(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

F�cus d�o primeiros sinais de rea��o ao tratamento na Avenida Bernado Monteiro


postado em 23/07/2013 06:00 / atualizado em 23/07/2013 07:05

Novas folhas indicam resposta dos espécimes às medidas adotadas(foto: Beto Magalhães/EM/D.A Press)
Novas folhas indicam resposta dos esp�cimes �s medidas adotadas (foto: Beto Magalh�es/EM/D.A Press)
Quase duas semanas depois da �ltima aplica��o do inseticida org�nico �leo de nim nos f�cus da Avenida Bernardo Monteiro, no Bairro Santa Efig�nia, Regi�o Leste de BH, j� � poss�vel perceber que muitas folhas rebrotam nas �rvores doentes, trazendo esperan�as em rela��o ao tratamento. Os novos galhos crescem principalmente no entorno das armadilhas instaladas contra as moscas-brancas, a praga que amea�a quase 250 �rvores na cidade. As placas adesivas de cor amarela, do tamanho de meia folha de papel A4, h� um m�s e meio funcionam como um pega-inseto e continuar�o a ser usadas a longo prazo. O pr�ximo passo � a aduba��o, para fortalecer o solo. Na semana que vem, os t�cnicos come�am a coletar amostras das folhas e da terra para fazer as an�lises necess�rias e identificar quais nutrientes est�o faltando nos esp�cimes. A aplica��o de suplementos deve come�ar no per�odo de chuvas, em meados de setembro, para facilitar o processo de absor��o.


Segundo o agr�nomo da Secretaria Municipal de Meio Ambiente Dani S�lvio, que coordena o grupo de trabalho de tratamento dos f�cus, a infesta��o da praga j� � bem baixa e a queda das folhas ocorre muito mais pelo clima seco do que pela a��o das moscas-brancas. Ele considera que o tratamento foi eficaz at� agora, embora n�o consiga garantir que as �rvores estejam salvas para sempre. “N�o sabemos o que vai acontecer daqui para frente, mas esses brotos representam o controle do inseto e o sucesso do tratamento”, afirmou o especialista. “Por mais transtorno que a popula��o tenha enfrentado, o principal ganho foi a n�o interven��o contra a �rvore. Podamos aquelas cujos galhos ofereciam risco de queda”.

Antes de iniciar a aplica��o do �leo de nim, que precisou ser autorizada pela Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa), porque normalmente a subst�ncia s� � usada em �reas rurais, as �rvores da Avenida Bernardo Monteiro e da Avenida Barbacena receberam adubo para fortalecer as paredes das c�lulas e provocar dificuldade para que a praga conseguisse sugar o alimento. “Por isso n�o adiantava entrar naquele momento com a aduba��o de nutrientes. Como a quantidade de moscas era muito grande, o excesso de nutrientes na seiva beneficiaria muito mais o inseto e n�o tanto a �rvore”, explicou Dani, lembrando que seis �rvores da Bernardo Monteiro e oito da Barbacena n�o receberam tratamento porque j� estavam mortas.

Sentado � sombra dos f�cus da �rea hospitalar, o professor de biologia aposentado Jos� da Piedade e Silva fazia palavras cruzadas enquanto aguardava o conserto do carro em uma oficina. Ele acompanhou pelo notici�rio as etapas do tratamento das �rvores, desde que o munic�pio decretou situa��o de emerg�ncia, e torcia para que n�o fossem derrubadas. Quando chegou � pra�a ontem � tarde, chamaram sua aten��o as que estavam cortadas, mas ele percebeu tamb�m as armadilhas e os galhos com folhas verdes. “BH tem uma hist�ria triste de devasta��o na Afonso Pena, por causa de infesta��o de praga, na d�cada de 60. Normalmente, os gestores minimizam os fatos achando que ningu�m se importa. Fico satisfeito de que a solu��o tenha sido inteligente, correta e ecol�gica, longe do machado e da motosserra.”


Aplica��es devem ser estendidas


A estimativa � de que haja em Belo Horizonte cerca de 12 mil f�cus, esp�cie marcada pelo grande porte. A Secretaria Municipal de Meio Ambiente identificou 246 �rvores doentes na cidade, 14 delas com indica��o de corte. A maior parte das afetadas, 125, se concentra no Parque Municipal Lagoa do Nado, na Regi�o Norte, que j� recebeu a primeira dose do �leo de nim. Nas avenidas Bernardo Monteiro e Barbacena, eram previstas tr�s aplica��es do inseticida org�nico e duas de fungo entomopatog�nico, que funciona como um agente de controle biol�gico, mas a boa resposta e a redu��o da quantidade de moscas- brancas permitiu diminuir o n�mero de aplica��es. Foram duas de �leo de nim e uma de fungo. No Parque Municipal, onde a infesta��o � muito baixa, o tratamento ser� feito para evitar o aumento da praga.

Segundo o agr�nomo Dani S�lvio, a secretaria j� identificou a doen�a tamb�m em �rvores na Regi�o Oeste da cidade, com infesta��o menor, mas que dever�o receber o mesmo cuidado. “Temos um calend�rio de a��es. Primeiro fizemos a poda daquelas que ofereciam risco, depois aplicamos o �leo e agora vamos fortalecer o solo. O monitoramento, depois disso, dever� ser constante. N�o sei se as �rvores ser�o salvas, mas o tratamento est� sendo eficiente.”


SAIBA MAIS: o inimigo

Os primeiros exemplares da mosca-branca-do-f�cus foram detectados nas �rvores de Belo Horizonte h� um ano. A praga milim�trica atingiu �rvores nas regionais Leste e Centro-Sul, o que fez com que a prefeitura criasse uma comiss�o especial, formada por profissionais da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Defesa Civil e outros �rg�os, para encontrar uma solu��o para o problema. Podas preventivas foram realizadas nos primeiros meses do ano, mas a demora para a libera��o pela Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria do uso do �leo de nim acabou atrasando o tratamento. Em abril, o Minist�rio P�blico estadual chegou a entrar na discuss�o e cobrou esclarecimento sobre os crit�rios adotados para a realiza��o das podas e poss�veis supress�es.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)