
A Pol�cia Civil desmontou uma organiza��o criminosa que comandava um esquema de prostitui��o em Minas Gerais. Mais de 50 mulheres eram exploradas por um casal que mantinha um escrit�rio no Bairro Prado e um scoth bar no Alto Barroca, Regi�o Oeste de Belo Horizonte. O servi�o tamb�m era oferecido no interior do estado.
As pris�es foram feitas pela Delegacia Especializada de Atendimento � Mulher que investigava a organiza��o criminosa h� meses como parte da Opera��o Copa do Mundo II. O casal S�rgio Marques Geraldo, 41 anos, e Eva Maria Barbosa, 38 anos, mantinha um escrit�rio de fachada onde teoricamente funcionava uma empresa de inform�tica. No local, duas atendentes recebiam liga��es de clientes para combinar programas com garotas na capital e no interior.

Os criminosos mantinham um sites na internet com "card�pios de mulheres". O cliente entrava na p�gina, escolhia a mulher e ligava para o telefone indicado. A organiza��o tinha v�rios chips de celulares, todos com direcionamento para o telefone do escrit�rio do Bairro Prado. As atendentes negociavam valores e dois motoristas levavam as mulheres ao local escolhido pelos clientes ou para o Bambu Luar Scoth Bar, de propriedade de S�rgio e Eva.
O registro do bar tamb�m era de fachada, como cl�nica de est�tica. No im�vel, havia cinco quartos onde aconteciam os programas combinados por telefone. Durante a opera��o policial no dia 4 de agosto, que terminou com a pris�o do casal, tamb�m foi detido em flagrante o gerente do bar, identificado apenas como Francisco. No momento em que a pol�cia entrou para fazer buscas, tr�s mulheres estavam se prostituindo.

A Delegacia Especializada conseguiu mandados de pris�o para S�rgio e Eva. Eles viviam em uma casa de luxo no Bairro Gutierrez, Regi�o Oeste, com tr�s filhos menores de idade que agora est�o sob responsabilidade da bab� e do advogado da fam�lia. Foram apreendidos computadores, 300 aparelhos celulares, R$ 2,4 mil em dinheiro, notas de euro e peso argentino, 10 passaportes, um Range Rover Evoque e uma BMW X5, al�m de livros caixa e folhas de pagamentos dos funcion�rios. Os escrit�rios de fachada est�o fechados e a pol�cia vai pedir a cassa��o de alvar�s.
Pre�os
De acordo com a investiga��o policial, os programas negociados pela organiza��o criminosa custavam em m�dia R$ 250 para uma hora e meia, na capital, e R$ 350 para o servi�o no interior. O mesmo esquema de negocia��o era articulado pelos criminosos no escrit�rio central em BH para que garotas se encontrassem com clientes em cidades como Barbacena, Montes Claros, Lavras, Uberl�ndia, Conselheiro Lafaiete, Arax� e Pouso Alegre.
Autua��o
S�rgio e Eva v�o responder pelo crime de favorecimento a prostitui��o e lavagem de capitais, podendo pegar at� 24 anos de pris�o em caso de condena��o. O gerente do bar, duas telefonistas, dois motoristas e uma faxineira ser�o processados pelo favorecimento a prostitui��o, pois trabalhavam para o casal sabendo do esquema de explora��o sexual.