Junia Oliveira
Estar apto a pensar r�pido e a tomar provid�ncias para combater o fogo exige minucioso treinamento te�rico e pr�tico. O curso para a forma��o de brigadas de inc�ndio ensina de usar o hidrante e desenrolar mangueiras a primeiros socorros e controlar o p�nico. A obrigatoriedade de montar essa equipe e a quantidade de pessoas envolvidas variam, dependendo do tipo de empreendimento a ser protegido, da �rea do estabelecimento e at� mesmo do n�mero de pavimentos.
Uma exig�ncia � comum: os brigadistas devem estar permanentemente no local e conhec�-lo bem. Por isso, nada melhor que os pr�prios funcion�rios para compor essas equipes. O curso tem carga hor�ria m�nima de 12 horas e pelo menos oito de aulas pr�ticas. O treinamento deve ser renovado, no m�ximo, a cada dois anos. As brigadas s�o obrigat�rias, por exemplo, em boates e casas de shows com �rea superior a 750 metros quadrados. Nesse caso, todos os empregados devem passar por treinamento.
Para montar o curso, devem-se procurar profissionais habilitados. S�o eles: empresas com pessoal formado em t�cnicas de seguran�a do trabalho, devidamente registrado no conselho regional competente ou no Minist�rio do Trabalho; militares das For�as Armadas, das PMs ou dos corpos de bombeiros com ensino m�dio e especializa��o em preven��o e combate a inc�ndio (carga hor�ria m�nima de 60 horas/aula) e emerg�ncias m�dicas (carga m�nima de 40 horas/aula).
O m�dulo te�rico inclui primeiros socorros e no��es de combate a inc�ndio. Aprende-se a usar diferentes tipos de extintores e a lidar com locais fechados tomados pela fuma�a. “No caso da Cidade Administrativa, fazemos um labirinto e queimamos mato para simular carga de fuma�a em ambiente confinado. Ali, as pessoas t�m o primeiro contato com o tumulto e o p�nico, trabalhamos o lado psicol�gico do brigadista”, explica o tenente Maciel.
Nas aulas pr�ticas, futuros brigadistas aprendem a usar hidrantes e experimentam simula��es de inc�ndio em apartamentos, com v�timas. “Brasileiro n�o trabalha com preven��o, pois acha que nunca vai ocorrer algo com ele. A pessoa deixa de instalar o extintor porque diz que vai ficar feio. Beleza e ornamenta��o passam por cima da seguran�a. Em outros pa�ses, isso est� na cultura, a pessoa cresce com a mentalidade de preven��o. O sinistro � um monstro adormecido. Se voc� n�o se prevenir, ele pode acordar a qualquer momento”, conclui Fellipe Maciel.