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Estado de Minas

Mentor do sequestro de estudante de engenharia conheceu v�tima em festa no interior

Universit�rio � libertado ap�s ser mantido dopado por seis dias no Bairro Cai�ara. Mentor tentou explorar boa situa��o da fam�lia


postado em 06/12/2013 07:48 / atualizado em 06/12/2013 10:04

Apontado como homem que tramou o crime, Igor Costa chega algemado (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
Apontado como homem que tramou o crime, Igor Costa chega algemado (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)

Um crime que come�ou a ser tramado em baladas no interior de Minas e terminou depois de seis dias de cativeiro em Belo Horizonte. O sequestro do estudante de engenharia civil Pedro Lucas Martins Ramalho, de 23 anos, come�ou a ser planejado depois que o mentor do plano, Igor Miranda da Costa, com passagens na pol�cia por crimes contra o patrim�nio, o conheceu em festas no munic�pio de Francisco Badar�, no Norte de Minas, terra natal da fam�lia do rapaz. As caracter�sticas de Pedro chamaram a aten��o de Igor, que vislumbrou a possibilidade de levantar dinheiro �s custas da posi��o bem-sucedida da fam�lia no ramo de material de constru��o. Pedro foi libertado ontem por policiais da 1ª Delegacia de Repress�o a Organiza��es Criminosas, ligada � Divis�o Especializada de Opera��es Especiais (Deoesp) da Pol�cia Civil, que prenderam Igor e tr�s outros envolvidos no crime.

O jovem foi abordado no estacionamento da Faculdade Newton Paiva, no Bairro Buritis, Oeste da capital, onde estuda, na noite de sexta-feira, passou por uma mata no Bairro Hava�, na mesma regi�o, e foi encontrado em um apartamento do Bairro Cai�ara, Noroeste de BH, na madrugada de ontem. Ele estava amarrado, vendado e sob efeito de medicamentos. O caso foi mantido em sigilo, segundo a Pol�cia Civil, para preservar a vida do estudante. Pedro � o ca�ula de tr�s filhos e vive com a irm� em um apartamento no Centro de Belo Horizonte. Fontes ligadas � investiga��o informaram que na mesma noite do crime os bandidos entraram em contato com a m�e do rapaz, que mora em Francisco Badar�, usando um dos telefones do jovem. De acordo com o boletim registrado na pol�cia, os sequestradores exigiram R$ 300 mil para libertar a v�tima. Pedro ainda conversou com familiares por telefone, dizendo que seu ve�culo, um Fiat Bravo, tinha sido abandonado. Acusado de ser o mentor do crime, Igor Costa teria contado com a ajuda de Juliano de Oliveira de Jesus, Leandro dos Santos Carvalho e Lenia Gon�alves Silva para colocar o plano em pr�tica. Para tentar despistar a pol�cia, inicialmente, o ref�m ficou escondido em uma mata do Bairro Hava�. Depois foi levado a um apartamento na Rua Boreal, no Cai�ara. Durante o per�odo que o jovem esteve em poder dos bandidos, eles fizeram tr�s contatos com a fam�lia e um dos parentes foi escolhido como negociador, sob orienta��o do Deoesp. O rastreamento de uma das liga��es levou a pol�cia at� os criminosos. O telefonema ocorreu na segunda-feira, da BR-040, na regi�o de condom�nios fechados em Nova Lima, na Grande BH. Os agentes do Deoesp estiveram no local e contaram com a ajuda de um vigilante, desconfiado dos ocupantes de um Celta vermelho, de BH. O homem anotou a identifica��o do ve�culo e passou aos policiais. Em seguida, os investigadores marcaram um falso pagamento de resgate para a cidade de Juatuba, na Grande BH. Cientes das caracter�sticas do carro, os investigadores fizeram uma barreira na altura do posto da Pol�cia Rodovi�ria Federal da BR-381, em Betim, na Grande BH. Quando o ve�culo passou, Igor e Leandro foram abordados e indicaram o cativeiro, estourado pela pol�cia, onde Lenia e Leandro tomavam conta de Pedro. Pelas redes sociais, amigos de Pedro comemoraram o desfecho da hist�ria. Em uma das postagens anunciando o fim do sequestro foram registradas 279 manifesta��es de apoio. ROTINA

Vizinhos do apartamento da Rua Boreal, no Cai�ara, disseram n�o ter percebido nada de anormal nos �ltimos seis dias, per�odo em que o rapaz foi mantido amarrado, amorda�ado e dopado com rem�dios. A mulher presa, segundo eles, ficava o tempo todo no im�vel que os suspeitos alugaram. Somente descia para tomar cerveja e fumar em um bar ao lado, ocupando uma mesa na cal�ada. “Ela morava com dois rapazes, ambos de boa apar�ncia. Eles sempre sa�am de casa e ela ficava”, contou uma vizinha.

Um homem que mora no im�vel ao lado descreveu como normal a rotina do grupo. “Eles vieram morar aqui h� cerca de tr�s meses. No primeiro dia, fizeram um churrasco na rua, em cima do passeio. Eram tr�s rapazes e tr�s mo�as. No in�cio, eles sempre mantinham dois Celtas vermelhos estacionados na rua. Depois, os carros desapareceram e um deles, o mais velho, apareceu de novo na ter�a-feira”, disse. No in�cio da madrugada de ontem, o vizinho conta que acordou com o port�o da casa dos suspeitos batendo. “Olhei pela janela e havia v�rios carros da pol�cia com as luzes ligadas. Era uma opera��o grande, mas a pol�cia trabalhava em sil�ncio. Eu vi quando eles levavam a mo�a algemada”, disse a testemunha, que n�o entendia o que estava acontecendo, mas preferiu n�o sair de casa. Ele conta que mesmo depois que foi dormir, por volta de 1h30, a pol�cia permaneceu no local. Uma comerciante observou que era grande a movimenta��o de pessoas no apartamento dos suspeitos, um “entra e sai danado”, segundo ela. “A gente nem desconfiou de nada, pois h� muitas quitinetes alugadas por aqui na regi�o e estudantes costumam montar rep�blicas”, disse a comerciante. Outra vizinha afirmou que a mulher presa comentou no bar que estava desempregada e que fazia faxinas em casas da regi�o. “Eles devem ter alugado o im�vel j� pensando no sequestro. E a v�tima estava a� o tempo todo, bem ao nosso lado, e n�o desconfiamos de nada”, comentou. “A mo�a parecia ser muito humilde, mas os dois rapazes que moravam com ela eram bonitos. Um deles � mais forte e o outro mais magrinho, mas bonito tamb�m”, comentou outra vizinha.

 

 


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