
Por volta de 16h, o grupo saiu da Avenida Afonso Pena, nº1500, em frente � sede do Conselho Regional de Medicina (CRM). Em seguida, os manifestantes seguiram em passeata pela �rea Hospitalar. Por volta de 17h30, os manifestantes retornaram para a Avenida Afonso Pena e fizeram um ato p�blico em frente � Prefeitura de Belo Horizonte, simbolizando apoio aos servidores municipais que est�o em greve.
Ainda na Avenida Afonso Pena, o grupo interditou os dois sentidos na altura da Pra�a Sete, onde cantaram o hino nacional e pediram apoio � popula��o para lutar por uma sa�de de qualidade. De acordo com a BHTrans, por volta de 18h, os protestantes liberaram o sentido Rodovi�ria da Avenida Afonso Pena e se deslocaram no sentido Mangabeiras. O ponto final da passeata foi na Associa��o de M�dicos de Minas Gerais (AMMG), na Avenida Jo�o Pinheiro, nº 161, onde foi realizada uma assembleia, �s 19h.
Insatisfa��o nacional
Al�m do Sinmed, integrantes da Associa��o M�dica de Minas Gerais (AMMG), do Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais (CRM MG), estudantes de medicina, entre outras entidades participam do movimento em Minas. Em todo o pa�s, as reivindica��es s�o as mesmas. Entre elas, os m�dicos condenam a importa��o de m�dicos formados fora do Brasil, sem a revalida��o do diploma. “Trazer m�dicos do exterior sem qualifica��o para atuar no pa�s n�o � a solu��o. H� diversos pontos que merecem aten��o e que podem solucionar muitos problemas na �rea da sa�de”, afirma Ros�ngela Costa, assessora de comunica��o do Sindicato dos M�dicos de Minas Gerais (Sinmed).
Segundo o presidente do Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais (CRM-MG), Jo�o Batista Soares, a categoria n�o � totalmente contra a chegada de m�dicos cubanos, mas defende que esses profissionais passem pelo Revalida, exame que, segundo ele, � v�lido para qualquer m�dico do mundo que queira vir ao Brasil. ”A proposta da Presidente Dilma n�o inclui essa prova, portanto n�o haver� uma avalia��o para saber se esses m�dicos s�o bons mesmo. O que precisamos mesmo � de qualidade no Sistema �nico de Sa�de, mais rem�dios e melhoria na infraestrutura. O problema n�o � o sal�rio, mas as nossas condi��es de trabalho, pois � frustrante quando um paciente morre na nossa m�o e n�o podemos fazer nada”, conta.
De acordo com o secret�rio geral do sindicato da categoria, Fernando Mendon�a, a proposta de trazer m�dicos do exterior � um desrespeito e uma afronta aos m�dicos brasileiros. “Se a PEC 454, que prop�e uma carreira de Estado para o m�dico for aprovada e se o governo investir 10% da receita bruta na sa�de, n�o h� necessidade de importar m�dicos. Est� claro que isso n�o vai adiantar nada, ainda mais sendo um contrato de apenas dois anos”, alega.


Veja abaixo as medidas defendidas pela categoria:
- Apoiar a aprova��o urgente da PEC 454 em tramita��o na C�mara dos Deputados, que prev� uma carreira de Estado para o m�dico (semelhante ao que ocorre no Judici�rio), �nico caminho para estimular a interioriza��o da assist�ncia com a ida e fixa��o de m�dicos em �reas de dif�cil provimento;
- Incentivar a coleta de 1,5 milh�o de assinaturas para tornar vi�vel a apresenta��o do Projeto de Lei de Iniciativa Popular Sa�de + 10, que prev� m�nimo de 10% da receita bruta da Uni�o em investimentos na sa�de;
-Defender a derrubada do Decreto Presidencial 7562, de 15 de dezembro de 2011, que modificou a Comiss�o Nacional de Resid�ncia M�dica, tornando-a n�o representativa e ref�m dos interesses do Governo, o que sucateou a forma��o de m�dicos especialistas no pa�s;
- Atuar contra a importa��o de m�dicos estrangeiros sem revalida��o de seus diplomas com crit�rios claros e rigorosos, conforme a pr�tica mundial e o previsto na legisla��o vigente. Defendemos o uso do Programa Revalida, do Governo Federal, em seus moldes atuais;
-Vistoriar as principais unidades de sa�de do pa�s, encaminhando den�ncias ao Minist�rio P�blico e outros �rg�os de fiscaliza��o, revelando a precariedade da infraestrutura de atendimento que afeta pacientes e profissionais.
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