
Moradores da Favela da Luz e do Bairro Goi�nia fecharam o Anel Rodovi�rio na tarde deste s�bado durante um protesto. Por volta de 16h, o grupo, de cerca de 100 pessoas, bloqueou o sentido Belo Horizonte/Vitoria, na Regi�o Nordeste da capital. Minutos depois, fecharam a outra dire��o da rodovia, mas este bloqueio durou pouco tempo. Segundo a Pol�cia Militar Rodovi�ria, eles queimaram pneus e entulhos para impedir a passagem de ve�culos. Manifestantes exigiram a presen�a da imprensa para fazer den�ncias sobre a morte de tr�s moradores da regi�o. A pista foi totalmente liberada por volta de 17h45.
De acordo com militares da 24ª Companhia do 16º Batalh�o da PM, que d�o um apoio � negocia��o na rodovia, os moradores est�o revoltados com a inseguran�a gerada depois que tr�s jovens foram mortos a tiros em confronto com a PM, no �ltimo dia 16, no Bairro Goi�nia. A comunidade cobra uma posi��o das autoridades sobre a investiga��o das mortes e acusa a PM de mudar a cena do crime.

A PM refor�ou o policiamento no Goi�nia para evitar novas repres�lias ao tiroteio que terminou com a morte de Davidson de Almeida, de 28 anos, conhecido como Pop�, F.C.C.J, de 17, e Liomar Henrique de Oliveira da Luz, de 24. Um quarto baleado sobreviveu e agora vai passar por uma cirurgia.
De acordo com a PM, os tr�s mortos no confronto tinham passagem por roubo a casas, sequestro rel�mpago e tr�fico de drogas. Eles eram monitorados pela corpora��o, por suspeita de chefiar a venda de entorpecentes na regi�o. Recentemente, a gangue da qual faziam parte entrou em confronto com outra, do Bairro Alvorada.
No dia das mortes, os policiais montaram o cerco � casa onde estavam os suspeitos ap�s den�ncias an�nimas sobre a suposta quadrilha. O comandante da 22ª Companhia do 16º Batalh�o da PM, major Cin�rio Gomes, disse que a equipe de militares foi recebida a tiros e revidou.
Vers�o contestada
O pai do menor de 17 anos que morreu contesta a vers�o da PM dizendo que o filho n�o tinha envolvimento com o crime. “Era s� um adolescente que estava no local errado, na hora errada e os policiais n�o tiveram compaix�o da vida dele”. O homem, que preferiu n�o se identificar, participou do protesto neste s�bado junto com outros familiares das v�timas.
O objetivo da manifesta��o, segundo ele, � cobrar respostas das autoridades sobre o tiroteio. “Houve mudan�a do lugar dos corpos. Meu filho estava morto quando foi levado por uma viatura para o Hospital Jo�o XXIII. Mudaram a cena do crime. Ele foi assassinado porque assistiu a morte dos outros, foi uma queima de arquivo”.