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Estado de Minas

Delegada de BH vai ao Rio ensinar modelo de investiga��o em casos de desaparecidos

A demanda do interc�mbio entre as corpora��es mineira e fluminense � resultado da mobiliza��o da sociedade civil carioca, liderada por Jovita Nocchi, m�e de Priscila Vieira Belfort - jovem desaparecida desde 2004


postado em 27/01/2014 07:52 / atualizado em 27/01/2014 12:34

Representantes da Pol�cia Civil do Rio de Janeiro v�o debater, nesta segunda-feira, com integrantes da corpora��o de Minas Gerais o modelo de investiga��o nos casos de pessoas desaparecidas. Cristina Coelli, titular da Delegacia Especializada em Localiza��o de Pessoas Desaparecidas de Belo Horizonte viajou nesta manh� ao estado vizinho, onde vai se encontrar com a chefe Pol�cia Civil do Rio, Martha Rocha, para mostrar o modelo mineiro de trabalho, que virou refer�ncia nacional. A demanda para o encontro � resultado da mobiliza��o da sociedade civil fluminense, liderada por Jovita Nocchi, m�e de Priscila Vieira Belfort - jovem desaparecida desde 2004.

De acordo com Coelli, no Rio de Janeiro n�o h� uma delegacia especializada em pessoas desaparecidas, apenas um servi�o instalado no Departamento de Homic�dios e de Prote��o � Pessoa (DHPP). No entanto, a pol�cia fluminense est� interessada em aprimorar os trabalhos. A delegada de BH j� esteve na Assembl�ia Legislativa do Rio no ano passado, onde palestrou sobre as experi�ncias de sucesso realizadas em Minas Gerais. Policiais do Rio tamb�m estiveram em Minas para conhecer os trabalhos e visitar as instala��es da delegacia especializada.

Em BH, os casos de desaparecimento s�o tratados por uma divis�o, com duas delegacias especializadas – uma de localiza��o de pessoas desaparecidas e outra espec�fica de busca a crian�as e adolescentes. De acordo com Cristina Coelli, a estrutura mineira tamb�m � fruto de mobiliza��o social, como acontece agora no Rio. “A Divis�o foi reestruturada na �poca em que ocorreu uma s�rie de desaparecimentos de mulheres, entre 1999 e 2000. Ao todo, 43 mulheres sumiram e ainda h� seis desaparecidas. Outro evento que ajudou a dar visibilidade � delegacia foi o desaparecimento em s�rie de meninos em 2006. Em junho daquele ano, foi criado o cadastro estadual que ajudou nos trabalhos”, conta Coelli.

A delegada disse que h� 13 anos divulga os trabalhos realizados em Minas para todo o Brasil, com a inten��o de firmar parcerias. O Estado hoje tem um sistema de confronto de informa��es em tempo real sobre pessoas desaparecidas com o cadastro estadual. “O Rio gostou desse sistema e vamos levar o conhecimento para que a Martha Rocha possa avaliar a implanta��o. Eu tamb�m vou conhecer o modelo do Rio”, afirma Coelli. Ela cumpre agenda ao lado chefe da pol�cia fluminense pela manh� e depois elas almo�am juntas. � tarde, Coelli deve se encontrar com as fam�lias mobilizadas pela cria��o da delegacia.

Mais interc�mbio

A delegada destaca a import�ncia na troca de conhecimento entre cidades e estados para tratar o caso de desaparecidos. “A proposta � a gente fortalecer o sudeste, abrir os bra�os para outras regi�es. O desaparecimento de uma pessoa n�o � pontual. O desaparecimento vai com grande facilidade para outras localidades, por isso precisamos constantemente trabalhar de forma intergrada”. Segundo Coelli, o modelo “em rede” de Minas atende a demandas que podem surgir durante a Copa de 2014 no Brasil. De acordo com ela, o encontro de hoje n�o � para tratar de seguran�a no Mundial, mas poder� ajudar em a��es que precisam ser aprimoradas para o evento.

(foto: Reprodução Facebook)
(foto: Reprodu��o Facebook)

Mobiliza��o


Familiares de desaparecidos, junto com as ONGs Meu Rio e Rio da Paz, montaram um abaixo-assinado pela internet pedindo a cria��o de uma delegacia na cidade para tratar desses casos espec�ficos. “Pegamos mais de 15 mil assinaturas e tivemos dois encontros com a Martha Rocha, porque a gente quer uma delegacia no Rio nos moldes de Belo Horizonte, que � um sucesso e tem resultado”, afirma Jovita Nocchi. Ela espera que a campanha ajude outras fam�lias de desaparecidos a ter esperan�a. “O caso da Priscila teve v�rias den�ncias, v�rias linhas de investiga��o, mas nenhuma chegou ao final”. Esse � mais um dos motivos para a m�e se unir a outras pessoas pela causa. “O caso de desaparecidos � muito espec�fico, porque n�o � um crime. Se n�o tiver uma delegacia para investigar e apoiar os familiares, fica dif�cil”.


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