
Em dia de feriado para o funcionalismo p�blico, o calor levou dezenas de pessoas ontem � Pra�a da Liberdade, no Bairro Funcion�rios, Regi�o Centro-Sul de Belo Horizonte, onde dois personagens chamaram a aten��o dos frequentadores. Em patinetes mec�nicos, os estudantes Raquel Alice Moreira, de 19 anos, e Pedro Henrique Martins Torres, de 20, andavam a 20 km/h � procura de novos visitantes para o circuito cultural da pra�a.
O equipamento, chamado de segway, despertou a curiosidade de muitos, que abordavam a dupla e sa�am com informa��es sobre os nove museus que integram o complexo. A forma inusitada de divulga��o foi inaugurada na semana passada e j� ganhou f�s: “S� tinha visto isso em filme”, afirmou, surpresa, a assistente comercial L�via C�mara, de 28.
Os jovens passaram por um treinamento de um m�s para aprender a conduzir os patinetes, comandados pelo corpo do condutor e � base de bateria. Pedestres j� perguntaram se era poss�vel alugar o segway, e um taxista chegou a parar o carro s� para saber onde conseguia compr�-lo. Os estudantes se divertem com esses casos e aproveitam para revelar as exposi��es abertas aos curiosos. “Somos mais abordados do que abordamos. Muitos n�o sabem que a entrada � gratuita”, conta Raquel.
INfORMA��O Ela e o colega trabalhavam na central de informa��o e se ofereceram para a tarefa. Segundo Pedro, a ideia � diferenciada e j� conseguiu novos visitantes para os espa�os, como a secret�ria Deiliane Oliveira, de 18, que passa todos os dias pela pra�a, mas n�o sabia do circuito. “Venho aqui sempre com pressa e nunca prestei aten��o no que h� em volta”. Seu colega, o representante comercial Josu� Furtado, de 19, diz que teve o est�mulo que precisava para conhecer os museus. “Achei muito bom. Agora vou poder ir a lugares que nem sabia que existiam”, explicou.
A falta de informa��o foi o principal problema apontado pela professora de ingl�s Priscila Rocha, de 29, para a pouca visibilidade do complexo. Ela tem o h�bito de passar as tardes em um banquinho da pra�a, lendo um livro, e mesmo assim ainda n�o visitou todos os espa�os. “A gente n�o sabe o que tem em cada museu. � uma novidade que vai chamar mais pessoas”, diz.
A gerente-executiva do circuito, Cristiana Kumaira, confirma que desde o in�cio do ano h� atividades para melhorar o acesso do p�blico � programa��o: “Essa n�o � uma a��o pontual, mas um servi�o que deve ser permanente. Vamos pessoalmente �queles que transitam pela Pra�a da Liberdade, sejam moradores ou turistas”. A aposentada Nymmia Rosa, 71, n�o hesitou em pegar dois folhetos com os jovens e chamou os afilhados e sobrinhos para um passeio cultural.