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Estado de Minas

Promotor Francisco Assis espera condena��o m�nima de 50 anos para Frederico Flores

Expectativa � de que o j�ri termine na noite desta quinta; laudo de semi-imputabilidade pode reduzir de 1 a dois ter�os da pena


postado em 12/09/2013 09:31 / atualizado em 12/09/2013 09:54

Frederico Flores é conduzido por PMs no Fórum Lafayette. Ele será julgado por duplo homicídio triplamente qualificado(foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Press)
Frederico Flores � conduzido por PMs no F�rum Lafayette. Ele ser� julgado por duplo homic�dio triplamente qualificado (foto: Ed�sio Ferreira/EM/D.A Press)

Frederico Costa Flores de Carvalho, l�der do Bando da Degola, chegou ao F�rum Lafayette por volta das 9h desta quinta-feira, para ser julgado. Ele � acusado de comandar os assassinatos dos empres�rios Fabiano Ferreira Moura, de 36 anos, e Rayder Santos Rodrigues, de 39, num apartamento do Bairro Sion, Regi�o Centro-Sul de Belo Horizonte, em abril de 2010. A expectativa do promotor Francisco Assis Santiago, respons�vel pelo caso, � de que Flores receba pena m�nima de 50 anos. Entretanto, ele ressalva que o laudo de semi-imputabilidade obtido pela defesa do acusado pode reduzir de um a dois ter�os a pena. Segundo o promotor, o documento mostra que Flores � capaz de entender os fatos mas n�o � capaz de determin�-los.

“Estamos esperando a condena��o do Frederico Flores hoje, e posteriormente do Luiz Astolfo e da Gabriela Corr�a. Vamos demostrar que o Frederico � um homem frio e violento, mas que ele n�o � doido. Doido sou eu, que tor�o para o Am�rica-MG”, disse o promotor.

Francisco Assis Santiago adiantou ainda que vai alegar que Flores fumou maconha dentro da Penitenci�ria Nelson Hungria, em Contagem, antes de fazer o laudo de imputabilidade, e criticou o sistema prisional dizendo que ele se parece com um spa, onde os presos podem, inclusive, se drogar.

O r�u est� no local para enfrentar II Tribunal do J�ri sob acusa��es de homic�dio qualificado, sequestro e c�rcere privado, extors�o, oculta��o de cad�ver e forma��o de quadrilha. A sess�o deve come�ar nesta manh�, no F�rum Lafayette, e ser� presidida pelo juiz Glauco Fernandes com o Minist�rio P�blico representado pelo promotor Francisco Assis Santiago.
Fam�lia
Rosane Beatriz Rodrigues, irm� da v�tima Rayder Santos Rodrigues, est� confiante na condena��o do r�u. “A expectativa da nossa fam�lia � de que todos sejam condenados, principalmente o Frederico, que matou meu irm�o”, disse. Ela disse ainda que, dos r�us que est�o soltos, quem mais a preocupa � a m�dica Gabriela Corr�a, e comentou o laudo de insanidade do r�u dizendo que o documento se trata de uma estrat�gia da defesa. “Vamos ver se n vai ter um circo armado l� dentro”, completou, referindo-se ao j�ri.

Defesa
Das cinco testemunhas arroladas para a defesa, somente duas est�o presentes no F�rum, o psiquiatra Paulo Roberto e a m�dica legista Narai Gesimar, respons�vel pelo laudo da insanidade de Flores. O delegado Esdon Moreira, inicialmente arrolado como testemunha, foi dispensado. O juiz Glauco Fernandes, respons�vel pelo julgamento, adiantou que vai conversar em particular com �rcio Quaresma, advogado de Flores, pois conhece as caracter�sticas peculiares do defensor.

Ao todo, sete pessoas respondem pelo crime contra os empres�rio. Dois r�us envolvidos nesses homic�dios j� foram condenados: o ex-policial militar Renato Mozer, a 59 anos de reclus�o, e o estudante Arlindo Sorares Lobo, a 44 anos de pris�o - ambos por homic�dio qualificado, extors�o, destrui��o e oculta��o de cad�ver e forma��o de quadrilha. Os outros acusados que aguardam julgamento s�o a m�dica Gabriela Corr�a Ferreira da Costa, o pastor evang�lico Sidney Eduardo Beijamin e o o advogado Luiz Astolfo, o gar�om Adrian Gabriel Grigorcea e o ex-policial Andr� Bartolomeu.

Cronologia do crime: entenda o caso macabro das decapita��es de empres�rios em 2010:
7/4 Quarta-Feira
Segundo investiga��es da Pol�cia Civil, o gar�om Adrian Grigorcea leva o genro, Rayder Rodrigues, ao apartamento de Frederico Costa Flores Carvalho, no Bairro Sion. L�, o dono do im�vel, com dois policiais, amarram e torturam Rayder para conseguir informa��es sobre contas banc�rias de suas lojas.
8/4 Quinta-Feira
No segundo dia, al�m de um dos policiais e de Frederico, um advogado e uma m�dica tamb�m estavam no apartamento e, � frente do computador, Rayder era obrigado a conseguir mais dinheiro com seu s�cio, Fabiano Ferreira Moura, por meio de um programa de mensagens instant�neas.

9/4 Sexta-Feira
Rayder foi obrigado a sacar R$ 28 mil de bancos. O dinheiro foi entregue a Frederico. No mesmo dia, seu s�cio, Fabiano, foi levado ao apartamento e pressionado a entregar a documenta��o de seu autom�vel. Como n�o cedeu, os dois policiais o levaram para um quarto, onde foi estrangulado. Rayder teria sido drogado, antes de ser esfaqueado por Frederico repetidas vezes. Depois de matar, integrantes do bando teriam cortado dedos e cabe�as das v�timas, para dificultar sua identifica��o.

10/4 S�bado
Os corpos foram jogados numa estrada que liga a BR-040 � Fazenda Rio de Peixe, em Nova Lima, na Grande BH. As cabe�as foram escondidas em outro local, ainda n�o revelado. Depois disso, os autores teriam lavado os carros e o im�vel, promovendo um churrasco no apartamento. � tarde, seguran�as de uma mineradora ligaram para a PM ao encontrar os dois corpos, carbonizados.

12/4 Segunda-Feira
De manh�, ao chegar no apartamento de Frederico, Adrian foi obrigado a sacar todo dinheiro que tinha sido transferido para sua conta dias antes, o que totalizaria R$ 150 mil. Mas, na ag�ncia, teve autoriza��o para retirar apenas R$ 6,5 mil e fez programa��o para sacar R$ 70 mil no dia seguinte. Ao sair, teria sido obrigado por Frederico a avisar onde estava de hora em hora.

13/4 Ter�a-Feira
De madrugada, M. M. P. e C. R. O. se encontraram com Adrian, que confessou participa��o na ocorr�ncia e foi pressionado a denunciar o crime. Pela manh�, a PM montou um opera��o para pris�o, em flagrante, dos suspeitos.

14/4 Quarta-Feira
�s 4h, depois de 16 horas de depoimento, tr�s suspeitos s�o levados para o Centro de Remanejamento de Presos (Ceresp) S�o Crist�v�o e um policial � entregue � Corregedoria da Pol�cia Militar.

15/4 Quinta-Feira
Dois suspeitos citados no boletim de ocorr�ncia se apresentaram no Departamento de Investiga��es para prestar depoimento e colaborar no caso. A m�dica Gabriela Ferreira Corr�a Costa e o cabo Andr� Bartolomeu saem presos direto para a carceragem do Ceresp.

16/4 Sexta-Feira
Frederico mant�m-se calado em depoimento aos policiais. Durante toda a tarde, agentes e delegados da Pol�cia Civil cumpriram mandados de busca e apreens�o em oito im�veis de envolvidos.

17/4 S�bado
O ex-presidente da CUT, Carlos Calazans, denuncia ter sido torturado e ter sofrido uma tentativa de extors�o por Frederico Flores. Pol�cia busca cabe�as no Parque das Mangabeiras, sem sucesso.

18/4 Domingo
Ap�s missa de s�timo dia, irm�o de Fabiano divulga nota, em nome da fam�lia, pedindo a apura��o dos crimes e confirmando que Fabiano e Rayder mantinham um esquema de lavagem de dinheiro que movimentava somas milion�rias, oriundo de falcatruas de agiotagem e contrabando. Ele acusou Frederico de ter constru�do uma rede de extors�o e chantagem.

19/4 Segunda-Feira
Pol�cia ouve novos depoimentos e suspende buscas por cabe�as at� a descoberta de novas pistas. Advogado de Frederico pede a suspens�o de seus depoimentos, mesmo informais. Rela��o da empresa de Frederico com pol�tico e sindicalistas � confirmada. 


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