Educa��o de pai para filho e neto em uma das escolas mais tradicionais da capital

A escolha da escola para os filhos n�o � uma decis�o f�cil. Gera inseguran�a e d�vida. Mas quem define o Col�gio Loyola como base da sua forma��o educacional e humana sempre diz que � uma sele��o natural e para a vida toda. De gera��o para gera��o. A fam�lia do aposentado Pac�fico Mascarenhas, de 77 anos, que estudou na escola de 1945 a 1949, � um desses exemplos que fazem parte da hist�ria do col�gio. As lembran�as s�o vivas. Ao olhar uma foto de 1948, com a turma toda, somente homens, ele sabe o nome de cada um dos colegas. “Metade deles est� viva.” Em outra imagem, de 1945, mostra o uniforme de gala. “Ano em que terminou a Segunda Guerra. O uniforme parecia militar, branco, e alguns usavam quepe.”

Amigos

A experi�ncia o levou a escolher a escola para os filhos. Assim, Carlos Ferreira Mascarenhas, engenheiro t�xtil, de 42, precisou passar por uma prova de sele��o “igual ao vestibular”. Na �poca, estava com 8 anos, e ficou de 1979 a 1988. “Lembro do campo de areia, dividido em tr�s quadras, ficava doido pela hora do recreio. Chegava em sala de aula todo empanado, suado e sujo de areia.” Divers�o e aprendizado sempre caminharam juntos: “Meus melhores amigos s�o do col�gio e at� hoje nos encontramos quase todo fim de semana”. Este ano, Carlos completa 25 anos de formado e ainda faz parte do Loyola. � da diretoria da Associa��o de Pais do Loyola (APL) e da Associa��o dos Antigos Alunos. “Tenho boas lembran�as e quero incentivar quem est� distante se reaproximar do col�gio. A volta do ex-aluno � bacana, reencontrar amigos. Estou organizando uma festa de ex-alunos para 800 pessoas em 6 de abril; na de 2011, arrecadamos US$ 6 mil para os jesu�tas do Haiti.”

Pai, filho e agora o neto. Ant�nio Moncorvo Mascarenhas, de 13, entrou no col�gio aos 5, e � s� elogios: “Os professores s�o gente boa, ensinam conversando e alguns at� fazem brincadeiras, dan�am. S�o pacientes e explicam a mat�ria mais de 10 vezes”. Ant�nio conta que o lugar preferido s�o as quadras, onde adora jogar futebol e basquete. Sem falar das amizades: “Fiz muitos amigos aqui e espero que seja igual ao meu pai e meu av�, que t�m amigos da escola at� hoje”. As atividades extras tamb�m s�o aprovadas: “Participo de projetos sociais. Vou a creches jogar bola com os meninos e baralho, com os velhinhos, em asilos. No caf� da manh�, tem copo de �gua e biscoito; quando tem iogurte, eles aplaudem.”

Linha do tempo

1943
O Col�gio Loyola � fundado em um casar�o na Rua Gon�alves Dias, ao lado da Pra�a da Liberdade, cedido aos jesu�tas pela fam�lia Lobato.

 

1949

O ent�o prefeito de Belo Horizonte, Juscelino Kubitschek, cede um im�vel na Avenida do Contorno, Bairro Cidade Jardim, para ser a nova sede da escola.

 

1954

O col�gio incorpora mais um espa�o, a Ch�cara Vila F�tima, em Ribeir�o das Neves, utilizada para formaturas e retiro espiritual. Hoje ela funciona na Regi�o da Pampulha.

 

1967

Em parceira com a Companhia de Maria, os padres jesu�tas recebem as primeiras alunas. Doze meninas passam a estudar com meninos.

 

1979

Um novo pr�dio � erguido no terreno do Col�gio Loyola, com quatro andares, 15 salas de aula, uma quadra poliesportiva coberta, uma capela e um p�tio.

 

1990

A escola d� in�cio a um projeto de forma��o do corpo docente, que envolve a pr�tica e a viv�ncia de valores da pedagogia inaciana.

 

2000

O audit�rio � reformado e se transforma no Teatro Loyola, com capacidade para 360 pessoas.

 

2010

� criado o Rancho Loyola, em Itabirito. S�o 30 hectares de �rea, que os alunos usam para desenvolver atividades de meio ambiente e culin�ria.

 

2012

� inaugurada a Prainha Anchieta, espa�o com espelho d’�gua tratada e renov�vel que lembra a Praia de Anchieta, na regi�o de Ubatuba (SP), onde o jesu�ta viveu. Na praia, Anchieta escrevia seus poemas na areia.