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Estado de Minas

Inqu�rito policial-militar � aberto para investigar a��o no Aglomerado da Serra


postado em 27/11/2012 07:24 / atualizado em 27/11/2012 07:47

As ruas estreitas do aglomerado ficaram cheias de viaturas da PM e de moradores revoltados. A Rua da �gua se transformou em uma pra�a de guerra. Moradores depredavam um micro-�nibus quando foram repreendidos por PMs. Os militares foram atacados a pedradas e com fogos de artif�cio e reagiram com tiros de balas de borracha. Houve correria e tumulto. Um helic�ptero da corpora��o monitorou todo o movimento. �s 18h, v�rios homens do Batalh�o de Choque entraram na comunidade e conseguiram amenizar a situa��o. O coronel Carvalho e o chefe da Assessoria de Comunica��o da PM, tenente-coronel Alberto Luiz, conversaram com a m�e e um irm�o da v�tima. Depois de um longo abra�o na mulher, Carvalho prometeu transpar�ncia nas investiga��es.

A popula��o ainda fazia protestos quando o comando da PM anunciou a pris�o, em flagrante, dos tr�s policiais envolvidos na ocorr�ncia. O aviso foi dado na tentativa de controlar os �nimos dos mais revoltados. Os policiais foram recolhidos para um batalh�o n�o informado, onde aguardar�o, detidos, as investiga��es sobre a morte do servente de pedreiro. O sargento que atirou foi autuado em flagrante. �s 22h, o movimento de policiais e de moradores ainda era intenso nas ruas. A PM informou que a ocupa��o dos militares n�o tem data para ser encerrada. Numa afronta aos PMs, traficantes dispararam uma rajada de metralhadora no fim da noite.

Remo��o do corpo

Familiares da v�tima criticaram a conduta dos militares que retiraram o corpo de Helenilson do local, sem esperar pela per�cia. Eles afirmam que a atitude foi tomada para descaracterizar a cena do crime. O coronel Carvalho justificou dizendo que o socorro foi dado porque a equipe pensou que o homem estivesse vivo. “Uma enfermeira constatou a morte dele depois de verificar que n�o tinha pulsa��o. O rapaz foi coberto com jornais, mas ficou dando espasmos, e os militares entenderam que ele estava vivo”, explica o coronel. Wagner da Silva, irm�o da v�tima, contestou: “Meu irm�o estava sem vida, e eles sabiam disso. Tiraram o corpo do local para esconder o que fizeram de errado”, desabafa.

Um inqu�rito policial-militar foi aberto para investigar o caso. Duas testemunhas, que estavam presentes na hora em que Helenilson foi baleado, ser�o ouvidas. Os depoimentos ser�o anexados ao laudo pericial feito no local, que apontar� como a morte ocorreu. Os militares ficar�o presos por tempo indeterminado. O prazo para a conclus�o das investiga��es � de 30 dias. A Pol�cia Civil investigar� o crime.

Relembre as mortes do ano passado

O Tribunal de Justi�a de Minas Gerais (TJMG) negou recentemente recurso contra senten�a que determinou j�ri popular para os policiais militares Jonas David Rosa e Jason Ferreira Paschoalinho, acusados de assassinar o auxiliar de enfermagem Renilson Veriano da Silva, de 39 anos, e o sobrinho dele, Jeferson Coelho da Silva, de 17, durante opera��o policial no Aglomerado da Serra em 19 de fevereiro de 2011. Os soldados foram indiciados por homic�dio duplamente qualificado e por posse irregular de dois rev�lveres com numera��o raspada, que teriam sido colocados no local do crime para justificar o ataque. Um terceiro policial, o cabo F�bio Oliveira, teria se suicidado em 25 de fevereiro deste ano em uma cela do 1º Batalh�o. Outros nove policiais, que chegaram ao local do crime ap�s o duplo homic�dio, tamb�m foram indiciados, por prevarica��o, mas dois deles responder�o por falsidade ideol�gica. Logo depois da execu��o, os moradores reagiram e queimaram dois �nibus, um micro-�nibus e dois carros no aglomerado, que se transformou numa pra�a de guerra. Mesmo com prote��o especial da PM, escolas fecharam as portas.


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