s�o comuns em agosto e o tempo seco contribuem para o alastramento do fogo, que atinge a vegeta��o de campo limpo, t�pica da regi�o.
Para Louren�o, o fogo tem origem criminosa. “Os fazendeiros da regi�o fazem queima para aproveitar a rebrota do capim para alimentar o gado, uma forma deles economizarem”, afirma. De acordo com ele, esta pr�tica � comum na regi�o nesta �poca do ano, quando o tempo � seco.
A �rea onde os fazendeiros colocam fogo pertence ao Complexo da Babil�nia, de aproximadamente 120 mil hectares e que envolve seis munic�pios, al�m da Serra da Babil�nia. O fogo est� entre as cidades de S�o Roque de Minas e S�o Jo�o batista do Gl�ria. Estas terras est�o em processo de desapropria��o para que passem a fazer parte do Parque Nacional da Serra da Canastra, que hoje tem 71.525 hectares demarcados.
Ainda n�o � poss�vel calcular os preju�zos com a fauna local, habitada por tamandu�s-bandeira, o lobos-guar�s e o veados-campeiros. "Mas com certeza teremos grandes preju�zos", afirma o chefe do parque. O Parque Nacional da Serra da Canstra, onde est�o a nascente do Rio S�o Francisco, que brota do Chapad�o da Canastra e a Cachoeira Casca Danta, pontos tur�sticos do aprque, n�o corre o risco de ser atingida pelo fogo por estar distante da regi�o do inc�ndio, garante o chefe substituto do parque Arnado da Silva. O parque permance aberto aos visitantes.