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Estado de Minas CRIME EXPLOSIVO, PUNI��O BRANDA

N�mero de caixas eletr�nicos explodidos em 2013 cresce 12% em Minas

For�a-tarefa estadual insiste em mudan�a na legisla��o para aumentar pena de bandidos


postado em 31/12/2013 00:12 / atualizado em 31/12/2013 07:13

Valquiria Lopes


A cada dia, bandidos explodiram em m�dia um caixa eletr�nico em Minas este ano. Levantamento da Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) aponta aumento de 12% no n�mero de crimes dessa natureza nos 11 primeiros meses de 2013 – quando 336 terminais foram estourados – em compara��o com o mesmo per�odo do ano passado, em que 300 houve ocorr�ncias. Em Belo Horizonte, 19 explos�es foram registradas no per�odo, uma a mais do que o total de casos entre janeiro e novembro de 2012.

O aumento das ocorr�ncias preocupa autoridades da �rea de seguran�a p�blica de Minas, que t�m se mobilizado para conter a onda de explos�es. Entre as a��es, h� uma tentativa de mudar o C�digo Penal. Hoje, a explos�o de caixas n�o tem tipifica��o espec�fica e � normalmente classificada como furto qualificado, com pena mais branda do que o roubo. A ideia � que o delito seja enquadrado como roubo, com puni��o que pode chegar a 10 anos de pris�o e multa – dois anos a mais do que os oito anos estabelecidos para furto.

Para a secret�ria-adjunta de Defesa Social, C�ssia Gontijo, as estat�sticas, consideradas por ela insatisfat�rias, refletem dois fatores principais: a facilidade para aquisi��o dos explosivos e a grande quantidade de m�quinas para saque em locais sem seguran�a suficiente. “A dinamite � um produto controlado pelo Ex�rcito Brasileiro, que est� buscando permanentemente melhorar as normas para controle do acesso ao material. Mas ainda h� casos de desvio em locais de pedreiras”, diz C�ssia. “Ter acesso ao detonador leva muitas pessoas, mesmo sem experi�ncia, a se aventurar por esse tipo de crime”, acrescenta.

Investiga��es em Minas apontam a��o de quadrilhas especializadas, mas tamb�m de um n�mero alto de bandidos sem preparo para lidar com os detonadores, segundo C�ssia. “Por esse motivo, em muitos casos, os criminosos fogem sem levar o dinheiro ou explodem at� mesmo a ag�ncia banc�ria”, afirma. Desde mar�o, quando come�aram as fiscaliza��es da Opera��o Divisas Seguras, 300 quilos de explosivos foram apreendidos, al�m de 357 espoletas e cinco bobinas de cordel detonante, usadas para acionar a explos�o. A opera��o, que engloba diversos �rg�os de seguran�a, tem car�ter preventivo e de combate � criminalidade.

A instala��o de muitos caixas em pontos vulner�veis do ponto de vista da seguran�a tamb�m � apontada como um complicador pela Secretaria de Defesa Social. “Os bandidos buscam sempre os locais com menos vigil�ncia, como supermercados e farm�cias”, lembra C�ssia Gontijo. Ela acrescenta que a falta de monitoramento nesses locais dificulta a preven��o.

Acordo com bancos

Desde que as explos�es de caixas se tornaram crime recorrente em Minas e em outros estados, autoridades policiais convocaram institui��es banc�rias para atuar em conjunto no combate ao problema. “Os bancos foram orientados a aumentar os dispositivos de seguran�a nas ag�ncias, como a coloca��o de canh�es de fuma�a, que, acionados de forma eletr�nica, impedem a visibilidade dos criminosos ap�s a libera��o da fuma�a. O equipamento funciona diante do rompimento de uma porta ou de qualquer tentativa de rompimento do caixa eletr�nico”, conta a secret�ria-adjunta de Defesa Social. Outra medida � a libera��o de tinta nas notas de dinheiro que estiverem no caixa estourado. “Essa � uma alternativa que inviabiliza o crime, j� que n�o h� como repassar as notas manchadas. Com isso, o bandido fica desmotivado com a pr�tica criminosa”, afirma C�ssia Gontijo.

O crescimento dos casos de explos�o de caixas eletr�nicos levou os �rg�os de seguran�a de Minas a formar um grupo para estudar as condi��es que levam � ocorr�ncia do crime e atuar na repress�o da pr�tica. Fazem parte do trabalho as pol�cias Civil e Militar, o Minist�rio P�blico Estadual, o Corpo de Bombeiros, o Ex�rcito Brasileiro, as receitas Estadual e Federal e representantes do setor banc�rio. Al�m de estabelecer a��es de combate, o grupo capacitou policiais e funcion�rios p�blicos desses �rg�os em todo o estado.


Outra frente de atua��o da for�a-tarefa � a tentativa de convencer o Congresso Nacional a tipificar a explos�o de caixa eletr�nico. Atualmente, a pr�tica � enquadrada como crime de furto qualificado, com pena de 2 a 8 anos de pris�o, mais multa aplicada pela Justi�a. O grupo defende que o crime seja qualificado como roubo, com puni��o mais severa, de 4 a 10 anos, e multa.

 Ataques em alta

N�mero de explos�es de caixas entre janeiro e novembro aumento este ano em rela��o ao ano passado em Minas e em Belo Horizonte. Total de pris�es tamb�m cresceu

Casos em Minas

2012    300
2013    336

Casos em BH

2012    15
2013    19

Pris�es em Minas*

2012    146
2013    222

Pris�es na Grande BH*
2012    35
2013    46


*At� 15 de dezembro

Fonte: Seds


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