Defesa de delegado suspeito de matar adolescente garante inoc�ncia; jovem � velada

Muita como��o toma conta do Vel�rio S�o Jorge, em Conselheiro Lafaiete, Regi�o Central de Minas, na noite desta ter�a-feira. �s 18h30 chegou ao local o corpo de Amanda Linhares, a adolescente de 17 anos que por 51 dias lutou para se manter viva depois de ser baleada na cabe�a enquanto viaja com o ex-namorado, o delegado da Pol�cia Civil Geraldo do Amaral Toledo Neto, principal suspeito do crime. A jovem morreu na noite dessa segunda-feira no Hospital de Pronto-Socorro Jo�o XXIII, na capital. De acordo com a defesa do policial, ele passou mal ao saber da morte da ex.

Toledo, que se recupera de uma virose, recebeu a not�cia pela manh�, na Casa de Cust�dia da Pol�cia Civil, onde est� preso desde 15 de abril, um dia ap�s Amanda ser baleada. “Quando telefonei pela manh� ele j� estava chorando muito. Est� abatid�ssimo. Ele estava muito esperan�oso e o ch�o se abriu a ele, porque se ela acordasse poderia vir a esclarecer as coisas”, relatou a advogada Maria Am�lia Tupynamb�, que garante a inoc�ncia do delegado. Geraldo garante que Amanda suicidou.

Um exame residuogr�fico demonstrou que n�o havia vest�gio de p�lvora nas m�os da adolescente. Segundo a advogada de Toledo, tal laudo � inconclusivo e n�o elimina a hip�tese de que Amanda tenha, de fato, atirado contra a pr�pria cabe�a. Ela afirma que outro laudo pericial evidencia a inoc�ncia do policial. “� um laudo pericial e m�dico-legal com todos os quesitos demonstrando que a les�o � compat�vel com suic�dio. E o mais importante � uma ata notarial tirada dos di�logos da pr�pria Amanda onde ela reclama absoluto abandono da fam�lia”, destaca Tupynamb�.

Outro fato que pode complicar a defesa de Toledo � o fato de objetos pessoais da adolescente terem sido encontrados sob o Viaduto da Mutuca, na BR-040. As buscas, realizadas pela Corregedoria da Pol�cia Civil, foram feitas depois que um amigo do delegado disse ter ouvido ele falar que jogou os objetos da jovem em v�rios locais da estrada quando voltava do hospital em Ouro Preto onde deixou Amanda. “Eles encontraram um p� de um sapato, que foi confirmado que seria dela porque a m�e tem foto. Mas � um sapato de festa, de salto alto, e no dia (em que a jovem foi baleada) ela estava de sand�lias”, diz. Foi na casa deste mesmo amigo que o policial deixou o ve�culos ap�s a v�tima ser ferida.

Amanda foi baleada em 14 de abril durante uma suposta briga com o delegado, com quem manteve um relacionamento amoroso. Ele buscou a jovem em Conselheiro Lafaiete, na Regi�o Central de Minas, e ambos seguiram juntos para Ouro Preto. Por volta das 19h50 do mesmo dia a PM recebeu a den�ncia da briga de um casal na estrada entre o munic�pio e o distrito de Lavras Novas. Vinte minutos depois, a corpora��o recebeu novo chamado, de que uma adolescente deu entrada numa unidade de pronto atendimento (UPA) com um tiro na cabe�a.

Com informa��es de Mateus Parreiras