(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

"Eles precisam ser ouvidos", garante pastor que ajuda viciados em crack

Pastor evang�lico se dedica ao trabalho com dependentes qu�micos


postado em 17/03/2013 06:00 / atualizado em 17/03/2013 07:14

 

O pastor Wellington diz que quem está na rua e usa a droga perdeu todos os vínculos sociais(foto: Beto Magalhães/em/d.a press )
O pastor Wellington diz que quem est� na rua e usa a droga perdeu todos os v�nculos sociais (foto: Beto Magalh�es/em/d.a press )
  O pastor evang�lico Wellington Vieira, de 49 anos, tem 21 deles dedicados ao trabalho com dependentes qu�micos de BH. Come�ou distribuindo sopa e hoje tem um ambulat�rio e duas fazendas de recupera��o para 71 usu�rios de crack, uma em Ravena e outra em Lagoa Santa. Presidente da Federa��o das Comunidades Terap�uticas Evang�licas, foi convidado pela pr�pria presidente Dilma Rousseff para ir ao Planalto defender a necessidade de financiamento governamental �s comunidades terap�uticas. Em entrevista, ele se assume como ex-alco�latra e diz ter certeza de que � poss�vel acabar com as cracol�ndias.

O que o levou a trabalhar com os usu�rios de crack? Como foi sua experi�ncia com a a bebida?
Sou movido por amor e sei falar a l�ngua do usu�rio de crack. Quando tinha de 14 para 15 anos, me envolvi com uma turma que fumava maconha, bebia. Eu me casei muito cedo, aos 21 anos, e aos 24 tive uma reca�da, antes de ser pastor. At� que um dia minha mulher fez uma interfer�ncia seca e direta, como deve ser. Amea�ou sair de casa com as crian�as se eu n�o mudasse meu comportamento. Tomou minha chave e cortou meu dinheiro.

Como acabar com a cracol�ndia?
Olha, j� me amarrei tr�s dias ao Pirulito da Pra�a Sete para entender o que leva o usu�rio a cortar todos os la�os e a ir morar na rua. Percebi que n�o adianta pegar o cara e jogar de qualquer jeito numa institui��o. Ele n�o est� na rua porque est� com fome, mas sim porque perdeu os v�nculos com a fam�lia e com o trabalho. � por isso que n�o adianta dar sopa. Eles n�o precisam de comida, precisam de uma escuta.

Como internar o usu�rio de crack que recusa tratamento?
Meu sonho � abrir duas casas, uma para o p�blico masculino e outra para o feminino, com o nome de S� por um dia. A ideia � apenas bater um papo com o cara que est� dormindo na rua e oferecer um prato de comida, um banho quente, camas limpas. Na hora do jantar, ser� servida uma boa comida e ele vai assistir a depoimentos de pessoas que conseguiram largar o crack. No fim do dia, vou perguntar: “E ent�o, filho? Gostou de ficar aqui? Vamos tentar mais um dia?”  Tenho certeza de que vai dar certo. J� apresentei a proposta em semin�rios, mas falta patroc�nio.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)