Irm�o de delegado suspeito de balear jovem afirma que v�tima tentou se matar

As fotos em redes sociais mostram momentos de um casal apaixonado: passeios de moto, festas e at� poses do namorado com os nomes dos dois escrito nas costas. Mas a hist�ria de amor habitual para por a�. Ela, A. L. S, adolescente de 17 anos. Ele, o delegado Geraldo do Amaral Toledo Neto, de 40, principal suspeito de ter baleado na cabe�a a garota , internada em estado grave no Hospital de Pronto-Socorro Jo�o XXIII. Lotado na Delegacia Especializada de Atendimento � Pessoa Deficiente e ao Idoso, Toledo j� atuou na Delegacia Especializada de Prote��o � Crian�a e ao Adolescente. Ele foi preso nessa segunda-feira � tarde, ao se apresentar � Corregedoria Geral da Pol�cia Civil, em BH.

Os dois teriam um relacionamento h� pelo menos dois anos. H� cerca de 40 dias, A. teria sa�do de BH e voltado a morar em Conselheiro Lafaiete, na Regi�o Central do estado. Segundo a Pol�cia Militar, no domingo o delegado foi busc�-la em Lafaiete. Por volta das 19h50, a PM recebeu a den�ncia da briga de um casal na estrada entre Ouro Preto e o distrito de Lavras Novas. Vinte minutos depois, a corpora��o recebeu novo chamado, de que A. deu entrada numa unidade de pronto atendimento (UPA) com um tiro na cabe�a.

A. teria sido levada por um homem que, sem se identificar, informou que ela havia tentado suic�dio. “A den�ncia da briga do casal era de que eles estavam num Peugeot 307 preto, mesmo carro que deixou a jovem na UPA. Identificamos pelas imagens das c�meras de um posto de gasolina em frente � unidade de sa�de. Conseguimos entrar com contato com a fam�lia, que informou que ela havia sa�do de casa com o delegado”, informou o capit�o Paulo Henrique Cardoso, do 52º BPM. A. foi levada em estado grave para o HPS Jo�o XXIII. A fam�lia e os amigos da garota n�o quiseram falar sobre o assunto.

Toledo j� havia sido indiciado em 19 de mar�o pela Delegacia de Prote��o � Crian�a e Adolescente por les�o corporal contra A. L. S. Principal suspeito de tentar mat�-la, ele foi preso ontem � tarde, depois de a Justi�a expedir um mandado de pris�o tempor�ria. O policial se apresentou � Corregedoria Geral, no Centro, e foi levado, no in�cio da noite, � Casa do Policial Civil, no Bairro Horto, na Regi�o Oeste. A corregedoria investiga o caso com a delegacia regional de Ouro Preto.

A delegada corregedora �gueda Bueno foi ontem ao munic�pio para dar sequ�ncia aos trabalhos com o delegado regional Valfrido de S� Filho. “J� estamos com as imagens do posto de gasolina”, confirmou Valfrido. A per�cia criminal fez exame residual da adolescente para confirmar se foi ela quem disparou a arma.

Apoio

O irm�o do delegado, �rico Toledo, postou ontem no Facebook posicionamento sobre o envolvimento do familiar com o caso. “Todos conhecem o Neto, um cara alegre, solteiro, boa-pinta, cheio de vida e que curte a vida. Uma vizinha de apartamento dele, linda, gente boa, era apaixonada pelo meu  irm�o. Ela era criada pelo padrasto e come�ou a ter um amor plat�nico pelo Neto”, conta. �rico relata ainda que o irm�o dizia � menina que ela tinha que achar um  homem mais novo para se relacionar. “Como ela estava com muitos problemas, depressiva, deu um tiro na cabe�a na frente do meu irm�o. Meu irm�o desesperado me ligou imediatamente falando o ocorrido”, escreveu.


MEM�RIA: Acusado de outros crimes

Natural de Pouso Alegre, o delegado Geraldo do Amaral Toledo Neto, de 40 anos, atuou na Delegacia de Prote��o � Crian�a e ao Adolescente e atualmente estava na de Atendimento � Pessoa Deficiente e ao Idoso. Continuava na ativa, mesmo investigado por pr�tica de crimes. Desde 2002 na Pol�cia Civil, ele responde a processo por suspeita de irregularidade no licenciamento de ve�culos, quando era delegado de tr�nsito em Betim. Em 2011, foi detido pelo mesmo crime, em S�o Joaquim de Bicas, acusado de recepta��o, forma��o de quadrilha e falsidade ideol�gica. Segundo a Pol�cia Civil, a lei garante a ele o direito de trabalhar e receber os vencimentos enquanto n�o for conclu�do qualquer processo judicial em tramita��o e na Corregedoria da institui��o.