Ao publicar, nessa quarta-feira, no Di�rio Oficial do Munic�pio (DOM) a homologa��o do sorteio de vagas para a implanta��o do novo leiaute da Feira de Arte e Artesanato da Avenida Afonso Pena, no Centro de Belo Horizonte, a PBH concluiu o processo para as mudan�as na estrutura da feira e cumpriu determina��o da Justi�a que exige a ado��o do leiaute em agosto, para dar mais seguran�a a expositores e clientes. A altera��o foi determinada pelo Tribunal de Justi�a de Minas Gerais (TJMG), que acatou pedido da ju�za Luzia Divina de Paula Peixoto, da 6ª Vara Municipal. A decis�o leva em conta o Plano de Seguran�a contra Inc�ndio em P�nico (PSCIP), que vem sendo discutido h� cinco anos e at� agora n�o havia sido implementado.
O esquema de montagem das barracas que ser� adotado m�s que vem prev� mais espa�o para a circula��o do p�blico e cria��o de corredores de seguran�a. O leiaute foi aprovado pelos bombeiros em abril de 2010, mas as diverg�ncias entre feirantes e a administra��o municipal impediram a sua ado��o. A associa��o que representa os expositores ingressou na Justi�a para impedir as modifica��es e a pol�mica s� foi encerrada com a senten�a do Tribunal de Justi�a. De acordo com o plano de seguran�a, o n�mero dos corredores ser� aumentado, al�m de sinaliza��o para sa�das de emerg�ncia e instala��o de hidrantes e de 80 extintores de inc�ndio.
A modifica��o n�o agrada alguns expositores, que continuam reclamando da decis�o judicial. O feirante Geraldo Magela Tarantino, de 52 anos, que vende bancos, prateleiras e outros objetos de marcenaria, acha que ter� preju�zo. “Meu ponto atual � muito bom, fica na entrada da feira. Agora, vou ficar mais no meio. Quem vai para o meu lugar � que vai gostar”, disse o carpinteiro, que teme queda nas vendas. “A barraca da gente vai ser a mesma. Apenas v�o distanciar umas das outras e abrir mais corredores”, acrescentou Tarantino, no ramo h� 22 anos. Segundo os representantes dos feirantes, eles est�o no mesmo ponto h� muitos anos e a clientela vai perder a refer�ncia com a mudan�a. “Meus clientes j� est�o acostumados com o meu lugar. Agora, v�o ter que me achar no meio da feira”, reclamou Tarantino.
Sem vagas
A Regional Centro-Sul informou que o leiaute foi mudado para atender as exig�ncias dos bombeiros e a altera��o ser� apenas na disposi��o das barracas. O n�mero de expositores permanece: 2.169. N�o haver� abertura de vagas. A dist�ncia entre as barracas continuar� a mesma, de 1,5 metro, mas haver� mais corredores nos 14 setores, que s�o distribu�dos de acordo com o tipo de mercadoria, como cestaria, vestu�rio e cal�ados. Cada setor ganhar� um ou dois novos corredores. “A implanta��o come�a em agosto e primeiro vamos demarcar o ch�o para o feirante saber onde vai ficar”, informou a Regional Centro-Sul.
O sorteio dos lugares foi na �ltima semana de junho. Depois da implanta��o do novo leiaute, o expositor que se sentir prejudicado pode procurar a Ger�ncia Regional de Feiras Permanentes Centro-Sul e fazer um requerimento de mudan�a. Segundo a regional, h� locais vagos, deixados por expositores que morreram, abandonaram a feira ou perderam a licen�a por algum motivo.