
Os recentes bloqueios de tr�fego que provocaram lentid�o nas vias de Belo Horizonte durante o recesso de julho, como ocorreu ontem devido � manifesta��o que fechou a Avenida Afonso Pena, no Centro, preparam os �nimos dos motoristas e passageiros para situa��o ainda mais delicada. A partir de amanh�, com a volta �s aulas das redes municipal e particular, e at� a segunda-feira, quando retornam tamb�m universidades e a rede estadual, 200 mil ve�culos devem voltar a circular, justamente no momento em que mais caminhos usados como alternativas est�o fechados ou com restri��o ao tr�fego, por causa de obras. No mesmo per�odo do ano passado, quando eram menos interven��es, os engarrafamentos se alongaram 67,4% em m�dia nos hor�rios de pico, passando de 33,75 quil�metros em julho para 56,5 quil�metros em agosto, segundo empresas de monitoramento de cargas ligadas ao Maplink.
De acordo com o Detran, apenas no ano passado houve 12.510 multas por estacionamento em fila dupla, considerada pelas autoridades de tr�nsito a manobra mais nociva ao tr�fego feita por quem deixa ou pega o filho na escola. � como se todos os dias 34 pessoas recebessem multa por esse motivo. Neste ano, j� foram 3.135 multas, m�dia de 21 por dia, �ndice que tende a aumentar, j� que o ano letivo � maior no segundo semestre. Com tantos obst�culos, n�o h� muito a fazer al�m de armar-se de paci�ncia, sair mais cedo e preparar-se para voltar mais tarde dos compromissos.
Isso porque, com restri��es de tr�fego em vias como as avenidas Paran� e Santos Dumont e ruas Curitiba e dos Caet�s, atalhos que poderiam ser usados deixaram de ser vi�veis. “Obras como o projeto Corta Caminho, em que a prefeitura prometia ligar vias fora do hipercentro para servir de op��es de atalhos, n�o sa�ram do papel. Temos muitos sem�foros quando o ideal seriam mais trincheiras para tornar os cruzamentos mais �geis”, afirma o mestre em engenharia de transportes e professor da Fumec M�rcio Aguiar.
E quem deveria ajudar na conscientiza��o e at� no planejamento de solu��es em pouco ou nada colabora. O Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais (Sinep), por exemplo, informou que desde o in�cio do ano algumas institui��es de ensino aderiram ao escalonamento de hor�rios para que os alunos cheguem aos poucos e n�o saturem os arredores da escola. Mas a entidade n�o soube precisar quantas. A Secretaria de Estado de Educa��o informou n�o ter qualquer projeto para reduzir os impactos no tr�fego produzido pelo deslocamentos de alunos, afirmando apenas que “conta com o apoio dos �rg�os competentes de cada munic�pio e tamb�m do Batalh�o de Tr�nsito da PM para a orienta��o de pais e alunos e tamb�m para coordena��o do tr�nsito no entorno das escolas”. A Secretaria Municipal de Educa��o foi procurada, mas n�o respondeu quais a��es desenvolveria para reduzir os congestionamentos.
De acordo com o professor M�rcio Aguiar, as institui��es deveriam sim se responsabilizar pelos impactos causados no tr�fego. “O tr�nsito � responsabilidade de todos. Escalonamento de hor�rios j� � praxe em outras atividades h� tempos. A constru��o civil come�a �s 7h, atividades comerciais e de servi�os �s 9h, m�dicos e dentistas �s 8h. Isso ajuda a mitigar os problemas de fluxo do hor�rio de pico”, afirma. Contudo, as medidas precisam ser acompanhadas de outras iniciativas. “Sem investimentos em planejamento e em transportes p�blicos, s� essas provid�ncias n�o durariam mais do que dois ou tr�s anos”, calcula.
Hoje come�a a volta �s aulas em algumas escolas particulares. A rede municipal marcou para a quinta-feira o rein�cio do ano letivo, a estadual e a UFMG, para a segunda-feira. A BHTrans foi procurada, mas n�o informou nada sobre medidas para que a volta �s aulas n�o trave o tr�nsito da capital.
Nossa Senhora do Carmo parada
Um grupo de cerca de 200 funcion�rios da Rede Minas interditou durante toda a tarde at� o in�cio da noite de ontem o tr�nsito na Avenida Nossa Senhora do Carmo, em frente � sede da emissora, na Regi�o Centro-Sul de BH, complicando ainda mais o tr�fego na capital. Os manifestantes dizem que se sentem amea�ados pela instabilidade na TV, que estaria prestes a anunciar o desligamento de 100 pessoas, e que temem pela continuidade da programa��o. De acordo com a Secretaria de Estado de Cultura, o processo do concurso p�blico para contrata��o de servidores para a emissora foi acertado com o Minist�rio P�blico do Trabalho. O protesto se dividiu em dois atos. O primeiro interditou o tr�nsito na avenida e causou um grande congestionamento at� o fim da tarde. J� no segundo, artistas se uniram aos manifestantes.
Um grupo de cerca de 200 funcion�rios da Rede Minas interditou durante toda a tarde at� o in�cio da noite de ontem o tr�nsito na Avenida Nossa Senhora do Carmo, em frente � sede da emissora, na Regi�o Centro-Sul de BH, complicando ainda mais o tr�fego na capital. Os manifestantes dizem que se sentem amea�ados pela instabilidade na TV, que estaria prestes a anunciar o desligamento de 100 pessoas, e que temem pela continuidade da programa��o. De acordo com a Secretaria de Estado de Cultura, o processo do concurso p�blico para contrata��o de servidores para a emissora foi acertado com o Minist�rio P�blico do Trabalho. O protesto se dividiu em dois atos. O primeiro interditou o tr�nsito na avenida e causou um grande congestionamento at� o fim da tarde. J� no segundo, artistas se uniram aos manifestantes.