
A madrugada deste domingo foi de susto mais uma vez para os moradores de Montes Claros, no Norte de Minas. A terra voltou a tremer na cidade depois que um abalo s�smico de magnitude 3.6 na escala Richter provocou v�rios danos e transtornos na madrugada da �ltima quarta-feira. Estes tremores aconteceram depois que o Observat�rio Sismol�gico da Universidade de Bras�lia (Obsis) confirmou a exist�ncia de uma falha geol�gica situada entre o Bairro Vila Atl�ntica e a Serra do Mel.
O tremor deste domingo foi registrado �s 4h09. O Obsis ainda n�o informou a medi��o do abalo. De acordo com o Corpo de Bombeiros, foram registrados 30 chamados no telefone de emerg�ncia da corpora��o, mas n�o houve qualquer tipo de dano nos im�veis ou preju�zos em vias p�blicas.
H� tempos a popula��o de Montes Claros tem convivido com tremores de terra, o que causa muita apreens�o. O abalo mais intenso ocorreu em maio do ano passado. Com magnitude 4,5, o terremoto danificou 60 im�veis, sendo que seis deles foram condenados pela Defesa Civil e outros dois interditados preventivamente.
Segundo o Obsis, a cidade tem registros de sismos desde 1978. Os fen�menos se repetiram mais nos anos de 1996, 1999, 2000, 2008, 2010, 2011 e 2012. Por�m, a maioria deles foi de baixa intensidade.
Acompanhamento sist�mico
Desde maio deste ano, t�cnicos do Obsis e da Universidade de S�o Paulo (USP) iniciaram estudos em Montes Claros a pedido da prefeitura local e da Defesa Civil Estadual diante da frequencia de tremores na cidade. Foram instaladas nove esta��es sismogr�ficas em diferentes pontos do munic�pio para o mapeamento dos tremores e identifica��o das suas poss�veis causas. A partir de ent�o os aparelhos registraram 174 tremores, sendo que metade deles foram reflexo de detona��es em pedreiras.
Os especialistas que estiveram em Montes Claros afirmaram que a popula��o n�o deve entrar em p�nico em caso de tremores, mas sugeriram que a estrutura dos im�veis seja refor�ada caso apresentem qualquer tipo de falha. A orienta��o em caso de terremoto � manter a calma e deixar as edifica��es. (Com informa��es de Luana Cruz e Cristiane Silva)