Inconformados com o aumento da viol�ncia na cidade, os moradores de Bom Despacho, na Regi�o Centro-Oeste de Minas Gerais, fizeram uma manifesta��o na manh� deste s�bado. Com faixas, bal�es e camisas brancas, aproximadamente 400 pessoas, segundo informa��es da Pol�cia Militar, fizeram uma caminhada pelas ruas e avenidas do munic�pio, para pedir paz. O sumi�o do administrador de empresas Fl�vio Assis Luciano, 35 anos, desaparecido h� 11 dias, foi o que motivou o protesto. “O caso do Fl�vio foi um mote por ter sido recente. Mas a passeata foi um grito de Bom Despacho pela paz”, explica o organizador da passeata, Diego Gontijo de Souza, de 26.
O grupo se reuniu na Pra�a Matriz e de l� seguiram em dire��o a rodovi�ria, onde acontece uma feira. Grupos de congado deram o tom aos manifestantes que cantaram m�sicas de paz. Familiares de Fl�vio, muito abalados, participaram do evento. Com camisas brancas e com a foto do jovem, eles tamb�m pediram um basta a viol�ncia. “A solidariedade conforta nestes dias ru�ns. Estamos recebendo o apoio de v�rios amigos, da comunidade, da juventude em geral e de todas as culturas religiosas. Nada vai trazer o Fl�vio de volta, mas a manifesta��o � para deixar um alerta. Chega de tanta viol�ncia”, pediu uma parente do administrador que preferiu n�o se identificar.
Fl�vio saiu de casa no dia 19 de fevereiro, no in�cio da noite. Por volta das 22h do mesmo dia, foi visto com amigos na Pra�a do Rotariano, no Bairro S�o Vicente. Ele saiu do local em seu carro, um Gol prata, placa HLG-6827. Funcion�rios de um posto de combust�vel acionaram a fam�lia depois que viram a foto do desaparecido. Os frentistas dizem ter visto Fl�vio passando pelo com�rcio no banco de tr�s do ve�culo dele com outros dois homens na frente. O carro do administrador foi encontrado por um fazendeiro em vala do Bairro Arraial do Lobos. O autom�vel estava queimado e com um corpo carbonizado dentro. Um exame de DNA foi feito nos restos mortais para confirmar a identidade, mas o laudo ainda n�o ficou pronto.
Um menor, suspeito do sumi�o, foi apreendido e negou o crime. Na casa dele foram apreendidas por��es de crack. Uma das linhas de investiga��o da pol�cia � de que morte do administrador tenha rela��o com envolvimento com drogas. A outra hip�tese da pol�cia � crime passional com a participa��o de um homem que supostamente mantinha uma rela��o homoafetiva com Fl�vio e, segundo o delegado Ivan Jos� Lopes, � o principal suspeito do crime.