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Estado de Minas

Hist�ria ind�gena � resgatada em Minas com restaura��o de objetos

Fragmentos de objetos usados por tribos que habitaram o Centro-Oeste e Alto Parana�ba h� 700 anos foram encontrados, restaurados pelo Iepha e chegam hoje �s cidades de origem


postado em 25/07/2013 06:00 / atualizado em 25/07/2013 07:29

Urnas e utensílios domésticos foram remontados e serão levados para Pedrinópolis, no Alto Paranaíba (foto: Maria Tereza Correia/EM/D.A Press)
Urnas e utens�lios dom�sticos foram remontados e ser�o levados para Pedrin�polis, no Alto Parana�ba (foto: Maria Tereza Correia/EM/D.A Press)
A montagem meticulosa de cerca de 1.800 fragmentos de barro cozido ind�gena levou 13 anos para terminar. Depois do trabalho arqueol�gico e restauro do Instituto Estadual do Patrim�nio Hist�rico e Art�stico de Minas Gerais (Iepha-MG) finalmente trouxe de volta a forma de cinco urnas funer�rias e cacos de utens�lios cer�micos de tribos que habitaram as regi�es Centro-Oeste e do Alto Parana�ba h� cerca de 700 anos. O material chegou em 2000, guardado em 24 caixas, e hoje parte ser� entregue, �s 10 horas, ao munic�pio de origem, Pedrin�polis, no Alto Parana�ba. Os demais ser�o enviados de volta a Moema, no Centro-Oeste, em data ainda a ser marcada.

S� para o munic�pio de Pedrin�polis ser�o entregues tr�s urnas, sendo uma de grande porte, uma de m�dio e uma meia cuia, acompanhados de fragmentos de outros objetos que n�o puderam ser remontados. “O tempo que levou para devolver as pe�as se deve mais ao aguardo para que o local onde elas seriam recebidas para exposi��o, em Pedrin�polis, fosse preparado para receb�-las”, conta a gerente de Elementos Art�sticos do Iepha, Jacqueline Mesquita.

Na maior das urnas d� para ver como foi delicado o trabalho de restauro. Como num quebra-cabe�a, os peda�os de cer�mica foram montados sobre uma base com o formato e cor aproximada da urna original, trazendo de volta a vida o objeto que serviu inicialmente como dep�sito e depois como t�mulo para os brasileiros que viveram na regi�o 200 anos antes de os portugueses terem chegado ao Brasil. Restauradores chegaram a afirmar que, por se tratar de objetos de uma era da qual restaram poucos vest�gios arqueol�gicos para remontar ao per�odo, esse foi um ingrediente a mais para motivar o trabalho.

De acordo com o Iepha, as pe�as passaram por processos de restaura��o, higieniza��o, consolida��o e refor�o estrutural de modo a permitir que futuros estudos possam melhor identific�-las e associ�-las a tradi��es ind�genas em Minas Gerais. Caber� ao munic�pio de Pedrin�polis manter a guarda desses bens culturais, que dever�o ser expostos e acondicionados em local seguro, por se tratar de Patrim�nio Cultural da Uni�o.

Trabalho

Fazendeiros da regi�o encontraram os fragmentos de barro cozido e depois de um acordo de restauro com o Iepha o material foi trazido pelo arque�logo Fabiano Lopes, durante a realiza��o de um curso de restaura��o de cer�mica arqueol�gica e materiais p�treos, em 2001. O volume de trabalho no Ateli� de Restaura��o foi tanto que a reconstru��o das urnas foi sendo desenvolvida lentamente. Foi preciso licitar, em 2009, uma empresa especializada para finalizar os procedimentos de consolida��o. A equipe da Oficina de Arte Aplicada trabalhou na restaura��o, pesquisa e documenta��o das pe�as por sete meses, garantindo que sua integridade f�sica e documental (hist�rica) fosse preservada. A restaura��o teve um custo total de R$ 54 mil.

Contudo, os moradores da cidade ainda v�o levar algum tempo para ver as rel�quias pr�-hist�ricas. � que a Casa da Mem�ria de Pedrin�polis ainda n�o tem um local de exposi��o preparado para as pe�as, que ficar�o estocadas. “As obras para amplia��o da casa para receber a exposi��o das urnas deve come�ar neste ano. S�o objetos importantes de que ningu�m na nossa regi�o tinha conhecimento e agora vamos ver inteiros. � parte da nossa hist�ria e todos est�o curiosos no munic�pio”, disse a ex-presidente do conselho do patrim�nio cultural e que est� � frente dos trabalhos pela prefeitura, Luana Roberta da Fonseca.


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